JOGUE NO LIXO

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POV SARAH ANDRADE

Eu nunca consegui dormir com as mulheres depois
da relação amorosa, e o pior, nunca soube o
motivo, mas nunca senti necessidade de me deitar
ao lado de nenhuma mulher e dormir agarrada com
ela.

Eu realmente só queria saciar a minha necessidade
com elas e depois se pudesse eu as jogava fora, eu
sei que isso é horrível, porém todas as pessoas
sentem a mesma coisa. Mas posso dizer que até
com a Viviane isso acontecia às vezes, talvez quase
sempre.

Mas essa foi a primeira vez que eu senti a necessidade de ter uma mulher ao meu lado. Eu até
me surpreendi por querer estar tão perto assim de
uma mulher, sim uma linda mulher.

Eu sei que pareço uma psicopata, mas eu estou
acordada já faz duas horas, e continuo na cama só
para ter o prazer de sentir o corpo da Juliette perto
do meu. Sinto a sua respiração calma em meu
pescoço e suspiro satisteita por isso.

Acredito eu que posso passar horas nesta mesma
posição, só para ter o prazer de continuar perto
dela. Meus pensamentos estão uma loucura,
metade diz que eu sinto algo por ela e a outra
metade diz que eu não sinto nada. Então, qual é o
lado certo? O que eu devo fazer?

Uma coisa eu sei, que independente da minha
escolha, ainda está muito cedo para dizer que isso é
amor. Eu não conheço nada dela, ela pode ser uma
maluca ou psicopata.

Ai meu Deus, e se quando ela acordar pensar o
mesmo de mim? Porque eu já dei indícios
suficientes. Quem em sã consciência contrata uma
mulher grávida para fingir que é sua noiva em vez
de sair em uma balada conhecer uma garota legal e
se apaixonar por ela e se casar?

Acredito que preciso de um terapeuta para resolver
todas essas questões em minha vida. Mas sou
daquelas que um dia repleto de trabalho resolva
todas essas questões pendentes.

Sinto o corpo dela se mexer e saio dos meus
devaneios, a abraço forte, ouço um gemido e sorrio.
Olho para o relógio e vejo que já são o2h45min da
manhã, e dou um longo suspiro voltando a abraça-
la. Juliette se mexe na cama novamente e como de
costume, retira a coberta de seu corpo, mostrando
a pele do seu corpo nua. Se fosse há dias atrás eu
estaria louca por não poder tocar nesta pele, beijar
este corpo ou até mesmo sentir ele perto de mim.

Mas agora tudo e completamente diferente, eu
posso tocar, beijar e sentir o corpo dela no meu.
É o primeiro natal em que eu passo na casa dos
meus pais sem querer fugir de lá. Eu realmente
nunca fui de curtir famflia assim depois do que
aconteceu comigo e com a Pocah .

Ficar aturando a minha família não era mais o meu
hobby, mas neste Natal o meu gosto familiar
mudou.

Aproveitando o sol perfeito de hoje, minha família
toda - contando com os pais da Pocah e o babaca
do seu irmão - marcaram de ir para a cachoeira do
horto - um local perto do Jardim Botânico, que é
cercado de florestas e além de ter várias nascentes
de rios e lindas cachoeiras -, Juliette tenta me
convencer a ficar em casa, mas eu prometi ao
médico que ela iria fazer várias atividades físicas.

A família praticamente toda vai, como é perto,
aproveito e levo o Thunder. Pegamos o carro e
fomos para a entrada da trilha de terra que nos
levava a segunda cachoeira. Ela era bem escondida,
eram quase 45 minutos andando, mas valia muito a
pena.

Já estávamos caminhando fazia uns 15 minutos,
minha noiva segue caminhando ao meu lado em passos lentos, observando o cenário ao seu redor - árvores, animais característicos da mata, flores, entre outros -, enquanto eu vou levando o Thunder.

Namorada de aluguel - ( versão Sariette)Onde histórias criam vida. Descubra agora