Sarah Andrade , uma jovem empresária, que vive
sendo chamada atenção por seus parentes, sendo a
filha mais nova, solteira e interssexual. É chamada
para passar o Natal junto com a família, mas para calar
a boca dos parentes, ela contrata uma namorad...
Pelo espírito natalino, resolvi soltar mais um capítulo, quem sabe outro mais tarde ...... estou de plantão em pleno sábado de natal .... Fazer o que né ?
Beijos luazinhas
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Sarah Caroline Andrade , quero que você venha passar o feriado aqui, isso não é mais um pedido!- Suspirei, o que eu vou fazer ?
- Mama, você sabe que não gosto que me chame assim, e eu já expliquei a situação.- Falo com desdém.
Encaro a menina a minha frente, quando a mesma me chama, tento abafar o som, mas mesmo assim minha mãe escuta.
-É ela minha filha? minha nora? - Questiona empolgada
Eu não sabia o que fazer, eu não fazia a mínima ideia do que ia responder, estava completamente ferrada. Como eu iria sair daquela situação? o que me resta é mentir mais um pouco.
- Sim, é ela.
Minha mãe grita em meu ouvido, respiro fundo e fecho os olhos, batendo o celular em minha testa. Me levanto e noto a presença de Juliette em minha frente, com o cenho franzindo e com uma cara de total confusão, ela estava descalça e com os cabelos desgrenhados, seu rosto um pouco inchado, ela encosta-se à parede e observa por um momento.
Ela tinha acabado de acordar, mas continua linda. Ela começa a ficar violentamente vermelha ao perceber meu olhar. Então sorrio e escuto uma certa pessoa no celular.
- Quero falar com ela.
- Como ?
- Filha, se você não vai trazer ela aqui, o mínimo que pode fazer é me deixar falar com ela.
Okay, agora estou completamente ferrada. Ando em direção a garota a minha frente, tampando o celular. Ela se assusta pela forma que me aproximo, mas continuo até chega á sua frente e então a olho.
-Por Favor! Me ajude- Imploro olhando para ela
-Como assim, do que precisa? Quer que eu cozinhe para você? - Zomba Juliette
Encaro a mesma, tentando analisar se aquilo é realmente uma coisa boa a se falar, no meio de toda essa bagunça. Respiro fundo e tento afastar esses pensamentos, sinal que estou nervosa.
- Pare de brincadeiras, o assunto é realmente sério!- Repreendo ela
Ela me olha, completamente perdida e assente com a cabeça.
-Pode Falar- sussura ela, me observando.
-Preciso que seja, minha namorada!- respondo.
-O que? É uma piada né?- Esbraveja a mesma.
-Preciso que finja ser minha namorada, para minha mãe- Ela sorri e antes que diga algo, completo - Contei uma mentira para não ir passar o feriado na casa dela, dizendo que minha namorada estava grávida e não poderia viajar.
-Sua namorada, está grávida? Você tem namorada? - diz confusa
No mesmo momento, ela desfaz a cara de confusa e abafa o riso com a mão.
-Ju - sussurro impaciente
Nunca havia visto ela rir tanto, na real nunca vi ou ouvi seu riso, mas realmente parece um som angelical, saio de meus profundos pensamentos com a voz da minha mãe no celular!
-Por favor, te faço qualquer coisa!- imploro
-Tudo bem, eu faço, não precisa me prometer nada. Juliette pega o celular da minha mão, e ativa o viva- voz do mesmo.
"Sarah Caroline , não me ignore assim, ou irei ter que ir ai, lhe-dar várias palmadas até que tenha que implorar desculpas e me pedir para parar."
Juliette segura o riso e em sequência diz:
-Oi! Senhora Abadia!-
Me surpreendo com a voz de Juliette , ao falar dociomente com minha mãe, a mesma não percebe o meu estado, e continua ao celular.
- Você é minha nora? Ah meu Senhor amado! Não acredito que vivi para ver isso - Fala animadamente.
- Sim, é o que penso! - respondo, revirando os olhos.
-Qual o seu nome, minha querida?- pergunta mamãe me ignorando
-Juliette Freire , Senhora!- Responde a morena
- Meu senhor! Tenho tantas perguntas para você! Seu nome é tão lindo, por favor, me chame de Abadia, sem o senhora . Querida, venha passar o natal comigo?
Agora lascou! Estava tudo muito ferrada, como vou sair dessa furada? Juliette estava com a respiração alterada e visivelmente frustada.
-Mama, já disse-lhe que não podemos, Juliette precisa de calma e repouso!- Digo torcendo para dar certo.
-Querida, você está com quantos meses?- pergunta minha mãe, me ignorando mais uma vez.
-5 meses, Senhora... Abadia !
-Então... Eu irei! - Exclama mama.
-Para onde?
-Passar o natal, com vocês.
-Mãe , você sabe que não é possível, meu apartamento é pequeno! - tento convence-la.
-Filha, quero conhecer a mãe do meu neto, antes que ele nasça e eu não vou estar aqui para sempre! Argumenta ela.
- Quanto drama!
- Abadia, eu irei passar o Natal com vocês, senhora.
- Como ela diz isso?
Minha mãe dá mais um grito, e eu juro que se eu escutar mais um, eu realmente terei problemas auditivos.
-Ah, meu Deus! Você não sabe como faz essa pobre velha feliz.-Suspiro
