𝒕𝒘𝒆𝒏𝒕𝒚 𝒔𝒊𝒙

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— Então, quando você ia me contar?

— [Nome], sinto muito, sério.

Após os eventos que acabaram de acontecer, Kazutora de fato te contou tudo. Colégio militar, quanto tempo levaria e até o que ele fez para chegar a esse ponto. E honestamente, você não sabia como se sentir sobre tudo isso. Era simplesmente inacreditável.

— Sim Hanemiya, quando você ia me contar? Quando? Quando você finalmente estivesse dentro de um avião para um colégio no meio do nada? — Você quebrou.

— Eu não sabia como dizer isso, o que eu deveria dizer?

— Não guardamos segredos um do outro, nunca guardamos e nunca manteremos guardados. — Você cruzou os braços e sentou-se no seu assento, olhando pela janela. — Pelo menos eu pensei que não.

Uma vez que ele terminou de chorar e teve sua compostura de volta, ele confessou. O universo estava realmente contra vocês dois. Uma coisa após a outra estava sempre surgindo. Você não aguentava mais.

— Então, você vai acabar comigo? — Kazutora deixou escapar.

— Eu nunca disse isso- — Ele se inclinou para mais perto de você, olhando você com olhos mortos.

— É isso que o olhar no seu rosto diz, então você vai acabar comigo?

— Eu não vou terminar com você. Estou chateada pela maneira ruim de você executar as coisas, por que diabos você esconderia algo assim de mim?

— ... Diminua seu tom.

— Eu vou falar no tom que eu quiser. Você pode me levar para casa?!

Ele ligou o carro e começou a sair da vaga de estacionamento. Ele tentou ajudá-la a suavizar um pouco, colocando a mão na sua coxa. Mas você deu um tapa na mão dele.

— Não me toque, obrigada.

— Mas quando eu estava transando com você, não era um problema, certo? Por que você está agindo assim de repente?

— Provavelmente porque acho que todo mundo sabia que você estava indo embora, exceto sua namorada. — Você se virou para ele. — Estou mentindo?

Um olhar perturbador tomou conta do rosto dele e ele franziu os lábios, olhando para a estrada.

— Oh, então eles sabiam, hein? Tudo bem.

Você estava sendo tão fria para mascarar a imensa tristeza que estava sentindo. Você queria mostrar a ele que não se importava, e ficaria bem se ele ficasse bem. No entanto, na realidade, você precisava dele aqui com você. Você lutou contra suas lágrimas enquanto olhava para os carros passando, ao som de Chasing Cars, Snow Patrol, que tocava no fundo do rádio do carro de Kazutora.

Você queria abraçá-lo e mostrar a ele o quanto você o queria agora. Mas você também queria que ele não se preocupasse com você e simplesmente fosse embora. Você estava dividida.

Kazutora suspirou, impedindo o carro de seguir a rota para sua casa e encostou em um estacionamento vazio qualquer.

— Hm? Eu não acho que seja aqui onde eu moro.

— Em um minuto será, se você não calar a boca e me ouvir. — Ele parou o carro e se virou para você. A música suave tocava ao fundo, abafando os suspiros ainda mais silenciosos que você estava soltando. —Você pode olhar para mim?

— Não, apenas me leve para casa. — Sua voz parecia quebrada, rachando e soando arranhada. Você enxugou suas lágrimas com a manga da jaqueta de basquete dele. — Eu não quero estar aqui, apenas me leve para casa.

𝐒𝐎 𝐇𝐈𝐆𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora