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Se passou um mês em que Mark estava levando Donghyuck para se divertir, sempre dizendo que não seria um encontro a menos que o mais novo se sentisse confortável e concordasse. Apesar de já terem sido um casal e já terem passado por todas as fases de um relacionamento, nesse tempo em que o mais velho estava tentando lhe reconquistar, não se atreveu nem a segurar sua mão.

- Mark...

- Hm?

- Você pode segurar minha mão se quiser, não é como se eu fosse fugir.

- Sério? Tenho medo de te assustar ou parecer que estou confiante de que terei você de volta, nem nada do tipo... Eu quero fazer tudo direito dessa vez, sem pressa. - ele respondeu, mesmo sem nenhuma pergunta ter sido feita. - Nós fomos tão rápidos da outra vez, em menos de um mês já estávamos como um casal de recém casados e eu não quero isso de novo, acho que merecemos mais, você merece mais.

Donghyuck ficou sem saber o que dizer, não parava de se surpreender com o quanto ele havia amadurecido nesses anos que passaram longe, o Mark de antes acharia que conseguiria tudo que quisesse sem esforço. O mais novo tomou a iniciativa de segurar a mão do companheiro, hoje estavam indo ao parque de diversões e ele faria o mais velho ficar de pernas bambas de cansaço.

[...]

Era o dia do exame após a primeira inseminação artificial de Minji com o esperma dos três, já havia alguns dias e o ginecologista queria ver se não havia nenhuma complicação, ainda não sabiam se ela havia engravidado mas já cuidavam dela como parte de sua família. Antes da inseminação, a mulher teve que passar por vários exames de saúde e fertilidade, tudo havia saído bem e normal.

- Você está bem? - Jeno perguntou ao ver que ela estava pálida.

- Estou sim, só não consigo me acostumar com a rotina de exames. - ela suspirou.

- Pedimos desculpas por isso, o médico disse que é um caso diferente de todos os outros e precisa ver se o DNA de nós quatro irá se misturar corretamente ou será uma gravidez de risco pra você e o bebê. - ele segurou a mão de Minji.

- Eu sei, estou bem, logo deve acabar. - mais um suspiro.

- Nove meses devem passar rápido.

Mais tempo se passou, a primeira e a segunda inseminação artificial não deram certo, eles estavam perdendo as esperanças quando finalmente aconteceu, Renjun havia ido acompanhar Minji em mais um ultrassom quando puderam ver o feto que começou a se formar em seu útero.

- Olha! Renjun! Eu consegui! - ela sorriu, estava tão feliz quanto ele.

- Nós conseguimos!

- Como podem ver, o feto começou a se formar, os exames me dizem que pode ser uma gravidez tranquila mas é sempre bom fazer consultas e exames de rotina. - o ginecologista queria acompanhar de perto o caso deles. - Ainda não é certeza de que p bebê terá o DNA de todos os seus pais, pode faltar um ou dois, como também não é garantido de que a gravidez seja tranquila então preciso que fiquem alerta a qualquer mudança.

- Pode deixar! - o chinês segurou firme a mão de Minji.

- Irei tirar mais algumas imagens e irei prepara-las para que possam levar pra casa imediatamente.

- Obrigada por tudo doutor. - ela agradeceu com um grande sorriso. - Uau... Oficialmente grávida, seus namorados vão ficar tão felizes.

- Sim... - ele ficou quieto por um tempo.

- Tem algo te incomodando, o que foi?

- Depois conversamos.

Eles pegaram os resultados dos exames e um táxi para casa, o caminho ficou em um clima estranho pois o chinês não falou nada após aquilo.

- E então?

- Caramba, espera pelo menos a gente sentar um pouco Jeno. - Renjun resmungou entregando o pacote pra ele e se sentando no sofá. - Ela está grávida.

- O quê?! - Jaemin gritou e veio correndo da cozinha.

Jeno tirou os papéis de dentro do pacote com cuidado mas rapidamente, assim que viu as fotos do feto começou a chorar. Jaemin se aproximou para poder ver e chorou junto ao namorado, ambos abraçaram a futura mãe de seu bebê.

O clima na casa era de choro e felicidade, Renjun era o único que estava quieto, parecia estar de mau humor então os três se sentaram junto a ele no sofá.

- O que está acontecendo com você hoje?

- Eu percebi uma coisa hoje quando vi o bebê, nós não pensamos antes no que acontecerá com Minji depois de ter o bebê.

- Vocês disseram que eu poderia vir visitá-lo sempre que quisesse!

- E você pode! Não estou falando em relação a isso, ninguém aqui pensou no que acontece com uma mulher que já teve um filho e está solteira na Coréia do Sul? - ele perguntou, estava frustrado. - Só pensamos em nosso desejo de ter um filho, não pensamos no quanto ela vai sofrer por ser mãe dessa forma ortodoxa! As pessoas vão falar coisas ruins sobre ela, pode ser que nunca consiga se casar e ser feliz por nossa causa!

- É verdade... - eles estavam sentindo o peso daquelas palavras.

- O quê?! - ela perguntou confusa. - Como assim?... Quer dizer, realmente não pensei nisso mas não precisam se preocupar comigo, eu decidi ajudar e vou seguir com isso até o fim, até porque agora já é tarde para voltar atrás.

- Ela pode casar conosco! - Jeno comentou de forma inconsciente e depois se assustou com o que disse.

- Quê?!

- Se ela se casar conosco, poderemos a proteger e fazer feliz, é o mínimo já que ela está fazendo tanto por nós!

- Eu concordo que deveríamos fazer algo por ela mas isso não é certo, como vamos fazer ela feliz se não a amamos? - Jaemin perguntou.

- Nem pensem nisso! Eu não quero me casar sem amor! Irei viver minha vida tranquilamente independente do que aconteça, algum dia alguém vai gostar de mim por quem sou ao invés do meu passado! - ela protestou. - Se querem mesmo fazer algo por mim, sejam felizes, vocês são uma inspiração para mim desde que soube de sua história, se o namoro de vocês não der certo irei parar de acreditar em amor!

- Não é preciso tanto! - Renjun a acalmou. - Lembre o que o médico disse, vamos manter a calma e conversar.

- Como posso me acalmar? Não estou fazendo isso por caridade ou por querer algo em troca! Estou aqui porque gostei de vocês, de sua história. - ela suspirou. - Não me deixei mais irritada continuando esse assunto! Quando eu quiser me casar, saberei escolher alguém que não se importe com o que eu escolhi fazer na MINHA vida! - assim, ela calou os três e esse assunto nunca mais foi discutido.

time to mature | markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora