𝐒𝐊𝐘𝐅𝐀𝐋𝐋 ꩜ bucky barnes (✓)

19. Uma Breve Intimidade

Bucareste, Romênia

A L I C E

Tudo estava tão calmo ultimamente que eu me questionava o que realmente estava fazendo aqui. Não havia muito o que fazer na missão de Lehnsherr. Sabia que se fosse para a mansão, só ficaria batendo papo com ele e os outros, e preferia deixar isso para dias em que eu tivesse com um melhor humor.

Consegui enviar os documentos da Hidra para Steve de forma segura, e recebi suas mensagens informando que havia recebido, mas não teve tempo de ler por conta da problemática com o tratado de Sokovia. As coisas estavam começando a complicar para eles lá, o governo queria resolver tudo de uma vez, sabia disso pelas conversas que já ouvi de Ross.

Isso também era um tópico que me deixava indecisa sobre levar Barnes para os EUA outra vez. Esse era o pior dos momentos para ele estar lá. Queria levá-lo apenas quando a minha missão principal acabasse, assim ao menos eu poderia lhe dar suporte, estar lá por ele, pois sabia que ele poderia precisar de mim.

— Bom dia, Sunshine. — Ouço a voz de Bucky, aparecendo como se lesse meus pensamentos. Havíamos combinado ontem de sairmos para correr novamente, hoje.

— Bom dia, Narizinho. — Desejo, o abraçando de lado. — Para onde vamos hoje? — Pergunto, ajustando o casaco. O dia estava ligeiramente mais frio.

— Aquele mesmo lugar. — Ele diz, começando a andar, e eu o instigo para correr.

— Me guia.

Nós começamos a correr em direção ao bosque, numa velocidade média. Apreciávamos a paisagem, o silêncio e volta e meia empurrávamos um ao outro, sorrindo como dois idiotas ao fazer isso. Hoje havíamos saído cedo. Seis da manhã, as ruas vazias e o céu nublado. Uma típica manhã de domingo. E assim que chegamos na parte das árvores, minha audição me alertou do som de chuva.

Nós continuamos correndo conforme os pingos engrossavam, nos molhando mais e mais. A lama se formava abaixo dos nossos pés, ficando ligeiramente difícil de correr com os sapatos. Senti Barnes puxar minha mão, me guiando para baixo de uma árvore imensa, a chuva pouco chegava ali, nos permitindo descansar um pouco.

— Você está bem? — Ele pergunta, se encostando no tronco e suspirando.

— Estou, só não-

Minha frase vira um grito levemente agudo quando me desequilibro ao pisar em uma das raízes expostas da árvore. Antes que eu caia, Barnes pega minha cintura. Ele une meu corpo ao seu e eu ajusto meus pés no chão, respirando mais calma quando percebo estar firme, e que não havia machucado o pé.

— Está doendo? — Pergunta, e eu elevo o olhar para os seus olhos. Maneio a cabeça em negativa, fora de mim por perceber o quão perto ele estava. — Cuidado onde pisa, Sunshine.

— Eu sei, só.. Não percebi a raiz aqui. — Digo, e forço a garganta, tocando sua mão direita que ainda envolvia minha cintura. — Obrigada.

— Sempre que precisar. Vamos? A chuva diminuiu um pouco. Perto do rio parece mais aberto.

— Tudo bem. Vamos.

Seguimos juntos pelo fim do bosque, levando uma chuva mais fina. Assim que chegamos no rio, percebi o clima melhorar bastante. Pouco a pouco foi esquentando, e o sol apareceu, aumentando o calor.

Tirei o casaco que estava, deixando-o aberto sobre a pedra para que secasse. E tirei os sapatos e meias, pisando na cama, afundando os dedos na terra. Sentei na pedra, esticando as pernas e olhando o céu. De relance, vi Barnes sem camisa, usando-a para secar o braço de metal.