Será que esse é o fim dessa história?
Será que a realidade do futuro dói?
Veremos..........Narrado por Koko :
( no dia seguinte )
Acordo com calor, sentindo o sol esquentar as persianas, deixando o ambiente abafado, me mexo desconfortável e levo um susto ao bater o nariz nos cabelos de Inui, que estava completamente esparramado na cama de solteiro, só agora me dei conta que estou a centímetros de cair do colchão, só sendo segurado pelos braços do loiro.
- Nunca tinha me dado conta de quão espaçoso você é.
Sussurro baixinho erguendo meu braço para contornar com meus dedos a cicatriz do outro, que ainda dormia.
Olhos cor de mar me encaram com sono e a única reação que tenho é sorrir e dizer:
- Bom dia Nui!
Ele abre mais os olhos piscando com força para se acostumar com a luz, ele me olha de novo e cora virando o rosto.
- Bom dia, dormiu bem?
Seishu pergunta constrangido.
- Dormi sim, tirando o fato que estava a ponto de cair da cama.
Respondo num tom de brincadeira, mas, percebo que nem estou sendo ouvido pelo outro que avaliava meu pescoço.
- Inui como tá?
Pergunto.
- Como tá o que?
Ele responde avoado.
- Meu pescoço!
Digo.
- É........Bem marcado.
O loiro diz baixo segurando a vontade de rir, paro para o analizar, logo abrindo um sorriso travesso.
- Não sei se vai querer rir de mim, afinal, estamos no mesmo barco.
Digo e ele para imediatamente passando as mãos pelo pescoço.
Era minha vez de segurar a risada de sua expressão desesperada. Ele levanta num pulo indo em direção ao banheiro para se olhar no espelho o sigo logo atrás, e vejo nossos reflexos no espelho, Seishu, com o peitoral nu, os fios loiros embaraçados, e um rastro vermelho por todo seu pescoço até o abdômen, eu, atrás do mesmo estou também com o peitoral nu, cabelos embaraçados, e pescoço completamente marcado.
- Realmente estamos no mesmo barco!
Falo abrindo um sorriso que o outro vê pelo reflexo do espelho, ele faz um pico emburrado e não consigo mais resistir, o agarro pela cintura o virando para lhe dar um beijo, ele logo corresponde se encostando na bancada da pia, sem quebrar o contato paço a mão por baixo de suas coxas o levantando para se sentar na bancada, onde teríamos uma altura igual, já que o mesmo era um pouco mais baixo que eu. Só paramos de nos beijar quando o ar faltou e a bancada fez um barulho alto.
- Inui, não sabia que você era tão pesado!
O provoco e ele me da um soco de leve na barriga.
- Eu não sou pesado, é você quem colocou todo seu peso em cima de mim!
Ele rebate minha provocação descendo da bancada indo em direção à cozinha eu o sigo novamente.
- Quer ajuda para preparar algo?
O questiono e ele balança a cabeça negativamente.
- Hoje deixa que eu preparo tudo, tudo bem?
Ele me pergunta enquanto retira uma frigideira da gaveta colocando no fogão.
- Por mim tudo bem, mas, o que você está tramando em loirinho?
Pergunto e Seishu abre um sorriso fofo.
- Você sempre preparou todas as surpresas pra mim, agora é minha vez Hajime.
Inui diz com um sorriso bobo no rosto e o acompanho também abrindo um sorriso bobo.
Ele prepara um café da manhã super desastroso, que no fim terminou apenas com ovos mexidos que eu ajudei a preparar, para beber tiramos do fundo da geladeira um resto de suco de laranja. Depois disso passamos nossa manhã enfiados debaixo da coberta no sofá assistindo anime. Na hora do almoço decidimos pedir uma bandeja de sushi caseiro da senhora saikawa que vende na esquina da casa do loiro, que por sinal estavam uma delícia. Quando a senhora Inui chegou descidi me despedir de Seishu e ir para minha casa, sempre tive a impressão desde quando era pequeno que a senhora Inui não gostava de mim, e isso sempre me incomodou.
Antes de eu ir embora Seishu me agarra pelo braço sussurrando no meu ouvido:
- Passarei na sua casa às 3h30 para irmos a um lugar, esteja pronto Jime.
Ele beija minha orelha discretamente indo até a porta para a abrir.
- Tudo bem, estarei te esperando.
Digo saindo da casa do loiro.( quebra de tempo )
3h30:Já estava pronto, parado na frente da porta do lado de dentro da minha casa, encarava a chave encaixada na fechadura, meu pé direito batia no chão freneticamente, o nervosismo estava completamente presente em mim, não ter o controle de onde vamos é muito desesperador. A campainha toca e puxo a maçaneta com força assustando Inui que tinha uma espressão serena no rosto.
