xxviii. forgive and love .ᐟ

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𝗔𝗖𝗧 𝗜. 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗫𝗫𝗩𝗜𝗜𝗜.
❛ perdoar e amar.❜
tw. menção a uso de ópio,
linguagem imprópria.
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Parecia estranho para mim que fosse neste lugar dentre tantos outros, que Polly quisesse se encontrar e conversar. Eu não só me sentia deslocada, mas também incomodada com todos os olhos em mim.

Eu questionei por que Polly havia me chamado aqui, eu nunca tinha ido à igreja antes para adorar a Deus e não pretendia começar agora. Pelos olhos de todos ao meu redor, eu sabia que era estranho para eles me verem aqui também. Alguns dos rostos eu tinha reconhecido da escola, as crianças que ensinei e seus pais. Outros eu reconheci como homens que frequentavam o Garrison.

A mão de Polly cutucou a minha e eu virei minha cabeça para ela. Ela estava olhando para o pastor à sua frente e acenou com a cabeça ligeiramente. Fechando meus olhos com um suspiro, eu prestei atenção no que o homem estava dizendo.

— Pois, se perdoardes aos outros as suas ofensas, vosso Pai celestial também vos perdoará, mas se não perdoardes aos outros as suas ofensas, tampouco vosso Pai perdoará as vossas ofensas.— Eu fiz uma careta enquanto repetia as palavras do pastor e me virei para encarar Polly. Era por isso que ela me queria aqui?

— Agora não.— ela sussurrou, seus dedos brincando com seu rosário enquanto ela acenava de volta para o pastor enquanto ele terminava suas palavras. Em minutos houve um 'Amém' coletivo e um movimento quando eles fizeram o sinal da cruz e se levantaram. Polly agarrou meu braço e me arrastou com ela, pra nos juntar aos outros para falar com o pastor.

Passamos por um processo de conversa fiada com outros frequentadores da igreja e Polly falou com o pastor antes de me puxar de volta para o nosso assento, onde se ajoelhou e orou. Sentei-me no banco educadamente enquanto esperava Polly terminar sua adoração. Isso me deu tempo para pensar sobre por que ela me queria aqui. Se ela queria falar comigo depois de suas orações, por que ela me pediu para acompanhá-la em até seu momento religioso? O que foi que o pastor disse a ela? Perdoar os outros? A quem devo perdoar?

— Seu avô me contou o que aconteceu durante sua visita.— Polly disse, quebrando o silêncio. Se ela queria que eu ficasse envergonhada, ela não iria conseguir isso. Tive mais de uma semana para lidar com o drama do fim de semana.

— Ele te contou como eu uso minha boca?— Murmurei, deixando meus olhos vagarem pela igreja enquanto ela zombava de minhas palavras. — Eu não me arrependo do que eu disse, Polly e eu não vou perdoar minha avó se foi por isso que você me trouxe aqui.—

— Não é a sua avó que eu quero que você perdoe.—

— Então quem, Polly? Ninguém me fez mal.— Não que eu soubesse de qualquer maneira. Tommy tinha certamente feito algo e Polly provavelmente sabia sobre isso? Ele tinha ficado muito quieto a semana toda e houve algumas noites em que ele não se juntou a mim em nossa cama, mas isso era normal, pelo menos até onde eu sabia. Ele às vezes ficava tão envolvido com seus planos que ficava acordado tentando ter novas ideias. Eu também sabia que ele não queria que eu o visse durante seus pesadelos. Não é como se eu não o tivesse visto ter um pesadelo, é que ele não queria que eu os visse, provavelmente ele deveria achar que eu ficaria com pena, e ele odiava isso. Ele deveria pensar que eu faria perguntas e tentaria trazer à tona o passado, tentaria trazer à tona a França, mas eu não faria isso. Eu só queria que ele dormisse em paz, sem pesadelos que o fariam ficar sem dormir direito por dias a fio.

𝐂𝐑𝐔𝐄𝐋 𝐓𝐎 𝐁𝐄 𝐊𝐈𝐍𝐃,   ✶   thomas shelbyDonde viven las historias. Descúbrelo ahora