Capítulo - 13

3 2 5
                                    

"Entender o que sente, nem sempre nos guia a saber o que devemos fazer, qual a melhor escolha tomar, e as consequências que cada escolha nós trás."

Stephan

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Stephan

Há duas semanas que não consigo ignora-la em meus pensamentos.
Inicialmente acreditei que fosse pelo nosso primeiro momento conturbado, eu jogando ela na cachoeira, no caso.
Após isso, me convenci que estava caindo em sua provocação, após o que ocorreu no Club.
Já estava convencido que o meu desconforto em querer estar ao lado dela, a protegendo, a sentindo seria puramente o impacto dela ser alguém com uma aparência tão delicada e ao mesmo tempo descontrolada.
Isso me faz querer observa-la. Eu estava em uma tentativa falha em justificar algo, que não entendo. Mas a ultima noite que estive sozinho com ela, aquilo, aquela sensação, era algo além do tesão.
Isso eu não posso negar, eu queria estar ao lado dela, eu poderia ser o que ela precisasse. Mas tudo estava tão cheio, tantas emoções, confusões.
O meu lado lycan, estava precisando sair, atacar algo, caçar! Eu precisava colocar aqueles sentimentos para fora, não somente o que estava sentindo por ela, mais toda a confusão de clãs de bruxas na cidade, meu pai, Joseph deixando claro que passará a liderança para mim em breve. Eu não poderia me permitir machuca-la, não estando a beira do precipício.

Ouvir seus choros ao decorrer das horas, foi algo que me tirou o fôlego.
Aquela sensação de culpa estava me cobrindo por inteiro, mais havia algo ali, aquela dor que ela estava sentindo, não era somente por mim. Seus pensamentos não se conectava apenas a mim.
O que não faz o desconforto aliviar.
No outro dia, desejei que ela estivesse melhor, eu poderia tentar explicar que o que estava sentindo, não era algo sobre ela, mais sim que havia coisas demais na minha mente.
Eu entendo bem que fui covarde, e não estou agindo racionalmente, como deveria.
Mais então ela nem sequer me olhou, estava evitando até pensar em mim, para que eu não lesse sua mente.
Então poderia ser isso? Eu deveria me afastar?
E então o surto veio.
Eu não sei dizer ao certo como me senti a vendo daquela forma.
Eu realmente paralisei, não há outra coisa a se dizer.
Havia muita dor nela, muita dor mesmo.
Eu só conseguia pensar em abraçar ela, somente isso.
Mais o fogo surgiu, e com ele, suas revelações.

O clã Polnoc havia machucado apenas a minha matilha, mais a vida dela nunca mais sera a mesma, não depois do que ela viu.
O fogo aumentava, e seus amigos mostravam o medo que tinham dela.
Celina, sua amiga. Tentou de alguma forma não fazer o que fez, mais estava apavorada demais para pensar em como tudo poderia se complicar depois.
Em alguns segundos, lá estava ela. Cassandra sendo erguida do chão, cercada de uma água brilhosa, algumas palavras foram ditas e lá estava. Aquele olhar.
O olhar dela foi algo que não consegui esquecer nos últimos dias.
Era pavor, ela sabia o que estava acontecendo com ela, ela estava sentindo mais do que todos ali.
Aquilo era dor, agonia, desespero. Aquele olhar.
Me lembrar dele, me fazia sentir vontade de arrancar a cabeça daquele cara, o que deu a ideia. Ethan.
Como ele pode dar a opção de algo tão cruel? Quando estava nítido que com isso, a dor dela seria o fim. Mesmo sabendo que o surto que ela estava tendo, foi por não aguentar sua dor.
E então? Eles a torturam?

Inquietude - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora