Capítulo - 12

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"Tomar decisões que parecem ajudar o bem maior, não te faz um herói, apenas te faz carregar um peso sozinho e ser parabenizado."

Celina

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Celina.

Já se passou quatro dias desde que lancei o feitiço sobre a Cassandra, ela permanece ali, deitada intacta.
Permaneço ao seu lado, evitando deixa-la sozinha.
A culpa de ter deixado ela desta forma, me consome cada vez mais.
Me sinto horrível, uma pessoa amiga, que a tratou como um animal raivoso.
Havia outras formas, sei que sim. Mais nenhuma delas vieram em minha mente naquele momento.

- O Sr. Folke, está nos tratando bem, haverá uma reunião hoje atarde. - falo para Cassandra.

A magia que lancei sobre ela, iria paralisa-la, a impedindo de usar sua magia, por escolha ou não.
Eu prometi para mim mesma, que não faria este feitiço novamente, mais na primeira situação de surto e descontrole, eu o lanço.
Ela nunca faria isso comigo, não depois de saber como eu ficaria. Cassandra sempre prezou a liberdade, tanto de escolhas, quanto do próprio corpo. Deixa-la paralisada desta forma, sem hora ou dia para voltar, é um extremo ato de crueldade.

Ethan bate na porta, falo para entrar.
Ele caminha lentamente até a cama que ela está deitada, seu rosto mostra sinais de choro, assim como o meu.

- Ela ainda está desse jeito? - ele diz, com a voz um pouco rouca pela possível noite de choro.

- Sim, não vejo a magia dela ficar mais forte.. talvez ela fique desta forma por mais alguns dias. - digo, me culpando mais ainda.

- Celina, não foi sua culpa, era o que poderiamos fazer naquele momento. - ele diz, segurando levemente meu ombro.

- Não Ethan, foi o que escolhemos fazer em base do medo do que poderia vir, ela poderia está com raiva e sem controle, mais ela nunca nos machucou, e essa não seria a primeira vez. - digo, sentindo meus olhos se encherem de lagrimas.

Ethan me da um leve abraço, e então se afasta um pouco.

- Precisamos ficar mais forte, por nós, pela Cass. Quando ela voltar, ela precisa encontrar um lugar mais calmo, sem todo esse caos. - ele diz, tentando se concentrar em alguma atividade para não lidar com as sensações que estão nascendo em ambos.

- O sentimento de culpa, pode ser um veneno que nos transforma, até o ponto de tudo se desmoronar. - Ethan diz ao se levantar, e esticar sua mão para mim.

Passo minhas mãos sobre o rosto sereno dela, ela parecia tanto uma pintura dormindo. Lhe entrego um beijo na bochecha.

- Por favor, tente me perdoar quando acordar.- me retiro do quarto, segurando o choro.

Ethan me guia até a sala de jantar, Sr. Folke estava sentado, juntamente aos seus dois filhos. Nickolay e Stephan.

Me sento um pouco distante de todos.

Inquietude - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora