Ino ficou atordoada enquanto Sai a carregava para fora da floresta. Um
vento suave soprava entre as árvores, movendo os ramos como feixe de ouros que balançavam através do rosto de Sai.
Quando chegaram ao campo, Ino olhou para os braços bronzeados de Sai que a envolviam. Ela fechou os olhos e se arrepiou com as bochechas coladas no peito desnudo do homem.
Ela nunca tinha estado tão perto de alguém. Não em vinte anos. Nunca tinha sido segurada desta forma por ninguém, exceto antes de sua mãe morrer, quando ainda era um
bebê. Não tinha sido abraçada por amantes nem por amigos. Nunca tinha permitido que acontecesse, mas Sai, simplesmente, tomara isso como direito.
Ela estava consumida pelos sentimentos de segurança e desejo.
Ao chegarem mais perto da hacienda, alguns dos jovens cavalariços os viram. Três foram até eles correndo.
- Chamem um médico - Sai ordenou em espanhol. - A srta. Yamanaka se
machucou.
- Eu não preciso de um médico - Ino disse em inglês. - Você está fazendo
muito alarde em relação a isso.Ignorando os protestos da mulher, ele a levou para dentro da casa e subiu as escadas, então a colocou no quarto e a ajeitou cuidadosamente na cama.
- Espere aqui.
Um instante depois, ele voltou com uma bolsa de gelo. Sentou-se ao lado dela na
cama, pegou um travesseiro e colocou no colo dele, depois tirou os sapatos de Ino, colocou o pé dela sobre o travesseiro e pressionou gentilmente o gelo no tornozelo da mulher. Ao olhar para o rosto de Sai, só conseguia pensar na forma como ele a beijara
na floresta e no jeito como seu corpo reagira quando ele a carregara para a hacienda, sob o sol quente da manhã. Agora, os olhos de Ino rastreavam os músculos do peito dele.
Estavam muito perto e sozinhos no quarto. Seria tão fácil...
Não! Ela não podia nem pensar nisso.
Mas o olhar dela estava fixo nos lábios sensuais dele que a ensinaram a beijar. Num abraço intenso, ele a ensinou o significado da palavra desejo. Os lábios dela formigavam, espalhando um calor que descia pelo seu corpo, umedecendo o núcleo de suas coxas.- Ino!
Ela olhou para cima.
- O quê?
- Não olhe para mim assim.
- Assim como?
- Como se quisesse que a empurrasse contra a cama e fizesse amor com você até gritar de prazer.Ela respirou fundo e falou com nervosismo:
- Eu... Eu não... Quero que você me beije.
- Então, continua mentindo para mim e para si mesma. - Sai tirou o
travesseiro e o tornozelo dela do colo, colocou-os na cama e se levantou. Depois, entregou- lhe um cobertor e disse assertivamente: - O médico chegará em breve.Ela sentiu-se vulnerável por estar deitada na cama, e ele, em pé como um gigante a observá-la.
- Eu falei que não preciso de médico.
- Você fará o que eu disser.
- Você não está me ouvindo. - Ela começou a se levantar da cama. - Não preciso da sua ajuda. Não quero você. Eu já abandonei o trabalho. Vou voltar para Londres.Com um pequeno rosnado em espanhol, Sai a empurrou contra a cama. Por um longo momento, ele a segurou ali, com as mãos prendendo-lhe os ombros no colchão e seu corpo seminu ao longo do dela.
Ambos estavam com o olhar fixo um no outro, e Ink não conseguia respirar.
Ela estava perdida na sensação do corpo de Sai a pressionando forçadamente na cama. Estavam sozinhos e, se ele quisesse, arrancaria as roupas dela.- Por que insiste em lutar comigo com tanta frequência? - ele perguntou
suavemente. - Por que se recusa a deixar que eu cuide de você?O coração de Ino estava quase saindo pela boca.
- Eu posso cuidar de mim mesma.
- Não existe problema algum em confiar na ajuda de outras pessoas.
- Ah, existe sim. - Ela desviou o olhar. - Eu estou muito melhor sozinha.
- Você acredita mesmo nisso?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Esquecido
FanfictionIno... Discreta. Elegante. Traumatizada. Irmã de sete irmãos, Ino devia estar acostumada a lidar com os homens, mas sua confiança foi estilhaçada na noite em que seu pai quase a matou. Agora Ino é a rainha do gelo: equilibrada, requintada e jamais...