[EM REVISÃO]
Espiã S+. Assassina. Máquina de matar. Estes e muitos outros eram os títulos de 𝐀𝐋𝐈𝐂𝐄 𝐃𝐎𝐋𝐎𝐇𝐎𝐕. Mas ela costumava referir a si mesma como algo mais simples. Monstro. Era tudo o que via no seu reflexo. A carreira de sucesso no...
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Constança, Romênia
B U C K Y
Desde que cheguei a Romênia, fugitivo e querendo saber mais sobre o meu passado, pensei em ver a praia. Uma das poucas coisas que me lembrava era que o mar me acalmava, e havia ponderado sobre vir aqui muitas vezes, na costa do país. Não queria vir só, obviamente, mas achava impossível vir com alguém.
Até conhecer ela.
Eu a evitei no início. Eu quis odiar ela, mas foi impossível. Muito menos com tanta insistência de Isaac. “Você precisa de alguém”, ou “Ela é a garota certa” era o que ele dizia depois que Alice chegou. E ele estava certo. Ninguém poderia me entender melhor que Alice. Ninguém poderia me fazer sentir melhor, ou mais acolhido.
O meu maior medo era ser tudo mentira. Tinha a mania de não confiar em ninguém, e isso era bem óbvio, por quem sou e fui. Era precaução para que aqueles maníacos não me achassem outra vez. E estava pouco a pouco buscando a vida de Alice Nikolaev, mas não achava nada. A garota era um fantasma desde os oito anos, quando foi adotada na Rússia.
Noah, o meu ajudante, não havia descoberto o nome de quem a adotou, onde morava ou profissão, então suspendemos a pergunta momentaneamente. Talvez eu chegasse em algum assunto assim em algum momento. E, se tivesse algo para me contar, ela me contaria. Odiaria ter que descobrir por outra pessoa senão por ela.
Descobrir que ela era uma espiã, uma agente do governo, por exemplo.
Era difícil para mim voltar a confiar em alguém, e se tudo o que ela me disse foi mentira, e com esse intuito, eu sabia que não conseguiria confiar em ninguém outra vez. Nunca mais.
