Finalmente Pronta

22.5K 1.4K 194
                                    

Arthur e Sean me olharam por um tempo, antes que o modificado me colocasse de pé e me levasse até o carro. Uma de suas mãos apertava a minha cintura enquanto a outra segurava a minha mão, que havia passado ao redor de seu pescoço.

— Vou com a Alice — Sean colocou-se entre mim e Arthur, no momento em que me encostou no carro. Acreditava que ele não era de confiança. Eu já não sabia se era ou não.

O modificado não questionou ou tentou ir comigo, apenas deu a volta e seguiu para seu Audi. Segui até o banco do motorista, mas Sean tomou as chaves de minhas mãos e não me deixou dirigir. Isso depois de perguntar para onde iriamos.

Foi ótimo ter feito isso porque, assim que me encostei no banco, senti uma tontura forte e, por alguns segundos, desmaiei. Só me dei conta de onde estávamos, quando Sean tocou em meu braço e pediu para que eu falasse com o guarda na entrada da DM Industries.

Me mostrei para o homem e ele autorizou a nossa entrada. Não antes de interfonar para Dave e avisar que estava de volta, acompanhada de dois homens. Paramos os carros bem de frente para o pavilhão cinco e entramos no local. As maquinas já haviam sido desligadas e agora tinha várias caixas empilhadas. Todas repletas de balas de pratas

— Não esperava que viesse acompanhada, Lice — Dave colocou a espada em uma vasilha alongada, com óleo mineral dentro, para temperar a lâmina. — Está tudo bem? — ergueu os olhos castanhos até mim, como se me perguntasse se estava ali porque queria ou se havia sido forçada a ir. Ainda mais depois que viu o meu estado. Percebi que sua mão correu até um revolver que, provavelmente, estava com balas de prata.

— Sim, está tudo bem — respondi relaxando a feição. Ele não largou a arma. — Este é Sean. O meu melhor amigo e braço direito de Victor — apontei para o sujeito do meu lado direito. Dave assentiu e olhou para o outro vampiro. — E este é Arthur. O irmão de Victor — finalmente o humano aceitou a minha explicação e largou o revolver.

— As munições estão prontas — respondeu colocando a espada em um lugar separado e limpando as mãos em seu avental. — Já chamei quatro motoristas de caminhão que vão levar a carga até a mansão e a sua espada está quase pronta, falta apenas os detalhes finais do cabo — Dave caminhou até outro lado do lugar, pegou uma empunhadura de madeira e sentou-se em um banco, de frente para uma mesa onde continha tiras de couro.

— Obrigada, Dave — agradeci e ele assentiu. Pacientemente enrolou o couro no pedaço de madeira, de forma que ficassem trançados, e levantou-se novamente. Nós três apenas o observávamos.

Pegou uma peça de metal, com detalhes em alto relevo, onde as duas pontas do suporte, que ficaria entre a lâmina e o cabo de madeira, tinham a forma de dois leões rugindo.

Encaixou, primeiramente, a parte de metal que se chama guarda mão e depois a parte de madeira decorada com couro. Por fim colocou o pumo, que é uma espécie de rosca que impede que todo o lugar, onde seguramos a espada, se desfaça e fique apenas a parte da lâmina.

Dave seguiu até mim e me entregou a espada pronta.

— Cuidado onde toca. A parte da lâmina é inteiramente prata. Não se machuque — assenti. — O que mais posso fazer por vocês?

— Saia do País — pedi e ele franziu o cenho. — Ao menos até eu ter certeza que as pessoas que pegaram Victor estejam mortas. Por favor.

— Não tenho medo, Alice.

— Mas eu tenho — respondi abaixando a cabeça. — Há uma razão para eu ter fingido a minha morte, Dave. Precisava afastar todos aqueles que amo de tudo relacionado a nós e acabei trazendo toda essa merda para você. Preciso que você fique vivo.

ImortalOnde histórias criam vida. Descubra agora