time to mature | markhyuck

.17.

Havia sido um dia agradável, Donghyuck não esperava por isso mas foi bom, o mais velho o levou até em casa após jantarem e admirarem a visão por um tempo.

- Obrigado pela carona e pelo dia, foi divertido. - o mais novo falou, estava envergonhado como se fosse o primeiro encontro dos dois, parecia tudo tão diferente.

- Não precisa agradecer, também me diverti muito ao seu lado, sempre me divirto. - ele sorriu. - Melhor você entrar, já está tarde.

- Sim, até algum dia. - ele abriu o portão.

- Até logo.

Mark ficou observando enquanto via sua alma gêmea entrar em casa, depois suspirou profundamente, fazia tanto tempo que não conseguiam ficar um do lado do outro assim e se divertir, estava feliz e animado por uma próxima oportunidade.

Por algumas semanas, Mark levou Donghyuck pra sair muitas vezes mas ainda não podia dizer se estava perdoado ou algo parecido, o mais novo estava curtindo as saídas mas não queria se deixar levar para não se machucar de novo.

[...]

- Alguma notícia? - Jeno perguntou, como fazia todos os dias ao chegar em casa.

- Não, acho que ela ainda não decidiu. - o chinês respondeu como se não se importasse mas a ansiedade o estava deixando inquieto.

- Eu não aguento essa espera! - Jaemin comentou.

- Não podemos fazer nada, conversamos com ela e dissemos que iríamos dar o tempo que precisasse pra pensar, não vamos voltar atrás agora! - Renjun falou e suspirou.

Seus dias haviam sido estressantes e quanto mais tinham que esperar, pior ficava mas não era uma decisão fácil ter um filho assim e deixar para outras pessoas cuidarem, fora que Minji era emotiva como seu irmão, então estavam tentando esperar por ela.

- Mal vejo a hora de poder pegar o bebê nos meus braços. - Jeno sorriu, seu sorriso ao falar sobre esse assunto se tornava o mais lindo de todos e contagiava seus namorados.

- Eu imagino como sendo uma criança bem forte como os pais! - Jaemin brincou.

- Nós nem perguntamos se ela tinha algum problema de saúde hereditário... Devemos perguntar agora?

- Como podemos perguntar isso se ela ainda nem aceitou a proposta?

- É verdade. - Renjun sentiu o celular vibrar, era uma ligação da Minji. - Ela está me ligando. - ele falou como se não fosse nada mas seu coração batia acelerado.

- Atenda!

[...]

Alô?

Alô, pode falar.

Estou ligando para falarmos sobre aquele assunto.

Sim.

Eu pensei muito mas ainda não entendi como vão fazer isso legalmente.

Já temos um advogado que vai nos ajudar com isso, queremos ter um filho nosso nem que seja preciso registrar ele em outro país!

Vejo que estão bem decididos.
Seu celular está no viva-voz?

Não.

Pode colocar, o assunto é entre nós quatro, também quero conversar com eles.
Se eles estiverem aí com você.

Renjun: Eles estão aqui, vou ligar o viva-voz.
Jaemin: Oi Minji!
Jeno: Olá!

Quanta animação.
Olá pra vocês!

Jeno: Você pensou no assunto? Já tem uma reposta?
Renjun: Calma Jeno! Não pode sair perguntando assim!
Jaemin: Vai acabar assustando ela!

Que nada!
Podem ficar tranquilos!
Eu tenho algumas perguntas.

Renjun: Pode perguntar.

O filho será meu também, vocês não tem problema com isso?

Jeno: Não temos problemas com isso pois é a única alternativa que conseguimos encontrar, claro que iríamos ficar mais felizes com um filho só nosso mas ainda não é possível tecnologicamente.

Eu entendo.
Bom, eu vou poder participar da vida da criança?

Renjun: É claro! Será nosso filho então você tem todos os direitos que qualquer mãe teria.
Jaemin: Poderá ver o bebê sempre que quiser ou até morar conosco, se não achar isso ainda mais estranho.

Seria muito estranho. *risos*
Mas eu quero participar o máximo possível da vida dele.

Renjun: Pode ficar a vontade para visitar nossa casa quando quiser, iremos lhe dar uma cópia da chave.
Também poderá sair com ele pra brincar, trocar fraldas, iremos tentar tornar a sua convivência com ele a mais rotineira possível, queremos que passe bastante tempo com ele também!

Fico feliz em ouvir isso.

Jeno: Todas essas perguntas querem dizer que você aceitou?
Renjun: Jeno!

Sim, eu aceitei.

Renjun: Sério? Uau, isso é muito bom.

Que barulho é esse?

Renjun: Os dois estão comemorando de forma incrivelmente barulhenta.

Que bom, deixe eles.
Quando vamos fazer a inseminação?

Renjun: Irei lhe enviar um número de telefone de uma clínica que confio, pode marcar uma data que estiver tranquilo pra você.

Eu irei sozinha?

Renjun: Estávamos pensando em um de nós comparecer ou até nós três a levarmos juntos.
Mas se quiser ir sozinha, pode falar.

Não, isso é tudo tão novo pra mim.
Não quero ir sozinha.

Renjun: Okay, só me dizer quando marcar, eu vou com você.

Obrigada.

[...]

Após desligar a ligação, o chinês pôde se juntar aos namorados na comemoração.

- Jeno... Você tá chorando? - o moreno não conseguiu nem responder, estava soluçando de tanto chorar.

- Você é inacreditável! - Jaemin deu risada mas pode ver que seu outro namorado também estava prestes a chorar. - Aí gente, eu sei que a felicidade é impossível de segurar mas... Quer saber? Podem chorar, nós passamos por muita coisa e merecemos que finalmente aconteça algo bom em nossas vidas!

Eles se abraçaram e choraram, estavam tão felizes que não conseguiam explicar em palavras, logo poderiam ter o filho que tanto queriam e estavam lutando contra a política de seu próprio país para conseguir. Demorou um pouco até conseguirem se acalmar, se olharam e sorriram demonstrando seu amor um pelo outro.

- Eu amo vocês. - o Jeno falou entre soluços.

- Também amamos você. - Jaemin se agarrou mais a ele.

- Vocês são tão gays. - ele brincou e os apertou no abraço.