Capítulo 9

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Desgraçado, desgraçado-gritou a rainha.
Os guardas tentavam segurar a porta,mas Aelin falou:
-Deixe ele entrar.
Rowan a olhou de cima a baixo.
-Você enlouqueceu?
-Deixe ele entrar.Você mesmo disse que preciso enfrentar meus medos.
Ele assentiu.
-Obedeçam a sua rainha,deixe ele entrar.
A porta se abriu então.
E Cairn entrou.
Aelin rapidamente projetou um escudo de fogo diante de si,rebatendo a onda negra do feerico.
Cairn cambaleou.
Rowan estava do lado de Aelin.
O feerico lançou seu poder novamente,mas o escudo da rainha cedeu.De novo.
Mas seu parceiro rebateu o poder novamente.
Ele estendeu a mão para sua parceira.Uma oferta e um convite.
A distração perfeita.
Cairn agarrou Rowan pelo pescoço com a magia.
A magia dele se debateu,ele se debateu,mas não era suficiente.
A magia de Aelin se rebateu,o laço da parceria se rebateu.
-Não toque no meu parceiro-susurrou.
Aelin ergeueu o rosto,os olhos incandescentes,ao erguer os braços acima da cabeça e conjurar o poder.
Cairn deu um sorriso debochado e apertou Rowan mais ainda.
-Eu avisei-disse Aelin e lançou a magia contra ele.
Um poder jamais conjurado antes, já que pensava que tinha pouco.
Cairn caiu de joelhos e arquejou o corpo a procura de ar,ao mesmo tempo que largou Rowan no chão.
O guerreiro estava imediatamente de pé,ao lado de Aelin,as mãos em seu rosto.
-Você está bem?-Perguntou a parceira.
-Sim-ele lhe beijou a testa e estendeu a mão novamente.
Aelin sorriu e Rowan pegou uma das muitas adagas que carregava e cortou a mão.
A rainha fez o mesmo.
Eles deram as mãos então.
-Juntos?-Perguntou Aelin.
-Juntos, Coração de Fogo.
A magia irrompeu dos dois,uma luz incandescente.
Cairn se levantou,mas foi impedido pelo poder que irrompeu do rei e da rainha e se debateu no chão.
Os dois se aproximaram,Aelin com Goldryn na mão.
Ela se desvencilhou do parceiro,sentindo a magia dele sair de de dentro de si.
-Volte ao seu mundo infernal,Cairn.
Ela desceu a espada sobre a cabeça do feerico.
-E vá para o inferno.
Aelin se virou para Rowan e passou os braços em torno de seu pescoço.
-Vamos comemorar mais essa vitória hoje a noite-susurrou Rowan ao ouvido da jovem.
-Com certeza-respondeu Aelin

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Todos estavam no salão principal.Um almoço rápido foi preparado sob as ordens de Aelin.
Uma grande e farta mesa foi posta,Rowan e Aelin na ponta.
O rei de Terrasen se levantou.
-Atenção todos,por favor.
A corte se virou para ele.
-Hoje,sua rainha vence mais uma batalha-ele pegou a mão de Aelin e a levantou-Aelin Galanthynius,rainha de Terrasen é vitoriosa, é corajosa,e ninguém tira isso dela.
-Graças a vocês,minha corte,meus amigos-disse Aelin-eu cheguei até aqui.Sem vocês esse sonho não teria se tornado realidade.Mais uma vez, obrigada.
Todos se levantaram e ecoaram:
-Salve Aelin Galanthynius,nossa rainha-e fizeram uma reverência.
A corte e a rainha levantaram as taças e se sentaram novamente.
Aelin susuroru ao ouvido de Rowan:
-Sem você principalmente eu nunca teria chegado até aqui.Sou muito grata por ter te encontrado naquele beco.Amo você.
O guerreiro lhe deu um suave beijo.
-Também amo você.
Aelin sorriu e ambos olharam para Mirian,que sorriu de volta.
-Minha menininha-falou Aelin.

