Capítulo 10

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Narrado põe Inui :

Acordo com uma sensação estranha, um nó no estômago, talvez isso seja fome? Provavelmente, mas nada me deixa esquecer que meu melhor amigo/namorado vem para minha casa hoje.
Na época que nós éramos apenas amigos seria normal receber o outro em minha casa, contudo agora é uma nova experiência que pode terminar em........ Não quero pensar nisso, porque tem o risco de eu imaginar mais do que devo.
Olho o relógio vendo que são meio-dia, logo Koko chegará com o almoço, já que o mesmo me proibiu de cozinhar, dizendo que eu queimaria a casa. Faço um pico ao pensar nisso lembrando da risada de Hajime zoando minhas ruins habilidades na cozinha. Escuto batidas na porta e corro para a abrir, ao fazer isso vejo Kokonoi encharcado com uma sacola perfeitamente seca nas mãos.
- Tá chovendo ?
Pergunto a ele dando passagem na porta e Koko entra tirando os sapatos.
- Não Inui, eu pulei em uma piscina antes de vir pra cá.
Jime responde meu questionamento com sarcasmo e uma pitada de raiva, que suponho não ser por ele estar encharcado.
- Tá tudo bem ?
Digo e o outro suspira fundo abrindo um sorriso falso e dizendo novamente :
- Pode me emprestar uma toalha e uma roupa ?
O encaro me sentindo preocupado mais aceno positivamente indo até meu quarto pra pegar a toalha e as roupas. No caminho do meu quarto lembro de uma frase do Taquemichi, ele disse :
"Inui tava pensando sobre o Kokonoi e ele é muito sarcástico e parece ser bem sádico no modo geral, então aqui entre nós você realmente gosta dele?".
O Koko realmente é bem sarcástico, mais pensando assim, eu também sou, já a parte do sádico eu não posso opinar, pois nunca cheguei a reparar. Em meio aos meus questionamentos confusos lembro do garoto encharcado na minha sala e corro para levar a toalha para ele. Jime pega a toalha secando seu abdômen.
Que!!! Quando ele tirou a camisa? Não consigo evitar de olhar seu corpo discretamente, as gotas pingam de seu cabelo, descendo pro pescoço, até o peitoral seguindo um rastro para sua barriga levemente trincada e definida, olho as gotas atentamente que agora seguem perigosamente para dentro de sua calça.Meus pensamentos fogem para longe e fixo meu olhar em sua calça preta, ao prestar atenção vejo que o botão está aberto e as laterais meio caídas revelam a ponta de sua cueca também preta, isso faz com que me perca mais longe ainda em meus pensamentos, divagando por fim nas coisas pervertidas que tentei evitar desde ontem quando o convidei, mas com essa cena tentadora para meus hormônios não consegui controlar minha cabeça de pensar cenas picantes demais para nossa situação atual.
- Você tá me comendo com os olhos Nui.
Volto a realidade ao escutar a voz dele e coro de constrangimento me sentindo arrepiar com sua voz rouca.
- De desculpa Koko eu só tava olhando se se você ainda estava muito molhado.
Gaguejo a frase inteira e claramente ele percebe que isso é só uma desculpa idiota de alguém com vergonha. Ele ri se aproximando do meu ouvido dizendo :
- não me importo que me olhe, principalmente se for com esse seu olhar de desejo.
Sua voz sai calma e muito sexy aos meus ouvidos e me arrepio com seu toque repentino em meu pescoço, sua mão gelada vai da minha clavícula até minha nuca. Eu que esperava um beijo me surpreendo quando Koko me puxa pela nuca para um abraço forte e demorado, ele treme te frio, mas não perde a postura de maioral dentro do abraço, ele respira rápido e sem controle o que me faz perceber a angústia vindo de seu corpo, seus braços firmes me apertam como se nunca fossem me deixar sair, percebendo a bola de neve sendo formada entre nós decido agir.
- Jime me conta o que foi que aconteceu ?
Falo lentamente e com cautela passando meus braços em volta de sua cintura, ele respira fundo e diz :
- O Hanagaki.
- Que !
Digo claramente confuso, Koko treme de raiva e fala:
- Estou assim por causa do Hanagaki Inui!!
O pego pelos oubros desfazendo o abraço e o encaro, me pergunto o que o Taquemichi teria haver com a raiva de Hajime.
- Mas porque ele? O que aconteceu.
Falo atento nas reações do outro e o vejo trincar o maxilar, claramente está com muita raiva, e não saber o motivo me deixa cada vez mais ansioso.
- Por favor Kokonoi pode me explicar o que houve ?
Falo mas me surpreendo com o tom de desespero que minha frase sai, Jime respira fundo pela quinta vez só nesse diálogo e começa a falar. Ele me conta sobre o filme que viu em cartaz, sua ida ao shopping, conta também quando me avistou na sorveteria com Taquemichi, diz também sobre a raiva que sentia por eu não ter mandado uma mensagem no momento que cheguei em Shibuya e quando menti para ele na ligação. Me pego chocado com tudo que ouvi dele, como Koko manteve seu alto controle para termos uma conversa como pessoas maduras, sua atitude foi fantástica e estou muito admirado com isso.
- Jime sinto muito por tudo que passou, não queria isso, você pode me perdoar ?
Digo sendo completamente sincero e abrindo um sorriso culpado, ele acena em concordância dando um sorriso aliviado.
Nosso clima fofo é quebrado quando minha barriga ronca, e ele se dá conta de que tínhamos que almoçar. Koko vai até a sacola na bancada tirando uma embalagem de isopor abrindo a mesma revelando peixes fritos e sushis, lambo os lábios sentido a fome me dominar.

(Quebra de tempo)

Agora de barriga cheia eu e Hajime estamos deitados em minha cama vendo um filme aleatório enquanto jogamos conversa fora, estou deitado em seu peito ao mesmo tempo que ele faz carinho nos meus cabelos, minha manta favorita de dinossauro nos cobre deixando apenas nossos pés entrelaçados de fora, seu corpo é quente o que automaticamente esquenta o meu.
Olho para cima o vendo concentrado na Tv com seus olhos pretos e profundos contrastando com sua pele branca, pelo silêncio no ambiente e por estar muito perto de seu corpo escuto as batidas de seu coração, também posso sentir sua pulsação no pescoço e uma ideia me vem à mente. Me mexo devagar abrindo minha boca e de uma vez só mordendo a clavícula de Koko, ele geme de surpresa e me olha, seus olhos expressão confusão e uma pitada de dor, abro meu melhor sorriso travesso e digo:
- isso foi para me vingar por aquela marca que você deixou em mim!
Ele ri, mas logo em seguida abre um sorriso perverso, com uma velocidade incomparável ele me agarra pela cintura me fazendo deitar completamente em cima dele, ao mesmo tempo que sua boca invadi a minha com pressa e desejo.

Um  estranho amor de gangueOnde histórias criam vida. Descubra agora