Capítulo 8: Comida brasileira?

112 10 5
                                    

- Faz silêncio Ethan. - Falo enquanto passávamos por dois seguranças do meu pai, que em vez de fazer vigia, dormiam no carro.

- Parece até que é você a ladra profissional. - Ele falou sussurrando.

- Faz silêncio. - O repreendi e ele fez dedo do meio pra mim.

Em plenas 3h da madrugada, estavamos eu e Ethan em um galpão de meu pai. Espero que Alisson não perceba que saímos. Meu pai deixava todo seu dinheiro lá. Protegido por dois idiotas e um sistema de segurança com 5 senhas, câmeras e alarmes. Como a inteligente que sou, com o uso do computador de Ethan consegui entrar no sistema e desativar o alarme e as câmeras. E as senhas sei de cor.

Sempre pegava dinheiro lá. Adentramos o lugar com certa facilidade. O dinheiro ficava em uma parte subterrânea. Chamei Ethan e descemos uma escada, logo chegando em um extenso corredor. Ao virar o mesmo, tive que parar e voltar um pouco pra trás.

- Que foi? - Ele me perguntou confuso.

- Tem dois seguranças ali. E eles estão armados. - Sussurrei.

- Eu do conta. - Ele me mostra uma arma e eu arregalei os olhos. Não sabia que ele trouxe uma arma e nem que pensava em matar alguém.

- Não. - Gritei e o mesmo me ignorou e atirou nos dois caras. Ele era realmente bom. Sorte que estamos de máscara. - Não acredito que você matou eles.

- Relaxa é só um tranquilizante. - Respirei aliviada. - Mas precisamos ir rápido. - Assenti e fiz as senhas na porta, me deparando com o dinheiro. Ethan olhava todo aquele dinheiro admirado...

Enchemos uma mochila e demos o fora. Sei que isso não é certo, e mamãe não se orgulharia disso. Mas ele mandou me matar, merecia isso e muito mais. Até um assassino que nunca tinha visto na vida foi melhor que ele.

- Você leva jeito pra coisa. - Falou enquanto dirigia.

- Mas foi a primeira e a última vez. Nunca mais vou fazer isso. - Falei o olhando.

- Nunca diga nunca. - Revirei os olhos. - Quando Jason veio trazer a Alisson, ele nem veio te dar um oi. Estranho. - Dei um tapa de leve em seu ombro.

- Idiota. - Alisson parecia ter gostado muito do passeio.

Ela falou que o irmão de Carter era super gente boa. É claro que eu não havia perguntado.

°°°

Entramos no salão e logo fui atendida. Alisson estava na escola.

- Em que posso ajudá-la? - Um rapaz de pele negra e um lindo sorriso simpático veio nos atender.

- Gostaria de pintar o cabelo de preto e cortar um pouco. - Expliquei.

- E você? Não vai fazer nada? - Ele encarou Ethan e o mesmo negou. - Mas um High Rise ficaria maravilhoso. - Ele passou a mão no cabelo de Ethan e ele arregalou os olhos. Ri de sua reação.

- Deixa pra outro dia. - Disse com um sorriso sem graça.

- Então tá. Você vem comigo querida e seu namorado pode esperar aqui.

- Ah, ele não é meu... - Fui interrompida.

- Hilary. - Uma moça de cabelo raspado e grandes argolas douradas na orelha a encarou. - Venha me ajudar, a mesma assentiu e veio até nós.

Me sentei na frente do enorme espelho, enquanto prestava atenção no que eles discutiam.

- Você tem mais algum pedido? - Ele me perguntou.

- Não. Só quero que me deixem linda. - Falei e ele deu um sorriso convencido.

- Linda você já é meu amor, nós vamos te deixar é...MARAVILHOSA. - Ele e a moça das argolas, falaram o maravilhosa em unissimo.

°°°

Depois de mais de 2h, tinham acabado. Já era 11h37m e eu estava com fome.

Cabelo de Kiara

Fui me encontrar com Ethan, me deparando com o mesmo sentado no sofá, mechendo no celular

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Fui me encontrar com Ethan, me deparando com o mesmo sentado no sofá, mechendo no celular.

O cara e a moça que fizeram meu cabelo, que eu descobri se chamarem Max e Hilary, rasparam a garganta chamando a atenção do mesmo. Seu olhar foi diretamente pra mim. O que me fez sentir uma sensação esquisita.

- Uau. - Disse depois de se levantar. - Você tá incrível. - É eu estava realmente incrível. Se soubesse que de cabelo preto me valorizaria tanto, já havia feito a muito tempo.

- Eu amei. - Passei a mão no cabelo. - Mais uma vez, obrigada. - Disse a Hilary e Max.

- Que bom que amou. Volte mas vezes. - Hilary sorria.

- Pode deixar. - Saimos do salão.

- Estou faminta. - Passávamos do lado de um restaurante Italiano. Amava comida italiana.

- Não vamos comer comida italiana. Eu não gosto. - Parei e encarei o mesmo com um olhar debochado.

- Mas eu gosto. - Ele continuou andando.

- Eu não ligo. - Porque ele era assim? Bipolar, odeio pessoas bipolares. Continuei parada perto do restaurante.

- Então tá, eu almoço aqui e você vai pra onde quiser. - Falei alto para ele ouvir. Algumas pessoas me olharam estranho.

Ethan parou e me encarou por alguns segundos. Encarei de volta com a sombrancelha arqueada. Ele veio até mim com um olhar irritado o que me fez engolir a seco.

- Para de show e vem comigo. - Falou segurando em meu braço mas eu puxei me soltando.

- Não me encosta.

- Então vem.

- Pra onde? - Estava brincando com o fogo. A paciência dele parecia estar se esgotando.

- Você vai ver. - Falou depois de respirar fundo.

- É só me falar pra onde vamos.

- Mas você é chata em!

- E você só problematiza as coisas.

- Vem Kiara. - Agarrou em meu braço com força e me puxou. Tentei sair mas foi falho. - Se você for descoberta a culpa vai ser sua. Olha como todo mundo tá olhando. Vou te solta, mas para de birra e vem comigo. - Ele me soltou e acabei o seguindo.

Paramos na frente de um restaurante Brasileiro. Nunca havia comido comida brasileira. Se chamava "Trem saboroso" não consegui ler direito.

- Comida brasileira? Era só ter me falado, qual a dificuldade? - Ele deu de ombros e entrou no estabelecimento.

Sentamos em uma mesa e logo um garçom veio nos atender. Eu pedi um negócio chamado feijão tropeiro igual Ethan. Não demorou muito chegar. Achei super gostoso, sempre quis conhecer o Brasil.

- E aí? É tão ruim assim? - Ele me perguntou.

- Até que deu pra comer. - Ele riu olhando meu prato vazio.

- Marrenta.

- Criminoso.

🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤🖤

Continua...

Como se eu mandasse no CORAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora