The Red Eyes

Ainda lembra de mim, certo?

Notas da Autora
(Não consegui encontrar a capa que tinha feito para o capítulo, então fiquem com essa fanart que eu fiz do Harry)

-Viu, eu falei que ele estava aqui!- Duda sorri maldoso apontando o primo.

A uma hora sentiram falta do Potter para preparar a refeição, Duda não perdeu a chance de ver a desgraça atingir o menor e Valter não perderia a oportunidade de usar o garoto para extravasar a raiva:

-É melhor eu voltar pra casa...- Harry murmura para o loirinho.

-Sim, eu também preciso...

-O que você pensa que faz aqui...- Valter começa em um tom de voz elevado, seu rosto estava tão vermelho quanto um pimentão.

-Acho melhor o senhor se acalmar...- o loirinho sugere com certa preocupação -Meu pai e minha madrinha dizem que pode se estourar uma veia com esse nível de raiva.

-Cala...- a voz do homem morre em meio a frase, seu rosto vermelho perde completamente a cor, aqueles olhos estavam o observando.

Engolindo seco, o Dursley lembra claramente da voz demoníaca de Hakan, ecoando pela sua cabeça, se repetindo como um mantra.

~•°°°•~

-Se você fizer qualquer mal e ele, eu te garanto que você não vai mais precisar de nada, esqueça a merda que você chama de trabalho, essa droga de casa, aquela tralha que você acha ser um carro...- os olhos âmbar adquiriram um brilho vermelho sangue -Esqueça esse bolinho de carne ambulante que você chama de filho e essa vadia da sua esposa...- ele sabia os pensamentos de cada um naquela sala, tinha o direito de dizer -Eu vou ser um demônio na sua vida, vou observar seus passos, atormentar suas noites, e se eu souber que ele não está do mesmo jeito que eu deixei aqui, eu vou te destruir, Dursley!- rosna mostrando um par de presas que se assemelhavam a de serpente -Eu vou te tirar tudo de mais precioso antes de te matar!- assegura empunhando sua varinha que soltava faíscas verdes e vermelhas.

~•°°°•~

-Parado no tempo, Dursley?- o platinado questiona sorrindo enquanto segura sua varinha a girando entre os dedos.

-Aonde...?- tenta questionar mas e cortado quando um raio vermelho passa próximo de mais a sua cabeça.

-Estão todos em casa...- explica calmo acariciando Selmor que saia de sua manga -Harry vai passar o resto da tarde dormindo e não vai lembrar exatamente do que aconteceu, você vai agir como se nada tivesse acontecido, e vai seguir com o acordo, okay?- instruí levantando o rosto cheio com a ponta da varinha, sorrindo ao ver uma pequena queimadura aparecer na pele do homem, um mau de seu instrumento era que ele manifestava muito suas emoções -Vou considerar seu silêncio como um sim, "querido"!- o veneno na voz era notável.

Logo o maior aparatou, não conseguiria ficar mais um segundo perto daquela coisa, pousando com suavidade nós limites da mansão Riddle só queria entrar e dormir como se tivesse finalmente se alimentado devidamente:

-*Continua irritado, Hak...*- o réptil sibila parando a cabeça em frente a do mago -*E está com fome.*- lembra deslizando novamente para dentro das vestes escuras.

-Você está melhor, certo?- Edmond questiona parando ao lado do mais velho, ele mal notará sua aproximação.

-Odeio a herança...- o platinado rosna encarando as mãos que tinham pequenas escamas e cristais brilhantes.

-Considere-se uma mistura exótica...- o loiro sorri tocando delicadamente algumas da escamas que despontavam da pele morena -Eu me preocupo com você, Hakan... Pode não parecer, mas você é uma das poucas coisas que me sobraram...- murmura ainda tocando as placas sensíveis.

A pele de Hakan ajudava em momentos como esse, escondendo o rubor que atingia suas bochechas, aquele era o jeito de Lins dizer que o amava, girando a própria mão com o intuito de enlaçar os dedos aos do loiro o platinado murmurou:

-Eu também te amo... É muito bom saber que você é um dos meus escolhidos!- um sorriso radiante cortou o rosto moreno.

-Acho que vou vomitar...- Severus murmura mantendo sua típica expressão malhumorada.

-Boa tarde para você também, Severus...- Lins eleva a voz quando o moreno passa por eles sem dizer mais nada.

-*Acho que faz mal a ele ser escolhido para isso...*- comenta Nagine voltando para casa com uma "suave" elevação no corpo, mesmo que apenas um deles fosse lhe entender -*Não é fácil quando um de vocês é ex marido da irmã dele.*

~•°°°•~

-Você não é real!- Harry acusa apontando para o moreno a sua frente.

-Nem você!- Tom lembra se sentando na grama da paisagem em que estavam, a mente do Potter era confusa -Estamos em um sonho, pequeno, nada disso é real, porém, não deixa de ser verdadeiro...- propositalmente o Riddle deixou o pequeno confuso -Senta aqui.- pede dando batidas suaves ao seu lado.

Os olhos verdes tremem um pouco, sentia um pouquinho de medo de pessoas mais velhas, mas mesmo assim seguiu o pedido do homem:

-Ainda lembra de mim, certo?- o lorde pergunta ocioso, temia a resposta.

-Quem exatamente seria você?- o Potter devolve a questão.

Tom sentiu vontade de gritar, tudo o que precisava era que Harry lembrasse pelo menos seu nome, da promessa que fez, precisava de Harry se quisesse viver até completar seu plano:

-Eu sempre achei que meu amigo imaginário fosse ser algo mais...- a criança divagava sem notar.

-Fantasioso?- o Riddle questiona encarando no fundo dos olhos grandes e brilhantes.

Foi como se algo tivesse estilhaçado, um vidro delicado sendo atingido por uma pedra, um pequeno lampejo azul cruzou os olhos avada antes do sútil murmurio cortar o vento:

-Tom?

O homem parou, seu sistema interno tentando lembrar como exatamente faria tudo voltar ao normal, a dor em seu peito diminuía um pouco:

-Nosso tempo é curto, pequeno...- Tom murmurra deixando um selar delicado na têmpora da criança -Não deixe que tirem ele de novo.- sussurra colocando o colar que outrora o garotinho encontrará no armário -É hora de acordar...

~•°°°•~

-Tom?- o Potter sussurra entre a respiração acelerada -Tom...- sorri repetindo o nome.