Narrado por Koko :
(Algumas semanas depois)
Nessas últimas semanas poderia dizer que minha vida foi uma incrível história de romance, muito clichê.
Via Inui quase todo dia, e sempre estávamos em chamadas de longas horas, e conversando por mensagens, e com certeza minha dependência emocional pelo outro havia ficado maior. Desejava seu toque, carinho, e até mesmo suas chatices, contudo faz dois dias que ele está fora de Shibuya com o capitão da primeira divisão da gangue, Hanagaki Taquemichi, Seishu disse que tinha que ir com o Hanagaki para resolver o problema de semanas atrás do qual fizerá o mesmo me largar no meio da ponte.
Me remexo no sofá lembrando disso e o dia da sorveteria, minha vontade era de quebrar aquele velho na porrada, porém a cara do loiro de desespero me fez sair de lá com a raiva tendo que ficar controlada. No dia após isso tive que rir da cara de Inui enquanto apontava para seu pescoço me mostrando a marca que sem querer havia deixado nele, o menor me batia de leve com a cara vermelha tentando esconder a marca em seu pescoço.
- Não tem graça Jime!
Ele dizia todo corado virando a cara me dando língua. Me aproximei dele lhe roubando um beijo e o vejo corar mais.
Cheguei em seu ouvido dizendo baixinho :
- está com esse drama todo para esconder uma marca? imagina quando eu deixar várias.
Me afastei do outro sorrindo, o vendo viajar em pensamentos que suponho serem maliciosos.
Lembrar disso e não poder olhar aquele sorriso nesse exato momento dói.
Abro o site do shopping mais perto de casa e passo pelos filmes em cartaz no cinema. Vejo um filme chamado o extraordinário, e me recordo de Inui com um livro desse título. Logo fico animado pronto a chamar Seishu pra assistir o filme comigo, quando ele voltar.
Pega o celular iniciando uma chamada com Nui, o telefone toca, toca, toca e por fim cai na caixa postal, retiro o telefone do ouvido escutando, após o sinal deixe seu recado. Sinto meu coração apertado e desistindo decido ir dormir.
No dia seguinte acordo com duas mensagens de Inui que dizia :
desculpa estava ocupado.
O que queria Jime?
Me sentindo mal e chateado escolho não responder, se o outro estava ocupado significa que ele não voltará para casa tão cedo. Então acho que vou no shopping sozinho.No shopping :
Andava observando as lojas e toda aquela multidão de gente, pais e filhos, Casais, adolescentes em grupinhos, tudo normal para o ambiente de um shopping. Passo na frente do cinema e vejo o tal filme em cartaz, a saudade do outro garoto de cabelos loiros me atinge, e sem perceber fico triste, Inui não gostaria de me ver assim, e com certeza me repreenderia por estar fazendo essa cara ao pensar nele.
Sigo para a praça de alimentação para comer algo antes de voltar para minha casa e meu edredon, que provavelmente estará frio. Acho que um frango frito daquele restaurante coreano seja uma boa opção para.....
Congelo no lugar ao passar na frente de uma sorveteria e avistar uma pessoa tão familiar para meus olhos, sem nem hesitar ando em direção a essa pessoa, porém paro novamente ao ver Inui se sentar com Hanagaki em altas risadas. Retiro meu celular do bolso pensando na possibilidade de ter uma mensagem do loiro avisando sua chegada a Shibuya, contudo não há notificações no contato de Seishu, volto meu olhar aos dois loiros sentados em uma mesa em uma conversa aparentemente super engraçada, meu coração bate acelerado pela adrenalina que mais é raiva, junto de uma dor que faz minha cabeça latejar com milhares de pensamentos que me deixam transtornado. A possibilidade de isso ser ciúmes é 100% na atual conjuntura, mas pensando com a pouca "racionalidade" que me resta não chego a nenhuma conclusão meramente racional, apenas possibilidades impossíveis movida pelo ciúmes me chegam a mente, junto a isso a tristeza e falta do outro acaba virando um sentimento de traição e frustração que mexe com a minha cabeça de uma forma que nunca passei antes, nem se compara ao ciúmes de criança que eu tinha quando algum garoto mais velho chegava perto da Akame-San. Droga preciso me acalmar, penso desesperadamente levando minhas mãos ao cabelo me virando de costas para aquela cena, procurando o banheiro mais próximo, ao encontrar sigo para pia jogando água no meu rosto encarando meu reflexo no espelho, o jeito que os olhos de Inui brilhavam de admiração ao olhar o Hanagaki me vem à cabeça, e me sinto tremer, Aquele sorriso que ele estava no rosto já perdi a conta de quantas vezes aquele sorriso foi direcionado a mim e somente a mim, mas agora ele estava sendo direcionado ao capitão da primeira divisão o qual Seishu passará dias fora de casa com o mesmo. Reparando no meu estado escolho sair logo daquele lugar, pedindo um Uber e retornando para casa.Em casa :
Já havia tomado um banho frio e um remédio para dormir. O sono já habitava meu corpo, porém minha cabeça não me dava sossego, permanecia com os olhos fechados na esperança de dormir rápido, mas me assusto com o toque do
meu celular e sem abrir os olhos atendo a chamada.Chamada :
- Oi Koko, Tudo bem ? Já estava dormindo ?
