Capítulo 4

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Faltava meia para o meu avião sair e o embarque estava prestes a ser iniciado, estava conversando com Lizzie até agora, ela não me deixava entrar na sala de embarque. Assim que ela finalmente se despediu e foi embora, encarei a fila gigante e entrei faltando cinco minutos para o embarque começar.

Apesar de estar quase atrasada, não vi problema algum em ir na praça de alimentação comprar algo para levar no avião.

A escada rolando estava um pouco longe de mim e não me arriscaria em andar até lá e me atrasar então andei em direção contrária ao elevador que estava bem mais perto e estranhamente vazio, poucas pessoas na fila. Assim que parei atrás do homem alto, a porta abriu mas fiquei frustrada ao notar que não haveria lugar para todos. 

Alguns minutos depois o elevador desceu e estava completamente vazio, entrei animada atrás do rapaz e logo apertei para a porta fechar. Estava com pressa.

Observei a pessoa parada do lado oposto e estranhei a aparência do estranho. Ele era bem alto mas não conseguia notar nada em sua aparência com a touca cobrindo seu cabelo, os óculos escuros apesar de estarmos em um local fechado e o casaco de couro.

Assim que a porta fechou, o elevador ameaçou subir mas deu um tranco e eu realmente não estava sentindo nenhum movimento. As luzes se apagaram e senti mais um tranco.

Respira fundo Victoria, vai dar tudo certo.

Peguei meu celular e fui para um aplicativo que funcionava como lanterna. É agora que eu agradeço por não ter achado que esse aplicativo não seria útil e tê-lo apagado.

— Você está bem? — O estranho perguntou ao tentar se aproximar de mim. Era possível ouvir sua mão tentando achar um caminho no quadrado escuro.

— Tirando o fato de estar presa em um elevador, eu estou ótima. — Falei iluminando o caminho para ele.

A luz da lanterna deixava os olhos verdes do rapaz em um tom bem claro, quase cinza e cintilava sua pele branca. Ele continuava com a touca e o casaco, é claro.

— Meu telefone está sem sinal. — Ele disse tentando me mostrar o visor.

Sai rapidamente do aplicativo e chequei se o meu tinha. Óbvio que não.

— Eu também não.

— Ótimo. — Disse em um tom sarcástico.

Coloquei meu telefone virado no chão próximo ao local onde estávamos para iluminar ao nosso redor e escorreguei na parede até sentir a minha cocha encostar no chão.

— Então… —  Ele disse já sentado ao meu lado.

Notei seu sotaque carregado e não havia duvida que ele não é daqui, tenho quase certeza que ele é inglês. Não é nem um pouco difícil identificar.

— O que nos resta é esperar.

— Infelizmente sim.

— Qual o seu nome? — Foi a primeira pergunta que me veio a cabeça.

— Err… Eu sou o Harry. — Ele disse quase num sussurro.

— Prazer Harry. Meu nome é Victoria, mas se quiser pode me chamar de Tori.

— Você é de Nova york mesmo?

— Na verdade não… — Encarei o lado escuro do elevador. — Nasci na Noruega mas cresci em Manchester.

— E você vai para onde?

— Londres.

— Vai fazer o que lá?

From New York to London // Harry StylesWhere stories live. Discover now