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- Oi, Lee Changmin. - já haviam se passado três dias, o bebê estava ficando mais forte graças ao leite materno e ao tempo que passou na incubadora ao nascer.

- Jeno, você pode tocar nele. - Minji deu risada pois o pai de primeira viagem tinha medo até de tocar o bebê.

- Ele é tão pequeno que dá medo. - ele explicou, o sorriso não saía de seu rosto quando estava com o filho. - Já cresceu tanto, quantos quilos ele tá agora?

- O médico disse que ele já chegou aos 2kg então já pode ir pra casa amanhã, ele se desenvolveu rápido, tinha só 1kg quando nasceu! - ela estava admirada em como ele havia ganhado peso rápido.

- É graças ao seu leite e as vitaminas que eles deram, quase chorei vendo eles furando ele pra colocar o soro.

- Eu vi. - eles deram risada, Jeno estava de folga então foi ficar com eles no hospital para Renjun poder descansar em casa.

- Ele segurou o meu dedo! - seu sorriso estava enorme. - Já posso morrer, irei feliz.

- Que conversa é essa agora? Você tem que ajudar a criar ele! - ela não conseguia segurar a risada ao ver como os papais corujas ficavam perto do Changmin, ela também estava feliz pois é seu primeiro filho mas ainda não agia como eles. - Já arrumamos tudo pra ir para casa, certo?

- Sim, agora só precisamos esperar até amanhã para levarmos essa jóia pra casa. - ele nem se mexia para não acordar o bebê que segurava forte seu dedo.

- Passei pouco tempo aqui mas já quero sair, me sinto sufocada em hospitais. - ela admitiu e voltou a se deitar.

- Eu entendo e agradeço por tudo que fez e está fazendo por nós, você vai ser recompensada quando chegar no céu. - eles dois sorriram um para o outro. - Você nem imagina o tamanho da felicidade que nos proporcionou, isso pode mudar sua vida nesse mundo preconceituoso em que vivemos mas você fez mesmo assim, serei grato para sempre!

- Não precisa de tudo isso, fico feliz em poder ser a pessoa que participou de algo tão importante, vocês serão o primeiro trisal gay a ter um filho próprio nesse país!

- É verdade. - ele olhou para o bebê, seus olhos brilhavam com tamanho amor e carinho que ele nem sabia como expressar.

- Eu vou dormir um pouco, me acorde se tivermos visitas ou ele acordar.

- Claro, pode descansar.

[...]

- É tão bom poder decorar o quarto de um bebê que não é meu. - Donghyuck comentou.

- Ei! Você não pensa em ter filhos comigo?! - Mark perguntou rapidamente.

- Calma aí meu lindo, te perdoei a pouco tempo, relaxa as pontas. - ele brincou e os dois riram. - Não sei, por enquanto quero continuar minha vida de homem sem filhos.

- Eu respeito isso, pra falar a verdade, também não penso nisso para nós ainda. - o mais velho falou.

- Que bom, já achei que iam começar uma DR. - Chenle brincou. - Mexam-se que aquele trio de bobões deixou para saber o sexo do bebê no nascimento e arrumar tudo em cima da hora!

- Ei! Estou ouvindo! - Jaemin protestou.

- Eu sei. - o chinês mais novo respondeu de forma simples. - Mas é sério, vocês planejaram tudo e deixaram essa parte pra última hora, sorte que tem amigos para ajudar.

- E não é de graça! Vocês vão jantar aqui hoje, eu vou preparar algo bem gostoso com a ajuda dos meus cunhados!

- Doyoung e Taeyong vem hoje? - o mais novo perguntou, estava tentando ajudar apesar de sua visão não colaborar, seus óculos junto com as lentes estavam ajudando mas haviam momentos em que não enxergava quase nada.

- Não, Doyoung e Ten. - Jaemin corrigiu, seu cabelo agora estava loiro bem claro chegando quase ao branco.

- Ten?

- É meu irmão por consideração. - Renjun respondeu. - Ele cuidou de mim enquanto estávamos morando juntos, meus pais ficaram na China e me deixaram a seus cuidados.

- Nossa, faz tempo que vimos ele, aconteceu alguma coisa?

- Ele teve que voltar para sua cidade natal na Tailândia, voltou a poucos dias então disse que vinha me visitar, o chamei hoje para ajudar no jantar.

- Falando em familiares que estão afastados... Algum sinal da família do Jaemin depois daquele dia? - Chenle parecia preocupado.

- Não... Acho que não vamos ter notícias até ele descobrir sobre o Changmin ou sobre o nosso futuro casamento. - o recém-loiro respondeu. - Espero que não vejamos ninguém da aquela família nunca mais.

Renjun acariciou o cabelo loiro do namorado, o chinês estava com a parte de cima do cabelo preto e a parte de baixo loira enquanto que Jeno mantinha seu cabelo preto.

- Acho melhor voltarmos ao trabalho, Renjun deveria sair para comprar as coisas que o bebê vai precisar. - Donghyuck falou.

- Já tem quase tudo em cores neutras mas eu gostaria de comprar algumas coisas coloridas. - o chinês mais velho falou. - Algum voluntário?

- Eu preciso ir ao mercado comprar a comida do jantar. - seu namorado respondeu. - Eu queria muito ir com você. - ele resmungou fingindo chorar.

- Por que não deixa uma lista comigo e eu compro a comida? - Chenle perguntou.

- É que eu ainda não planejei o que fazer, vou ver quando comprar. - ele resmungou, queria muito sair para comprar as coisas do filho.

- Bom, você pode cozinhar um pouco de kimchi. - o chinês mais novo começou a dar ideias do que poderiam comer no jantar.

Jaemin se juntou ao amigo para planejar o menu, Chenle conhecia um pouco de colocaria então saberia o que precisava comprar. Jisung se juntou ao namorado para irem ao mercado, o casal de papais de primeira viagem saiu para fazer compras e Mark ficou para ajudar Donghyuck na decoração e organização do quarto do bebê.

- Essa criança vai ser muito mimada. - o mais comentou. - Com tantos tios boiolas como nós, não vai faltar carinho.

- Isso é bom, vamos fazer ele ser a criança mais feliz do mundo e esperar que até ele crescer, o mundo tenha mudado para não fazer uma criança sofrer com o preconceito. - o mais novo divagou um pouco, estava genuinamente preocupado com o futuro de Changmin, uma criança filha de três pais... a vida não seria fácil pra ele se o mundo continuasse como está.

- Temos que trabalhar nisso... Eu já me tornei um dos primeiros jogadores de basquete coreanos a se assumirem homossexuais. - Mark falou enquanto dobrava algumas roupas e lenços de pano.

- Eu sou só um dançarino então ninguém se importa muito com minha orientação sexual. - o mais novo deu de ombros.

- Você devia tentar ser idol, sua voz é linda e tem formação em dança.

- Não sei se quero isso pra mim, sou livre sendo só um dançarino, posso viver minha vida como eu quero pois não tenho fãs e a empresa em que trabalho não liga pra dançarinos... Se eu me tornar um idol, não vou começar minha carreira bem pois namoro um homem, a Coréia é cheia de preconceito e né tornaria uma figura pública, não quero ter que mudar minha vida por causa dos outros.

- Você tem razão, apesar de ser um desperdício do seu talento, eu respeito sua decisão e prometo não falar mais nisso, ok?

- Obrigado amor. - eles sorriram um para o outro, seu namoro poderia ser chamado de namoro de um casal de meia idade pois era tão calmo depois de tudo.

time to mature | markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora