The Red Eyes

O que houve?

Avisinho da autora
(Só pra avisar que ocorre uma quebra de tempo um pouquinho longa de quatro anos, ou seja Harry tem 10 aninhos)

—Mi Lord...?— Selene chama incerta.

Tom simplesmente congelou em meio a pauta da reunião, estava assim a cinco minutos, todos estavam preocupados:

—Mi Lord?— Lucius se junta ao chamado, estando mais próximo ao Riddle.

—Madame Lins, Lady Malfoy...— Mink chama aparecendo no canto da sala —Lord Lins está descontrolado...— murmura com as mãos envolvendo o próprio corpo.

—Eu ajudo meu pai...— a morena diz se levantando —Snape, poderia...— o pedido é interrompido quando Edmond simplesmente desacorda Tom o levitando.

O olhar jade estava sem brilho diferente da pele pálida que brilhava com o suor, Selene assim que olhou pra os olhos do pai por poucos segundos não exitou em se aproximar e tocar o rosto assustado:

—Não...— o aloirado grita após alguns segundos do contato, mas era tarde, ela já tinha sentido o suficiente.

~•°°°•~

Quando os olhos de Harry abriram foi como olhar em um abismo, eram esferas completamente escuras e profundas o encarando, com o susto o corpo do Potter despencou no estreito vão entre a cama e a parede, mas surpreendentemente, não havia doído, ele não sentia nada.

O seu armário estava igual, porém tudo parecia ser opaco, esfumaçado e sem vida, inclusive, ele próprio, uma mulher alta de cabelos negros esvoaçantes se sentava confortavelmente entre os lençóis velhos, um manto recobria seus ombros seu tom grafite estava desgastado, porém, não deixava de ser belo e contrastar com a pele branca como ossos:

—Chegar ao pós morte dessa forma não é tão agradável...— a mulher comenta olhando o garoto jogado —Olá, Harry...

O Potter não escutou nada além de "pós morte", ele estava realmente morto? Colocando o indicador sob o nariz ele constatou que sim, não respirava mais, não sentia o coração bater ou os hematomas em seu corpo doerem:

—Sei que é chocante, mas ainda não é a hora...— a morena se pronuncia novamente afagando os cabelos bagunçados —É difícil convencer Destino a me deixar intervir, mas eu não vou deixar o último de vocês morrer...

Com essa afirmação o pequeno foi puxado, a mulher simplesmente sorriu acenando em despedida:

—Vou estar do seu lado, pequeno...

~•°°°•~

Os pulmões doloridos inspiraram desesperados, as costelas doloridas tornavam o trabalho árduo, estava realmente frio ali, não entendia o motivo de estar dormindo do lado de fora:

—Tenho fome...— o garoto comenta atrás da tia que estava parada em frente ao fogão.

Ao invés de uma habitual resposta grosseira ele recebeu um grito aterrorizado de uma Petúnia pálida, não demorou até a mulher despencar sem força alguma no corpo, Harry toca o próprio rosto e cabelos procurando qualquer coisa errada, mas não tinha nada além de terra, estava coberto por ela.

Dando de ombros o pequeno constatou que estava sozinho em casa com a tia desmaiada, pensando que talvez tenha sido seu estado que assustou a mais velha o moreninho se dirige ao banheiro carregando uma toalha velha e uma muda de roupas, teria que aproveitar enquanto tinha chance.

~∆~

—Se sente melhor, Mi Lord?— Selene questiona entrando cautelosamente nos aposentos do Riddle, ele nunca deixou ninguém entrar —Todos estão preocupados, senhor...

—Ele vai ficar bem... —Hakan murmura encarando o próprio pulso —Ele só está em exausto, vai passar assim que as poções fizerem efeito e ele descansar.

—Claro...— diz em tom de compreensão deixando alguns frascos sobre a mesa de cabeceira do Lorde —Voltarei mais tarde...

O platinado assiste os olhos vermelhos se fecharem calmamente, ele tinha feito a decisão certa, pelo menos era o que esperava, seria uma semana até o aniversário de Harry esperava que o moreno aguentasse até lá.

•~°°°~•

—O que houve?— Harry questiona encarando os olhos inexpressivos do maior.

A paisagem ali se modificou para ambos se sentirem em paz, agora eles estavam confortavelmente sentados sob uma árvore, pelo menos Tom estava, o Potter estava deitado no colo do Riddle como se ali fosse o melhor lugar do mundo:

—Nada de mais, pequeno!— o lorde sorri se curvando até estar com a testa colada a do garoto —Não é nada com o que precise se preocupar...

Um silêncio confortável se instalou enquanto o lorde acariciava os cabelos bagunçados do garoto, este que parecia cochilar com o carinho dirigido a si, queria que tom não fosse fruto de sua imaginação:

—Harry...— o moreno maior chama baixo —Olhe...— sussurra apontando com a cabeça em um movimento suave.

Um cervo pastava tranquilamente consideravelmente próximo a eles, os olhos verdes brilharam encarando a criatura fascinados, Tom segurou a mão de Harry a estendendo em direção ao animal:

—Abaixe delicamente o dedo médio...— relutante o menor seguiu a instrução que o lorde dera —O segredo da confiança com qualquer criatura, Harry, é pedir permissão para tocar...— murmura quando o cervo aproxima a cabeça da mão estendida para si.

O Potter ri antes que o animal voltasse a se alimentar agora mais perto de ambos:

—Tom...— a criança chama —Você disse que eu vou para Hogwarts em setembro, como é lá?— questiona se deitando agora no peito do homem.

—É impressionante a primeira vista...— o de olhos vermelhos murmura abrindo um livro —Hogwarts é um lar para alguns como nós, mas não é o lugar mais seguro da terra...— suspira mostrando parte de sua indignação —É por isso que eu vou garantir que você esteja bem até lá!— o moreno sorri deixando um beijo na cicatriz do garoto —Eu te conto mais depois, está na hora de acordar...

•~°°°~•

—Quero tudo pronto para os próximos dias...— Tom diz assim que abre os olhos.

—Como está se sentindo?— Hak sorri aplicando algum tipo de pomada em suas marcas —Quatro dias inconsciente é um pouco de mais, não acha?

—Está tudo pronto, não está?— decepção parecia estar presente na voz do moreno —Tudo como planejado?

—*Só falta o Harry!*— Sel sibila com um muffin entre os dentes.

—*Você sabe que lhe faz mal e ainda assim come...*— Nagine zomba descendo do dossel da cama —*Achei que você fosse morrer, que decepção...*— comenta deslizando pelo pescoço do familiar.

—*Também senti saudades Nagine...*— Tom murmura acariciando entre os olhos da serpente.

Se cobras pudessem sorrir, Nagine estaria com um enorme sorriso mostrando as presas, o lorde ainda se sentia cansado, mas as linhas em seu peito diminuiriam mais quando o pequeno Potter estivesse realmente próximo, e pensar que aguentará cinco anos longe do garoto.