Arregalo os olhos ao escutar a voz de Inui do outro lado da linha, sinto meu coração errar uma batida, Não estava pronto para o questionar sobre o shopping ou qualquer outra dúvida que minha mente paranoica tenha no momento, temia falar algo errado pelo sono e a raiva ainda em minha cabeça então decido seguir as coisas normalmente e ver se ele comenta sobre o acontecido.
- Oi Inui, boa noite, estou bem sim e você ? E não eu não estava dormindo.
Falo com a voz mas falsamente natural que consigo, e parece funcionar.
- Só queria avisar que cheguei em Shibuya agora.
Inui fala com sua voz calma, antes de continuar:
- eu e o Hanagaki resolvemos tudo. Estou exausto!
Sinto uma pontada no peito ao ouvir esse nome mas decidiu incentivar o outro a falar mais.
- Que bom que chegou, imagino que esteja exausto mesmo.
Digo mantendo meu tom natural ao máximo, e logo escuto ele dizer:
- amanhã podíamos nos encontrar né?
Eu até ficaria feliz em Seishu sempre propor nossas saídas com tudo na atual conjuntura, não estou feliz com o convite. Mas conversar com ele como um quase adulto racional deve ser a melhor opção, então o que me resta é aceitar. E também, ele não faz a mínima ideia do ciúmes que estou sentindo então recusar deixaria um clima estranho.
- Sair para aonde?
O questiono com toda calma, e me assusto com sua proposta em seguida.
- Por que você não vem aqui pra casa, minha mãe vai sair amanhã, e estou com muita preguiça de ir a algum lugar que não seja meu sofá.
Ele ri após sua fala, mas sei que é um convite sério, contudo na nossa atual situação é constrangedor pensar em possibilidades de acontecer algo "a mais"
entre nós já que agora isso pode ser real, e possível. Se acalme Kokonoi Hajime você sonhou alto demais, com esses pensamentos acabei esquecendo de responder o outro e só fui me recordar disso quando ele disse:
- Ei Koko e aí ?
- Ah desculpa a chamada deu uma travada.
Uso a desculpa mais esfarrapada que tenho antes de dizer:
- Claro pode ser, que horas eu vou ?
- Pode vir pro almoço eu cozinho.
Uma lembrança de Inui me vem à memória, ele tentava ligar um fogão, mas só se sentia o cheiro de queimado.
- Não cozinhe! Por favor, eu passo em um restaurante e levo uns peixes fritos pra gente, não quero ser o motivo da sua casa pegar fogo.
Quando termino de falar ele bufa irritado e logo diz:
- eu não sou tão ruim na cozinha assim!
- Acredite em mim, você é.
Ele desliga a chamada na minha cara. Esquecendo por um momento do aperto no peito eu ri, uns 10 minutos depois consegui cair no sono.**************
Notas:Nosso Koko sentindo pela primeira vez aquele ciúmes que corrói até a alma, tenho dó do Taquemichi se um dia esbarrar com o Hajime na rua kk.
Espero que tenham gostado do capítulo.
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Um estranho amor de gangue
RomanceApós a derrota de Taiju, Inui e Koko entram na gangue manji de Tokyo aos comandos de Hanagaki na primrira divisão . Com esses incidentes um sentimento novo aflorece dos dois rapazes Desencadeando vários eventos. Capa retirada do Pinterest Classifica...