𝙰 𝙼𝚊𝚕𝚍𝚒𝚌̧𝚊̃𝚘

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑧𝑒𝑠𝑠𝑒𝑡𝑒

Depois de um tempo andando, Lúcia quebra o silêncio que habitava.

-Por que está aqui? Digo na ilha , com meu irmão e Caspian?

-Vim resgatar minha família-Catrina fala meio distraída.

-Você conseguiu achar ela?Deve estar por aqui.

-Eu achei ela sim, mas era tarde demais.

-Sinto muito-Lúcia encosta no ombro da garota e sorri.

-Então, porque seu irmão é tão chato hum?

-Er.....não sei-Lúcia acaba rindo-Por isso que chama ele de imundo?

-Sim e por outras coisas também, ele fede perigo aquele menino, só se mete em furada e eu tenho que salvar ele-Catrina bufa irritada.

-É ele realmente busca perigo constantemente, mas tem um coração bom, tipo ele realmente se importa com as pessoas que gosta e ama, sempre procura a diplomacia invés da guerra.

-Deve ser por isso que ele não gosta de mim, eu procuro derrotar para depois perguntar.

-Você me lembra alguém,só não consigo lembrar quem....

No momento que Lúcia ia falar o nome da pessoa, Catrina a puxa para baixo , atrás de uma pedra, com o intuito de esconder de cavaleiros reais, eles vinham de outra caverna.

-Esses caras só se escondem em cavernas, parecem ursos.

- Vitamina D deve estar baixa-Lúcia diz e Catrina finge entender.

As duas garotas entram na caverna e se deparam com tochas acesas por fogo e várias celas vazias.

-Rei imundo? -Fala Catrina em um tom baixo.

Edmundo e Caspian que já estavam exaustos de tentarem sair daquela cela por meio de empurrões,com somente a fresta para fora da caverna trazendo uma pequena luz para dentro, ouvem alguém os chamando.

-Aqui, quem quer que seja, eu e Caspian estamos aqui!

Catrina vê os dois presos na última cela , totalmente escura, quebra o cadeado fazendo um barulho enorme, mas assim que o mesmo se parte, os dois homens saem da cela suspirando.

-Finalmente, viu Caspian, esperança é a última que morre.

-Eu percebi, e quem seria a nossa sorte?

-Idiotas, agradeçam a mim, Catrina...

-E Lúcia.

-LÚCIA?-Os reis falam alto o suficiente para chamar atenção dos cavaleiros.

Edmundo mesmo não vendo nada abraça Lúcia e Caspian faz o mesmo.

-Desculpa atrapalhar o momento afetuoso de vocês mas, os homens de armadura estão vindo, peguem suas armas logo e vamos correr-Diz Catrina já saindo da caverna.

-Catrina eu pensei que você já estava longe daqui, ou sei lá-Fala Edmundo em um tom confuso.

-Agora não é hora de papo, quem ia te salvar como sempre hum?-Catrina e os outros ficam cercados.

-Hora de batalhar-Avisa Caspian antes de empunhar sua espada.

Os quatro lutavam com dezenas de cavaleiros, seguiam em direção a praia até o bote antes posto.

-Vocês dois sigam para o bote, eu e Edmundo vamos distraí-los-Diz Catrina correndo até um enorme penhasco.

-Tem certeza que quer ficar encurralada em um penhasco?-Pergunta o rei moreno que via sua irmã e amigo saindo com o bote.

-Confia em mim pelo menos uma vez hum?

-Você fala como se eu não confiasse em você nunca.

-E não é isso que acontece?

-NÃO!

-Ta bom, não precisa gritar.

Os dois subiam a estrada até o penhasco, onde o mesmo acabou mais rápido do que esperavam, olharam para baixo onde viram o oceano azul e então para frente, onde estavam encurralados por vinte homens armados com espadas.

-Você falou que confia em mim não foi?

-Às vezes sim, na medida certa-Diz o menino como se fosse óbvio.

-Ótimo, então , prenda a respiração.

-O que? PERA AÍ, NÃOOOOO-Só se ouve o grande grito de Edmundo no momento que pulam do penhasco até o mar, mergulhando profundamente.

Catrina teve um enorme dejá-vu, e somente queria que nada disso estivesse acontecendo, acordasse de um pesadelo e sua família estivesse viva, mas no momento que sentiu o ar entrando em seus pulmões novamente, percebeu que tudo foi real, inclusive Edmundo pegando em sua mão para puxá-la para cima e agora nadando até o barco do seu lado, ainda surpreso com a coragem da garota de fazer coisas suicidas e achar normal e mais assustado ainda com ele mesmo, que sempre acabava indo com ela.

Oii, será que Edmundo e Catrina irão fazer às pazes?, não esqueçam de votar,❤️