Sarah Andrade , uma jovem empresária, que vive
sendo chamada atenção por seus parentes, sendo a
filha mais nova, solteira e interssexual. É chamada
para passar o Natal junto com a família, mas para calar
a boca dos parentes, ela contrata uma namorad...
E a outra era de algum homem, deve ser do pai do bebê.
- Eu não entendo, por que você não quer assumir essa criança. Esse filho é seu, eu não fiz sozinha. Grita Juliette .
- Eu não posso ter esse filho e também não quero essa criança. você sempre soube disso, e eu tenho aversão a qualquer forma de familia.- Fala o homem com uma voz calma.
Ouço Juliette chorar e depois o homem diz :
- Você sabe que se eu assumir essa criança, eu vou acabar com minha fama e minha carreira. O único jeito é você fazer um aborto, parar logo com essa história idiota, não quero que você estrague minha vida e esse corpinho.
- O que esse falou ? Ouvi bem ?
Como alguém pode ser assim, desejar a morte do próprio filho. senti meu rosto inteiro queimar, aperto minhas mãos em forma de punho tentando espantar o ódio desse babaca. logo depois escuto a voz de Juliette ainda mais alterada.
- Vai embora daqui, seu filho da puta, seu merda, não admito você falar do MEU filho assim. Não quero nada de você, quero que você se foda. Você e sua fama. Eu Te Odeio Rodolfo , Eu Te Odeio! - Grita Juliette e o empurra.
Saio da porta e finjo que estou chegando agora. Ela empurra o homem socando seu peito, e quando ele faz menção de bater nela, vou para cima e puxo Juliette para meus braços.
-Calma Ju, pense no bebê. - Falo para ela,e ela me abraça forte, olho para o homem.
- Cuidado, hein! essa daí finge ser alguém e depois te engana - Rosna ele.
- Obrigado pelo conselho inútil, mas agora vai embora! -Falo encarando.
-Tudo bem, eu vou indo! Mas pensa no que eu falei gostosinha.- resmunga ele sorrindo.
Eu juro que se Juliette não estivesse em meus braços nesse momento, eu quebraria a cara desse cara. Abaixo a cabeça e vejo ela com so olhos fechados e abraçada a mim. A levo para dentro do seu apartamento e ela senta no sofá.
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Ela fica um tempo calada, apenas encarando o chão. Não sabia o que fazer ou falar, seus lábios tremeram ao dizer :
- Obrigado. - diz olhando para o chão, com suas mãos na barriga.
- Não precisa agradecer- toco em sua mão- Está se sentindo bem?
Ela assente e depois olha para minha mão em cima da sua, e dá um sorriso.
-O bebê chutou- olho para sua barriga e sorrio.
- Posso sentir?- pergunto
Ela não responde, apenas levanta a blusa e pôe minha mão em cima, enquanto espera esperançosa pelo movimento do bebê.
- É muito raro o bebê, penso que ele é tão preguiçoso.- Ela diz, concentrada em esperar o movimento.
Não posso negar, que era meio embaraçoso para mim, eu estava meio acuado de estar em um momento tão intimo com Juliette . Algumas horas atrás e isso nunca aconteceria. Agora eu estava lá, tão ansioso quanto ela na espera do bebê se mexer, engraçado como aquela coisa louca pode fazer alguém enlouquecer.
Desvio meu olhar para seu rosto, e da para ver que mesmo pálida, cansada e triste, dava para ver que aquele simples acontecimento era tudo que ela mais esperava. Ainda estou com a mão em sua barriga, quando sinto uma leve ondulação. Fico surpreso e sorrio movendo a mão em busca do mesmo movimento, ela sorri e suspira.
Olho para ela e sorrio também, e mesmo com um sorriso, ela diz :
- Não sei, porque ele não quer fazer parte disso também.
O silêncio retorna e eu não sei o que falar, mesmo assim abro a boca uma três vezes, mas nada sai, logo desisto e troco o assunto.
- Bem, eu gostaria de saber se está levando muita roupa de verão.. - simplismente saiu da minha boca- Bem é que lá pode fazer muito calor..- Tiro a mão de sua barriga e a encaro.
- Bem tenho sim, só queria emprestado um moletom seu, para usar durante a viagem.
-Para que, um moletom meu? - Pergunto tentando divertir- Quer sentir meu cheiro?
- Não e nada disso- Defende corada - È que eu acho mais confortável para usar durante o voo, e eu também sinto muito frio durante à noite.
- Hum!... Não sei, tenho minhas dúvidas.-Em meio ao que digo, ela começa a rir, sorrio ao ver o modo que ela tenta recuperar o fôlego depois de tanto rir- Bem, acho melhor eu ir. passo aqui as 5 horas.
- Tudo bem!- Concorda Juliette .
Olho ao redor do apartamento, avisto um velho piano e alguns outros intrumentos musicais no local.
- Então todo aquele barulho, era esses instrumentos?
A morena me olha e morde o lábio.
- Bem... Eu fazia faculdade de música, é minha paixão. - Confessa ela olhando os intrumentos com brilho nos olhos.
- Quem te inspirou ?- Ela suspira.
-Uma vizinha.- Ela responde sorrindo.
Era engraçado, como toda vez que entramos em assuntos banais, o silêncio se fazia encomodo. Olho para Juliette , e ela está olhando para o chão.
- Bem, eu já vou indo! Tenho algumas coisas para resolver. - Digo caminhando até a porta.
- Até mais tarde - Juliette diz sorrindo.
-Até. - Digo saindo de seu apartamento, em direção ao meu.