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- Mark! Acorda! - ele sentiu alguém o balançando e reclamou.

- Mais cinco minutos, Hyuck. - o apelido saiu naturalmente.

- Hyuck? Seu ex-namorado? Como pôde falar dele?! - as perguntas foram feitas com pura indignação.

- Meu Deus, Yuta. - ele se levantou rápido ao ver o japonês se afastando da cama. - Me desculpa! Eu não sei porque falei o nome dele!

- Você ainda ama ele, Mark?

- E-eu...

- O seu silêncio já diz tudo! - logo só foi ouvido o som da porta se fechando com violência.

[...]

- Você fez o quê?

- Eu chamei o Donghyuck quando estava acordando, não é nada demais. - quis amenizar a situação quando no fundo era tudo mentira, não havia esquecido daquele ruivo.

- Caramba, chamar pelo ex quando acorda com o atual é complicado.

- Me diga alguma coisa que eu já não saiba, Jeno. - estava mal humorado.

- Me desculpa mas é divertido te ver assim quando terminou daquele jeito com ele. - estava com um sorrisinho no rosto.

- Pra que inimigos quando o meu melhor amigo é assim? Não vai me dar nenhum conselho de como fazer o Yuta me perdoar?

- Por que eu faria isso?

- Por que é meu amigo?

- Eu sou? - fez a pergunta mas não aguentou, caiu na risada. - Eu vivo pra zoar você.

- Estou percebendo.

- Por que quer o perdão quando não tem sentimentos reais por ele? - tomou um gole de seu refrigerante.

- Mesmo que eu não o ame, gosto dele, gosto de passar tempo com ele.

- Mas não é justo, ele te ama de verdade e seu coração pertence a outro.

- Eu não pensei dessa forma.

- Ainda bem que quem te dá conselhos sou eu e não o Lucas.

- O Lucas nem tá aqui pra se defender, é errado falar de alguém pelas costas.

- Sim mas tem que concordar comigo que os conselhos amorosos dele são péssimos.

- São. - eles riram. - Falando nele, soube de algo?

- Só que ele está viajando de férias com o Jungwoo.

- Quem diria que o Lucas iria se apaixonar e casar antes de nós dois. - eles sorriram.

- Em minha defesa, o nosso relacionamento ainda está se formando, estamos moldando um diamante antes de levá-lo para virar um anel. - ele usou de uma metáfora.

- É sua forma de dizer que ainda não estão prontos pra dar esse passo?

- Sim, em um relacionamento a três existem muitas complicações, são três personalidades tentando se moldar para viverem juntas na mesma casa, imagina em um casamento.

- Ainda estão brigando muito?

- Tem dias que eles me deixam louco. - ele confessou. - Acredita que o Jaemin não lavou os potes de ração dos meus gatos antes de colocar a ração nova?

- Não acredito que brigou com ele por causa disso.

- Mas é lógico que sim! Ele não come na louça suja, por que os meus bebês tem que comer?

- É, tem razão. - agora o mais velho que estava rindo. - Já sabe quando começam as aulas da faculdade?

- Em alguns dias, por quê?

- Estou ansioso, logo é temporada de jogos e disseram que um olheiro vai vir nos ver.

- Mark e o basquete.

- O que tem?

- Nada não, boa sorte.

- Você devia jogar.

- Eu não gosto tanto de basquete, nunca gostei, era só um passatempo na escola, tenho outras prioridades.

- Sei, sei, futuro pediatra.

- Exatamente. - seu eyesmile se formou.

- Não acredito que de todas as profissões possíveis você foi se apaixonar por pediatria.

- Eu gosto de crianças!

- Eu sei, só não entendo o que tem de tão interessante em crianças doentes.

- Credo, parece o Renjun falando! - Mark deu risada. - Eu quero cuidar de crianças, mesmo que não sejam as minhas.

- Você quer ter filhos?

- Mas é claro que eu quero. - Jeno mostrava um sorriso bobo sempre que falava de crianças.

- Já falou com eles?

- Sim, o Jaemin também quer mas o Renjun não tem certeza se seria saudável para uma criança ser adotada e criada por três homens, fora que o sistema pode não liberar para que seja registrado como filhos de nós três. - ele explicou ao amigo, havia grande pesar em suas palavras pois sabia que seu namorado tinha razão.

- Não havia pensado dessa forma, realmente não seria fácil pra essa criança viver em uma sociedade que só finge ser aberta a todas as formas de amor quando a verdade é totalmente o contrário. - de repente, pensou em Donghyuck e ficou confuso do motivo de estar pensando nele nesse momento.

- Nem quero imaginar, tudo o que eu queria era ter um filho... Por que tudo tem que ser tão difícil pra nós? As outras pessoas não tem que passar por isso, não é justo! - ele reclamou mas em seu rosto só existia calma, alguém que não o conhece não iria reconhecer seu rosto irritado. - Bom, preciso ir pra aula, boa sorte com o Yuta.

- Obrigado, vou precisar, boa aula. - eles se despediram com um aperto de mão e foram para caminhos separados.

time to mature | markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora