Capítulo XVII

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NARRADORA

Tudo o que acontece na vida, nunca é por um acaso. Um simples gesto mínimo, pode mudar o seu futuro e talvez arruinar os seus planos. Mas, para adolescentes como os pogues, isso não é uma preocupação.
Eles fazem o que querem, na hora que querem e foda-se qualquer pessoa que tente julga-los.

Eles bebem, fumam maconha, dão seus perdidos, mas e daí? Só estão se divertindo, não importando com as opiniões alheias. JJ diz que, é assim que precisa ser.

Vivendo jovens, loucos e livres.

Na antiga bolha de s/n, isso era classificado como ser "delinquente". Há um ano atrás, ela com certeza nunca ficaria fora de casa por tempo demais sem dar notícias.
Agora, ela sentia sua alma em estado leve e límpido. Ela nunca se sentiu tão feliz.
A garota se deu conta disso, enquanto despertava lentamente sobre o peito de seu melhor amigo, sob a mesclagem das cores presentes no crepúsculo.

Para ela, todas as pessoas obtêm um cheirinho único, e ela sorriu quando sentiu o de JJ. Seus olhos ainda meio pesados admiraram o rosto do loiro adormecido.

"Como uma pessoa tem a capacidade de ser tão linda?" , pensou.

O mais engraçado e irônico, é que ele pensava exatamente a mesma coisa dela.
Ambos sabem que há sentimentos maiores que apenas amizade, mas, então por quê não tentam algo mais sério?
Existem muitas coisas que eles precisam superar, desabafar e amadurecer.
Porém, isso pode estar perto... ou não. O universo saberá a hora de deixá-los prestigiar um amor genuíno.

S/n tentou não fazer movimentos bruscos, não queria acordar JJ que parecia estar no sono mais gostoso do mundo. Assim que se sentou na rede, calçou os chinelos e prendeu o cabelo em um coque meia boca. Estava prestes a sair de fininho quando se assustou com um toque delicado em suas costas.

— Onde vai? — Maybank tinha os olhos semi-abertos, a voz rouca e o peito subindo e descendo lentamente. S/n suspirou e balançou os ombros de leve.

— Tenho que voltar pra casa — disse. Mesmo que estivesse se sentindo bem com tudo ao seu redor, o empecilho desconhecido que havia no casamento de seus pais a atormentava. — Vou tentar fingir que estou lá há horas, e não que cheguei às seis da manhã.

JJ fez um beicinho manhoso com os lábios, negando com a cabeça.

— Fica mais um pouco — insistiu.

— Eu queria, Jay, mas não quero arrumar problemas.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, antes de assentir e quase se entregar para o sono novamente.
A garota se inclinou e deu um beijo no cantinho de seus lábios, sentindo o rosto do mesmo se alargar em um sorriso preguiçoso.

— Eu tentarei voltar, okay? — ele respondeu com um "uhum", e logo estava dormindo novamente.

S/n levantou e andou até o castelo, adentrando a casa e apanhando seu celular.
Era muito difícil algum Uber passar pela região que John B morava, absolutamente muito difícil. Ela suspirou derrotada, já sabendo que seria um sacrifício para chegar em casa andando. Ela tinha a opção de chamar JJ, mas não queria incomodar e não poderia simplesmente pegar a kombie sem permissão do dono — que cuida do automóvel como se fosse um bebê.

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⏰ Última atualização: Apr 21, 2022 ⏰

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um amor em outer banks, jj maybankOnde histórias criam vida. Descubra agora