time to mature | markhyuck

.07.

- Você ainda gosta dele, não é? - Jeno perguntou.

- É claro que gosto! Dois anos são muito tempo com uma pessoa só, mas ainda não me dá o direito de falar com ele daquele jeito, eu sei que fui um babaca idiota, se existia alguma chance dele me perdoar pela forma que terminei o nosso namoro, com certeza não existe mais. - ele lamentou.

- Você queria o perdão dele? Por quê?

- Acho que, lá no fundo, eu ainda tinha alguma esperança de voltarmos a ficar juntos.

- Que otimismo... - seu melhor amigo não conseguia evitar ficar triste ao ver Mark daquela forma, mesmo que fosse ele mesmo quem havia causado isso.

- Eu mereço. - o mais velho suspirou. - Eu errei com ele e com meus sentimentos ao escolher minha carreira acima de tudo que era importante pra mim.

- O que vai fazer agora?

- Não tem nada que eu possa fazer, o Donghyuck é brilhante e merece mais, muito mais, então irei deixá-lo ir.

- Por que não tenta ao menos conversar e corrigir seus erros? Já passou da hora!

- Porque é inútil, ele nunca vai me perdoar e mesmo que perdoasse, quem pode garantir que serei bom pra ele dessa vez?

- Vocês eram o casal perfeito, Mark. - Jeno levantou. - Preciso ir pra aula.

Essa última frase de seu melhor amigo só fez o coração de Mark doer mais, alguns poderiam dizer que ele estava vivendo aquele clichê de só dar valor quando perde mas a verdade é que os dois eram considerados o casal perfeito porque se tratavam como as pessoas mais importantes um para o outro. Precisando pensar, resolveu ir para a área da faculdade onde haviam árvores e grama, não era o local favorito dos estudantes dali mas ele gostava de como se sentia calmo ali.

- Era só o que me faltava. - ele ouviu uma voz que reconheceu logo de cara.

- Jaemin...

- Não acredito que você tem coragem de me mostrar essa cara de "coitadinho de mim" depois do que fez o Donghyuck passar! - ele se aproximou do mais velho com sua melhor postura ameaçadora.

- Calma aí, isso não é da sua conta! - ele se defendeu.

- Se tornou da minha conta a partir do momento que tive que consolar e secar as lágrimas dele por sua causa de novo! - se um olhar pudesse matar, Mark já não estaria entre nós.

- Ele chorou?... - sentiu seu coração doer e não conseguiu esconder a culpa em sua expressão facial.

- É claro que ele chorou! Quando ele está conseguindo se erguer novamente, você aparece e consegue destruir tudo outra vez! E não me olhe com essa cara de culpado, não acredito que você seja capaz de sentir culpa pois para isso você deveria se importar com alguém além de si mesmo!

- Jaemin, já chega... - ele foi interrompido por um soco.

- Não estou nem perto de terminar e você vai ter que aguentar tudo que eu tenho pra dizer pois já me cansei de ver o Hyuck sofrer por sua causa! - deu outro soco em Mark que não se defendeu.

Após uns 6 socos que Mark não se defendeu ou protegeu, um professor acabou os separando e levando até o diretor, aquilo não seria bom pra nenhum dos dois.

[...]

Hyuck meu melhor:
EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ DEU UM SURRA NO MARK!

Jaemin:
Alguém tinha que fazer.

Hyuck meu melhor:
Ninguém tinha que fazer nada
Meus problemas quem tem que resolver sou eu

Jaemin:
Sim mas não estou vendo você resolvendo nada

Hyuck meu melhor:
Já chega Jaemin!
Pense um pouco no que fez
Depois a gente conversa
E obrigado, sei o motivo pra ter feito isso mesmo que não tenha feito o certo

Jaemin:
Eu sei que não foi certo
Mas tenho estado estressado com algumas coisas em casa e acabei descontando no Mark
Foi errado mas não vou pedir desculpas porque ele é um babaca!

Hyuck meu melhor:
Tá bom, tá bom

[...]

- Eu não acredito no que você fez!

- Por favor Renjun, eu já tive essa conversa com o Hyuck. - ele lamentou.

- Pois eu acho que não foi suficiente já que não parece arrependido!

- E não estou!

- Jeno, me ajuda aqui.

- No quê?

- Aí pelo amor de Deus. - o chinês suspirou.

O trio havia voltado da faculdade a pouco tempo e já estavam discutindo, Renjun não podia acreditar que Jaemin foi capaz de recorrer a violência por algo tão ridículo quanto o relacionamento de outras pessoas.

- Por que está dando tanta importância pra isso?

- Foi você quem deu importância, tanta que brigou com o Mark!

- Será possível? Vocês estão brigando por causa de algo que já aconteceu, não tem como voltar atrás agora e pior ainda é estarem discutindo por um assunto que nem diz respeito a nós! - Jeno falou, estava impaciente. - Estou ficando cansado de ter que ficar entre vocês sempre apaziguando suas brigas!

- O Jeno tem razão, isso não é da nossa conta e não deveríamos discutir por isso ou qualquer coisa que tenha relação com aquele ex-casal problemático. - Jaemin falou e começou a se aproximar de Renjun com aquele sorriso que todos conheciam bem. - Temos coisas mais importantes a fazer.

- É sério? Quer sair dessa assim? Acha que vou cair tão fácil no seu charme barato?

- Nós sabemos que não é barato, Junnie. - chegou já o abraçando pela cintura. - Afinal, funcionou com você e com nosso Nono. 

- Ele tem razão. - o moreno sorriu gentilmente olhando os dois.

- Pensando bem agora, nós caímos mesmo nesse charme barato? Que decepção comigo mesmo. - o chinês falou sorrindo, não podia negar a atração que existia entre eles.

- Qual é Renjun, se liberta e se diverte comigo. - começou a distribuir beijos pelo pescoço do mais baixo.

- Você não se livrou da bronca okay? Amanhã eu te pego.

- Hm, estou contando com isso. - essa frase fez o chinês corar pela primeira vez em muito tempo, isso fez os corações de seus namorados derreterem.

- Essa é uma visão linda e rara. - Jaemin falou admirado e sorrindo bobo. - Filma, Jeno, filma!

- Parem com isso! - ele ficava mais envergonhado ao receber tanta atenção dos dois, ele sabia o que estava se passando pela cabeça deles.

- Nós definitivamente vamos casar. - Jeno falou ao se aproximar e entrar no abraço dos dois.

- E é assim? Cadê o pedido? - Jaemin reclamou mas estava sorrindo.

- Não acredito que estou namorando dois convencidos, é meu inferno pessoal. - Renjun comentou e sorriu. - E eu amo esse inferno.

O resto da noite se resumiu em carícias, eles sentiam que tinham a obrigação de demonstrar seu amor sempre, isso fortalecia seus laços a cada dia.