33. Uma Boa Equipe

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Leipzig, Alemanha

A L I C E

Era estranho saber que eu estava me preparando para uma briga, e que sequer podia imaginar o que iria acontecer depois. Estaria lutando do outro lado agora, e certamente me causaria problemas no exército, no Pentágono, com Ross, com Colin… Mal podia mensurar, mas sinceramente não me importava. Eu sabia da verdade pela qual estava lutando, e isso era o suficiente para mim.

— Pronta?

— Estou.

Deixei a máscara na bolsa, e chutei-a para que ficasse no canto, escondida entre os bancos. Só então saí da van, atrás de Maximoff. Vi os outros reunidos ali, já com seus trajes, e instintivamente me aproximei de Barnes. Ouvia o plano com atenção enquanto eles dividiam as “equipes”. Não sabia com certeza quem estaria do outro lado, mas não iria deixar Barnes sozinho, por mais que ele não estivesse falando comigo. Precisava protegê-lo.

Com tudo devidamente debatido e organizado, Lang utilizou uma das funções do seu traje, ficando minúsculo e se encaixando no escudo de Rogers. Clint e Wanda subiram para o estacionamento coberto, e eu segui com Barnes e Wilson para o terminal de circulação de passageiros.

Pudemos ouvir bem os diálogos que Rogers teve, e a forma como parecia cercado por Stark, Rhodes, T’Challa e Romanoff. Não me surpreendi quando outro apareceu, indo no escudo, como Rogers presumiu. E, enquanto Sam buscava pelo Quinjet dos vingadores, agora que o helicóptero havia sido explodido, Rogers os enrolava na conversa. Até que o moreno achou, e então a perseguição começou.

— O garoto do Stark. — Aviso, vendo o rapaz contornar para quebrar o vidro.

Ele parecia lidar bem com Sam e Barnes, surpreendentemente parando o braço biônico do moreno no ar. Por isso, usei toda a minha força e velocidade contra o corpo dele, o jogando para cima para que Sam pegasse, como um “passa a bola”. Podia ouvir as explosões e barulhos dos carros lá fora, mas estava mais atenta as habilidades de aranha do garoto, que, pela voz, não devia ter mais de 18 anos.

Ele lutava bem, contornava a situação bem com aquelas teias esquisitas, enquanto Barnes e eu estávamos a postos. O vi atacar e prender Sam, e apontei para cima, para Bucky, sinalizando um ataque duplo. Ele assentiu e obedeceu, impedindo que Sam levasse um golpe do garoto. Tenho minha vantagem quando os dois ficam presos ao chão, e, novamente, corro e pulo na direção dele, chutando seu corpo para o alto, o desestabilizando para que o Asa Vermelha o puxasse para fora.

Corro até os rapazes, utilizando a garra do indicador para rasgar a teia, soltando os dois após ouvir os resmungos de Bucky e a resposta de Sam. Nego com a cabeça, e olho para o lado de fora ao ouvir uma explosão maior, concentrando minha audição, podendo ouvir a conversa na pista.

— Foi o Lang. Eles estão bem. Vamos.

Seguimos a saída do terminal, para a pista funcional, nos encontrando com os outros. Apenas paramos quando o Visão utiliza da joia, começando com mais ladainha para nos fazer desistir, dando tempo dos outros chegarem até nós. Time contra time, agora cara a cara. Parecia estranho estar naquele meio, eu não pertencia aquilo. Mas cá estava eu.

— Acredito que vocês tenham um a mais, não é tão justo. — Ouço Stark dizer, apontando para mim, e rolo os olhos. — Temperamento forte.

— Igual ao seu. — Retruco, vendo-o praticamente me avaliar, provavelmente utilizando da sua tecnologia para obter informações.

— O que fazemos agora?

— Lutamos. Não parem.

Eu estava dispersa, era como um 1x1, mas me dava tempo para observar como os outros lutavam. Deixei que Wanda auxiliasse Clint, e corri até Barnes, a tempo de parar T’Challa de usar as garras nele. Finquei as minhas nas dobras do seu traje, e joguei o homem mais distante, vendo ele me observar de forma cautelosa antes de atacar.

𝐒𝐊𝐘𝐅𝐀𝐋𝐋 ꩜ bucky barnes (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora