"Estar vivo, é mais sobre arriscar, do que apenas respirar."
A noite estava com um brilho diferente, os animais nos olhava, aguardando calmante a nossa caminhada para voltarem a suas vidas.
Tudo estava calmo, a trilha de pedras percorria um longo caminho após o lago em frente a nossa casa.
Nos fazia lembrar, uma passarela sem fim, para um castelo.
Com certeza, era impossível negar que nesta floresta não havia magia, em cada folha do chão, em cada arvore, no ar, nos sons, nas pedras que criavam a trilha. Tudo, estava repleto de magia.
Não demorou muito, para chegarmos na cachoeira.
Eu não havia ido mais lá, por vários motivos, um deles seria a falta de tempo, e o outro o íntimo medo de encontrar com aquele homem chamado Stephan.
Não estou pronta para reve-lo, não estava antes, e agora depois de saber que o mesmo invadiu minha mente, menos ainda, e o que mais me perturba é a sensação de querer cada vez mais senti-lo.Paramos ali, por alguns minutos, para recuperar o ar, e ter um breve descanso.
Nossa resistência realmente estava um tanto abalada.- Vocês estão preparadas para isso? -Ethan se vira para mim e Celina.
Cada um se olha por um momento, respiro fundo.
Eu não estou, e não sei se estarei.
Mas precisamos fazer isso, nos metemos em algo que nem sequer sabiamos, e por mais que não estejamos errados, ainda continua sendo o lar deles, e não sabemos o tipo de história que eles tem, para termos os ofendido tanto.- Não sabemos o que esperar de fato, mas acredito ser a melhor escolha... -digo um pouco vacilante, me entregando aos poucos ao medo.
- Podemos acionar os sarcedotes! -Ethan fala, de forma mais baixa possível.
Celina o encara incrédula, seu semblante de perplexa era nítida.
- Não podemos fazer isso. - digo sinceramente.
Entendo profundamente o medo que Ethan está sentindo, mais chamar os Sarcedotes é uma forma de nos colocar como crianças que ao primeiro risco, corre para os adultos. Nenhuma guerra foi de fato traçada aqui, não ainda.
- Sim, podemos! Só precisamos ligar, eu tenho certeza que vão resolver tudo rapidamente!!! - Ethan aumenta consideravelmente o tom de voz, quase como se pudesse começar a lutar naquele momento.
- Não faz teu medo, o tornar um covarde Ethan! Não podemos colocar os sarcedotes nisso. - Celina fala, uma vez que mostrava mais nojo sobre a covardia do que qualquer outra coisa.
- Sim, estamos todos com medo, mais não podemos! Eles podem matar seres que nem sequer sabemos se querem guerra! Podemos literalmente causar uma guerra por sermos covardes, você entende isso? - digo, rispidamente.
Vidas estavam em jogo, tanto as nossas, quanto as de outros. Não conhecemos o outro clã, mais conhecemos bem o nosso.
Eles são leais ao ponto de deixarem de serem justos. Uma carnificina poderia ser causada, por algo que facilmente pode ser evitado.Ethan fica olhando para a cachoeira por algum tempo em silêncio, sua raiva era nítida, sua revolta também.
- Seguiremos adiante? - pergunto, interrompendo o silêncio que se apossou da situação.
Todos concordam com a cabeça, começo a andar novamente sobre a trilha.
Haviam árvores um tanto diferentes em nosso novo caminho, havia alguns balanços em arvores ao oeste.
Já estavamos andando por quase 3 km.
Faltava pouco para a segunda cachoeira.
Tento me manter calma, mais o ar estava cada vez mais pesado. Todos ali estavam ansiosos, assustados e com um grande medo interno do que essa noite poderia se tornar.Aos poucos, entre as arvores algumas luzes apareciam, haviam pequenos lustres em algumas arvores, que trazia a claridade necessária dentro daquela floresta.
O barulho da segunda cachoeira já estava tão próximo, que conseguíamos deduzir os tipos de rochas que ali havia.
Andamos mais um pouco, a brisa fria da cachoeira nos deixa mais alerta, do que gostaríamos de demonstrar.
Estavamos parecendo mais três animais indefesos do que qualquer outra coisa, e com certeza não era o tipo de coisa que gostaríamos de demonstrar neste momento.
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Inquietude - Livro 1
Historical Fiction"Observo as oportunidades da vida, como formas de liberdade. Não aceito que meu destino seja escrito por outras pessoas, ou que ele esteja em mãos que não pertence a mim. Se ter a liberdade que desejo significa me queimar, então que o fogo me consum...