Unstoppable • Irondad & Spiderson

21.

Duas chances

Por Kory

Meses depois...

Maio de 2018

Desde que começara a treinar Peter, Tony tinha em mente comprar uma casa ou um prédio, que fosse mais perto do Queens, para que assim pudesse ficar de olho no garoto. Depois do casamento, Tony providenciou isso, junto de Pepper. Foi assim que o prédio Stark surgiu, de somente quinze andares e localizado no próprio bairro Queens, já que estava fora de cogitação morar no Brooklyn, onde era o bairro de Steve Rogers.

O décimo primeiro e segundo andar era inteiramente exposto como O Museu dos Vingadores. E do décimo terceiro ao último, décimo quinto, era reservado para os membros familiares Stark. Os outros andares abaixo eram dos funcionários que aceitaram voltar a trabalhar para as Indústrias Stark, ali. Não era a mesma quantidade de pessoas e o tamanho do edifício nem se comparava ao outro, que era muito maior, mas dava para o gasto e foi benéfico para muitos.

No momento, no meio da madrugada, dentro do prédio Stark, enquanto dormia na cama de casal junto a Pepper, Tony estava tendo um sono muito agradável. Ele sonhava com Pepper e ele andando de mãos dadas a uma criança na qual ele não conseguia dizer se era uma menina ou um menino, mas parecia feliz segurando as mãos dos dois adultos e os três andando na areia da praia. E um detalhe que não podia ser deixado de lado era o nome gravado nas costas da camisa da criança: Morgan. Este sonho o fez acordar com o coração batendo mais rápido do que com os seus pesadelos e o fez querer puxar Pepper mais para perto. Tony a fez ficar colada a ele, como em conchinha. Pôs o queixo no ombro exposto da esposa e ficou com os olhos abertos e um sorriso mínimo por um bom tempo durante a madrugada, até conseguir voltar a pegar no sono, sentindo-se estranhamente com o desejo de que aquele sonho não fosse apenas um sonho um dia, quem sabe.

Tony acordou novamente às cinco e quarenta da manhã, com um leve carinho em seu couro cabeludo.

— Bom dia — diz Pepper, sorrindo e o dando um beijo na testa.

— Bom... — Tony se espreguiçou. — Dia.

— Pronto para caminhar?

— Ah, Pepper... — gemeu com manha.

— Nada de 'Ah, Pepper'. Precisamos nos exercitar, você principalmente, e não há nada melhor do que andar cedinho para estar mais disposto pelo resto do dia.

— Tá bem, tá bem. Estou levantando! — Bocejou e estalou o pescoço ao se sentar. Virou-se para olhá-la e a loira já se encontrava devidamente pronta para caminharem, usando uma calça leggin preta, um top preto e um casaco preto e vermelho. — Há quanto tempo está acordada?

— Há vinte minutos e seu café está pronto na cozinha.

Tony grunhiu.

— Não me diga que são só frutas com aveia e mel.

Pepper riu fraco.

— Sabe que se exagerar agora, pode acabar passando mal no meio do Central Park e eu tenho certeza que você não vai querer passar vergonha dessa maneira.

— Vida saudável é uma tortura — Tony murmurou, finalmente se levantando e indo para o banheiro fazer suas necessidades e lavar o rosto para afastar o sono.

[...]

Tony não conseguia não pensar no sonho que teve com ele, Pepper e o provável filho dos dois, na praia. Não contou a Pepper sobre, mas estava tentado a fazer isso e aproveitar que Pepper não poderia surtar tanto agora que andavam no Central Park, no meio de muitas outras pessoas doidas o suficiente para correrem e andarem como eles, nessa hora da manhã.