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Rowan e Aelin entraram no quarto e a rainha apoiou Mirian-que já dormia-no berço ao lado da cama.
-Preciso urgentemente de um banho-murmurou a jovem-preciso relaxar,estou muito tensa.
-Então vamos nós dois-susurrou Rowan contra seu pescoço.Como ele é sorrateiro.
-Que susto-respondeu Aelin se virando para encará-lo-então vamos nos banhar, majestade.
O feerico sorriu e a pegou nos braços.
-Preciso de uma boa massagem nas costas também-falou Aelin contra a boca de Rowan.
-Então atenderei seu pedido,alteza-respondeu ele.
Ainda com Aelin nos braços,ele se dirigiu ao banheiro e fechou a porta atrás de si.
Ele soltou Aelin para que ela tirasse as roupas e deitasse na banheira.
Rowan se sentou na borda atrás dela e começou a massagear seus ombros.
-Ahh como eu precisava disso-ronronou Aelin-por que não se junta a mim?
-Agora parece que sou eu quem está dando banho em você-respondeu Rowan.
Ela riu e Rowan se levantou para se despir também.
Aelin mergulhou a cabeça na água para molhar o cabelo e quando se levantou se deparou com Rowan na sua frente.
-Mas já?-Perguntou ela.
-Você já deveria ter se acostumado com a minha rapidez-respondeu o guerreiro lhe dando um beijinho no nariz.
-Eu sou tão feliz por te ter aqui comigo,sabia?E sim,eu vou ficar repetindo isso sempre.
-Pode repetir quantas vezes quiser, Coração de Fogo,eu sempre vou estar disposto a ouvir.
Rowan pegou tônico ao lado e molhou os cabelos.
Aelin inclinou a cabeça.
-Seu cabelo está na altura dos ombros de novo.
-E?
-E isso significa que você vai me deixar trançá-lo.
Rowan riu.
-Nem sonhando.
-Ah mas vai sim,seu busardo.
A rainha se inclinou para frente e tirou as mãos de Rowan dos cabelos.
-Se não vai me deixar trançar,então vou fazer um lindo topete.
Rowan cruzou os braços enquanto Aelin mexia nos cabelos.Ela podia jurar que ele soltou um ronronado.
-Vai ficar lindo e...
Antes que pudesse continuar,ele agarrou sua cintura e a puxou para si.
-Rowan,você tirou minha concentração-riu Aelin e lhe deu soquinhos no ombro.
-Eu também te amo-respondeu ele reivindicando-lhe a boca.
-Você não vai deixar eu terminar meu banho?-Susurrou a jovem contra a boca dele.
-Só se você ficar aqui comigo.
-Mas eu já estou com você.
-Eu quis dizer aqui no meu colo-ele deu um peteleco no nariz da parceira.
-Tenho que lavar meu cabelo também, príncipe.
-Rei você quer dizer não é?
-Ah é verdade.Perdoe essa humilde plebéia então alteza-disse Aelin fazendo uma reverência até que as testas se tocassem.
-Está perdoada,princesa.Ou melhor,majestade.
-Posso concluir meu banho então para que possamos fazer coisas reais depois?
-Já que você pediu com educação está liberada.
Ela sorriu e se afastou,mas permaneceu perto de Rowan.
Aelin terminou seu banho e fez menção de se levantar,mas Rowan a puxou de volta para a água.
-Mas já?
-Já viu que horas são?Já está entardecendo.
Rowan olhou para a pequena janela e esboçou um sorriso.
-Verdade.
A rainha riu e se levantou por fim.O feerico fez o mesmo.
Ela foi até a pia para passar um creme nos cabelos.Como se sentisse o olhar dele sobre ela, perguntou:
-O que foi?
-Nada.Só estou observando a tatuagem que fiz.Da nossa história.
-Hmmm-murmurou Aelin-que bom que essa história termina bem não é?
Ele se aproximou abraçando-a por trás
-Com certeza.
A jovem pôde ver pelo reflexo do espelho que seu parceiro lhe beijava o pescoço e se inclinou para pegar a toalha,mas foi impedida por uma mão tatuada.
-Deixe aí.
-Preciso me secar.
Rowan respondeu com um "hmmm".
Ela se virou para olhar aqueles olhos verde-pinho.
-Deixe eu me secar pra você se deliciar mais-susurrou Aelin dando um sorriso malicioso.Ele retribuiu o sorriso e se voltou para a porta,pegando o roupão.
-Te espero na cama então.
Aelin saiu do banheiro logo depois de Rowan,que já estava na cama.
Ela se recostou contra o batente.
-Você levou mesmo a sério o assunto de me esperar.
Ele deu tapinhas na cama.
-Seu lugar está te esperando.
Os lábios de Aelin se repuxaram para cima e ela caminhou até a cama.Não para o seu devido lugar,mas para ver a filha.
-Preciso dar banho nela primeiro.
O feerico levantou a cabeça e murmurou.
-Lá vou eu esperar mais tempo.
-Se você me ajudar,menos tempo você espera.
Ele sorriu e se levantou.

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Elide ainda estava assustada, chorosa com tudo o que tinha acontecido mesmo quando Lorcan a levou de volta para o quarto.
Yrene e Chaol estavam junto.
-Você precisa se acalmar,Elide-disse o semi-feérico.
-Estou tentando.
Lorcan a abraçou.
--Você está segura agora, tá bom.Vá tomar um banho para se acalmar.
-Bom,precisamos ir-falou Yrene-amanhã precisamos voltar para Anielle.
-Podem ir tranquilos-respondeu Lorcan-obrigado.
A curandeira caminhou até Elide e lhe deu um abraço.
-Você vai ficar bem,minha amiga.
-Obrigada-susurrou Elide.
Yrene se levantou e saiu.
-Vamos tomar um banho,sim?-Perguntou Lorcan.
A jovem assentiu e se aproximou do marido.
-Lorcan-disse ela.
-O que foi?
-Lorcan,preciso que faça algo por mim.