- Nossa! Se quiser a gente pode mudar o lugar do encontro e ir numa loja de portas, já que claramente você estava tentando quebrar a sua.
O loiro brinca sarcasticamente e eu bufo.
- Não era minha intenção quebrar a porta, agora podemos ir?
Digo afobado trancando a porta de casa, acabo notando uma pequena rachadura perto da maçaneta, eita acho que realmente quebrei a porta, mas não posso deixar Seishu ver isso, se não serei mais zuado ainda.
- Claro podemos ir, sobe na moto.
Inui diz e faço o que ele pede, deixo ele subir primeiro e subo logo depois, passo meus braços em volta de sua barriga segurando levemente, ele liga a moto e sai.
Como eu já esperava, nós estávamos nos afastando da cidade, o vento que batia nos meus braços descobertos me davam um leve arrepio, minha ansiedade revirava meu estômago. Nos afastamos durante uma hora,onde os prédios grandes e os barulhos altos de automóveis já não eram mais escutados, as casas eram baixas e tradicionais japonesas, era incrível admirar os jardins daquelas enormes mansões que mais pareciam templos, como eu estava tão entretido com as lindas casas nem me dei conta de que a moto estava desacelerando.
- Ainda vamos ter que andar um pouco, mas de um modo geral chegamos!
Seishu fala desligando a moto e eu retorno a realidade, olho em volta e vejo um caminho de terra se estendendo para uma pequena plantação de árvores de cerejeira, abro um sorriso olhando Inui guardar os capacetes.
- O lugar que nós vamos é depois daquelas árvores, preparado?
O outro me questiona vindo para o meu lado.
- Desde quando você acha que um caminho de terra me assusta? É claro que eu estou preparado.
Digo agarrando sua mão, saio correndo pelo caminho de terra em direção as árvores arrastando Nui pela mão.
- Não corre Hajime você pode cair!
Seishu grita e eu o ignoro, A sensação que sinto agora é inexplicável, sinto que estou completamente livre, sinto que o mundo parou e tudo se resume a esse momento.
- É isso! Sempre será assim! Sempre estaremos juntos!
Grito encarando o outro que tinha uma expressão assustada e confusa. Paro para olhar em volta e me dou conta de onde estou! Me encontro em cima de uma ponte de madeira antiga, as árvores de cerejeira nos deixam escondidos, como se estivéssemos numa cúpula de vidro. É um lugar fenomenal! Volto meus olhos para o loiro e ele sorri.
- Surpresa!
Ele diz e eu entro em uma espécie de transe, é como se essa paisagem me leva-se para dentro das páginas de um livro clássico de romance japonês, tirando o fato de que são dois homens como os protagonistas.
- Nui isso é lindo, é incrível!
Falo e ele sorri mais.
- Minha intenção era fazer todo o caminho com calma, mas você saiu correndo e eu tive que vir atrás.
Ele fala rindo baixinho.
- Desculpa por estragar seus planos.
Digo.
- Não tem problema Hajime, O importante era você gostar!
Seishu diz colocando sua mão na minha bochecha.
- Gostaria que esses momentos durasse para sempre!
Inui fala baixo perto do meu rosto.
- Eu também!
Digo e logo quebro o resto de distância que havia entre nós iniciando um beijo calmo e apaixonado.
Quando nos separamos não pude conter as palavras:
- Eu juro, te prometo, que sempre vou te proteger de tudo e de todos tá bom Inui?
Seishu cora balançando a cabeça em concordância.
- Eu também te prometo isso Hajime!
Agora era minha vez de ficar corado.( Quebra de tempo )
Quando nós dois voltamos paraa moto depois de sair da ponte já era noite total, não havia sobrado nenhum resquício de laranja no céu.
- Koko eu aluguei um quarto numa pousada aqui perto, você se incomoda se dormirmos lá?
Inui me questiona.
- Não me incomodo não, mas onde é essa tal pousada.
Digo e ele sorri ligando a moto.
- Você vai descobrir, agora sobe aí.Narrado pela narradora:
Os dois seguiram em direção à pousada, fizeram o Chequim, tomaram um longo banho juntos, riram e se divertiram, até que por fim dormiram agarrados um ao outro, esperando um novo dia chegar, contudo, o futuro os aguardava.
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Um estranho amor de gangue
RomanceApós a derrota de Taiju, Inui e Koko entram na gangue manji de Tokyo aos comandos de Hanagaki na primrira divisão . Com esses incidentes um sentimento novo aflorece dos dois rapazes Desencadeando vários eventos. Capa retirada do Pinterest Classifica...