UMA SEGUNDA PRIMEIRA VEZ

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Pov Juliette Freire

Bem, nem estou acreditando como tudo passou tão
rápido. Primeiro Sarah e eu nos odiávamos e
agora sentimos algo realmente diferente do ódio.

Talvez isso seja dado a nossa proximidade durante
essa farsa, eu sei que não posso levar o que eu sinto
pela Sarah para algo maior, pois não quero lhe
dar um fardo que eu serei para vida dela. Eu só vejo
por livros e filmes, belas histórias de homens e
mulheres que se apaixonam por grávidas e no final
assume a criança como o seu próprio filho. Talvez
isso possa acontecer comigo, ou talvez eu só me
iluda e no final poderei adicionar mais uma decepção na minha grande lista.

Acordo com uma pequena dorzinha no lado
esquerdo da barriga e me levanto devagar com a
mão no ponto que dói. Olho para o lado e vejo
minha galega dormindo, dou um leve sorriso e saio da cama devagar, indo em direção ao banheiro. Ao
chegar ao mesmo pego o medidor de pressão
automático, e ponho no meu pulso. Olho para a tela
do aparelho e vejo que a minha pressão está 14 por
9, dou um suspiro e guardo o aparelho.

Volto para o quarto e pego a minha bolsa de
remédios e em seguida tomo uma pílula do
remédio para diminuir a minha pressão, que estava
um pouco alta. Ponho em baixo da língua e faço
uma cara feia, devido o gosto amargo do remédio.

Meia hora depois o remédio já havia sido
dissolvido, vou até a cama e me sento, logo depois
começo a lutar tentando achar uma posição confortável, mas a barriga não deixa.

Depois da minha pequena guerra com o
desconforto, olho para Camila e vejo que ela
continua dormindo. Suspiro e vejo o livro que ela
me emprestou (Como era eu antes de você.), pego o
mesmo e leio a sinopse.

*Como eu era antes de você*
Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas
ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe
solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa
de cuidados constantes desde que sofreu um
derrame. Além disso, trabalha como garçonete
num café, um emprego que ela adora e que,
apesar de não pagar muito, ajuda nas despesas. E
namora Patrick, um triatleta que não parece
interessado nela. Não que ela se importe. Quando
o café fecha as portas, Lou se vê obrigada a
procurar outro emprego. Sem muitas
qualificações, a ex-garçonete consegue trabalho
como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor,
de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado.
Preso a uma cadeira de rodas depois de um
acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will
desconta toda quem estiver
por perto e planeja dar um fim ao seu sofrimento.
O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer
cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de
que irá mudar para sempre a história um do
outro.

Assim que eu acabo de ler a sinopse dou um leve
suspiro e murmuro.

- Acho que vou chorar com este livro. Abro o livro e
começo a devorá-lo.

Já estava amanhecendo e eu continuava lendo o
livro, já estava além da metade e já havia chorado
baixinho duas vezes. Eu sei que o principal fator do
meu choro era os meus hormônios exagerados, mas
mesmo assim o livro era bastante emocionante.

Pela terceira vez eu estava chorando, mas dessa vez
Sarah acordou e me olhou assustada.

— Juliette , o que foi?
- Ela se levanta e põe a mão na minha barriga.

- Está sentindo alguma dor? Olho para ela e nego
com a cabeça.

- Então porque você está chorando? Pergunta ela limpando as minhas lágrimas.

Namorada de aluguel - ( versão Sariette)Onde histórias criam vida. Descubra agora