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Rowan e Aelin estavam se divertindo banhando a filha.
-Pare de espirrar água,Mirian-riu Aelin.
Rowan fechou a mão em concha ao mergulhar na água e fez o mesmo que a filha.
-Rowan-falou Aelin virando o rosto.
Ele riu.
A rainha também fechou a mão em concha ao mergulhar na água e rebateu a provocação.
O rosto do feerico molhou todo.Assim como estava o da parceira.
-Ah agora você me paga-riu ele.
-Não, não-gritou Aelin.
Mirian estava gargalhando e espirrando água para todos os lados.
O feerico puxou Aelin para si e lhe deu beijinhos suaves na boca.
-Sua bagunceira.
-Você também é,seu busardo.
Aelin se desvencilhou e pegou Mirian no colo,o parceiro logo atrás com a toalha.
-Agora você vai dormir,sua arteira-falou a rainha.
Eles se dirigiram para o quarto e Aelin deitou a filha na cama ao olhar para os dois pijamas postos na cama.
-Azul ou ouro metálico?-Perguntou.
Os olhos do feerico brilharam.
-Já sei-respondeu Aelin-parece que seu pai quer que você seja igual a mamãe.
Ela então a vestiu e colocou no berço ao lado da cama e cantou a canção de Terrasen.
A filha rapidamente adormeceu.
-Estou tão cansada que não quero nem colocar o pijama.
Os olhos de Rowan brilharam novamente.
-Não me olhe assim,Rowan.
Ele se aproximou de Aelin,mas ela recuou.
-Vai ter que me pegar primeiro-falou ela e saiu correndo por debaixo do braço dele.
-Então você quer brincar de pega-pega?-Riu ele-vamos ver se você consegue escapar então.
E saiu correndo atrás dela.
Aelin correu para trás do sofá diante da lareira,onde Ligeirinha estava aconchegada e se desviou quando ele passou para o seu lado.
-Volte aqui,sua engraçadinha.
-Vem me pegar,busardo,vem.
Os dois correram e correram pelo enorme quarto.
Aelin parou para tomar fôlego e tentou correr,mas duas grandes mãos se fecharam em sua cintura por trás.
-Ahh não,droga.
-Peguei você-falou Rowan contra seu pescoço.
-É eu percebi-Disse Aelin ao se virar para olhá-lo e esfregar os olhos.
-Vamos dormir agora,sua arteira-riu Rowan e lhe deu um peteleco no nariz.
-Oh,não posso,estou muito cansada-Aelin soltou o peso do corpo sobre o parceiro.
-Então parece que eu vou ter que te carregar até a cama.
Ele a pegou nos braços e o fez.
Rowan a deitou na cama,devagar,e se aproximou o suficiente para roçar a boca contra a dela.
-Você não estava com sono?-Perguntou Aelin.
-Estava?-Murumurou ele contra a boca dela.
O feerico então se afastou o suficiente para encará-la e abaixar o rosto até o pescoço,o maxilar,os seios,quase expostos,já que nenhum dos dois se deu ao trabalho de colocar o pijama.
Aelin arqueou um pouco ao toque dos lábios do parceiro sobre a pele entre seus seios.
Aquilo.Ela nunca se cansaria daquilo,do toque de Rowan.
-Amo você-falou ele depois de um tempo.
-Por favor-gemeu Aelin-por favor.
Ele assentiu e atirou o próprio roupão no chão.
Os olhos da rainha se incendiaram com a vista.Então Rowan lhe tirou a parte de cima do roupão também e mergulhou a cabeça entre o pescoço e o ombro,indo mais baixo, até chegar aos seios novamente.
A rainha cravou os dedos nos ombros dele,incitando-o a fazer mais.
O grunhido de resposta foi o suficiente e o rei de Terrasen retirou toda a veste de Aelin por fim,atirando-a ao chão junto com a dele.
-Achei que não fosse fazer isso nunca-murmurou ela quando Rowan se levantou para encará-la novamente.
A jovem lhe segurou o queixo com o polegar e o indicador.
-Quero você todinho para mim.
O sorriso malicioso dele bastou ao apoiar uma mão ao lado da cabeça de Aelin enquanto a outra o conduzia para dentro.
O gemido que saiu de dentro da jovem foi interrompido por um beijo.
-Quer acordar o castelo inteiro é?-Susurrou ele.
-Que culpa eu tenho se você me dá prazer?-Respondeu Aelin contra a boca do feerico.
A rainha já atingira o clímax,mas Rowan começou a se mover,com a boca ainda sobre a dela.
Ele se afastou e parou de se mexer por fim e olhou ao redor.
-Estranho este quarto ainda estar intacto.
Aelin franziu as sobrancelhas.
-Por que?
-Porque você não está colocando fogo em tudo.
-Parece que aprendi a me controlar, não é mesmo?
Ele riu e lhe beijou o pescoço.
Os dois dormiram por fim.A força e o calor sólidos do parceiro aquecendo a pele de Aelin a noite toda enquanto permaneceram enroscados durante todo esse período.

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