time to mature | markhyuck

.10.

Naquele dia, Mark estava pensando muito em Donghyuck, até havia reparado que o ruivo não estava nas aulas na parte da manhã e só apareceu a tarde, ficou se perguntando o que havia acontecido ou o que estava acontecendo para que ele parecesse tão cansado e ao mesmo tempo feliz.

- Você está com aquela ruga na testa, o que foi? - Jeno estava almoçando junto do amigo.

- O Donghyuck não apareceu na faculdade de manhã, só a tarde... e parecia cansado mas tinha um sorriso no rosto. - sua cabeça estava imaginando muita coisa, tudo passava bem longe da verdade.

- Aparentemente, ele conseguiu um intercâmbio para os Estados Unidos. - ele falou ao engolir o que estava comendo, ficou observando as expressões faciais do amigo.

- Ele conseguiu. - não conseguiu evitar de sorrir bobo, como antes ao pensar no ruivo. - Ele havia me falado sobre o sonho dele de pisar no mesmo solo que Michael Jackson pisou antes, estou feliz que ele conseguiu.

- Pois é, parece que logo ele vai.

- Quando? - em seu olhar havia tristeza ao pensar em não conseguir ver aquela pessoa, mesmo de longe.

- Não sei, o Jaemin estava um pouco eufórico então não consegui entender tudo.

- Caramba Jeno!

- Desculpa mas eu não sou nenhum tipo de informante seu!

- Me desculpe, é só que... eu ainda quero pedir desculpas por aquele incidente mas não sei como, nem se ele vai me perdoar e agora ele vai embora, eu não sei quanto tempo tenho para me desculpar! - havia um grande peso em seus ombros.

- Deveria se apressar em descobrir o que fazer ou pode acabar perdendo ele pra sempre.

Será que poderia existir alguma chance para Mark? Ele deveria pedir desculpas a Donghyuck com certeza mas poderiam reatar aquele relacionamento perfeito que tinham?

- Você sabe aonde ele está agora? - o mais velho perguntou.

- Não sei, como falei antes, não sou seu informante!

- Aí que mau humor! Pergunta pro Jaemin por mim. - tentou fazer um olhar de cachorro mas não deu muito certo.

- Credo, para de me olhar assim! É assustador! - ele fez piada. - Eu vou perguntar mas não garanto nada.

- Obrigado, fico te devendo uma!

[...]

Jeno: Amor, você sabe aonde o Donghyuck está?

Meu amor 💞: Eu não, por quê?

Jeno: Nada não, obrigada Nana.

Meu amor 💞: Nada disso!
Pode me explicar agora o que está acontecendo!
Você nunca foi de perguntar dele

Jeno: É o Mark me enchendo o saco!

Meu amor 💞: Jeno...

Jeno: Eu sei.
Não estou fazendo nada de errado!
Perguntar não ofende.

Meu amor 💞: Está certo
Mas é melhor não se envolver no problema desses dois.

Jeno: Eu não vou.
Obrigado amor.
Preciso ir.

Meu amor 💞: Até mais tarde!

[...]

Mark ficou sem as informações que queria então tinha que pensar em como faria para pedir desculpas para o Donghyuck, uma mensagem não seria o suficiente pois ele sentia falta de estar perto do seu amado, o mais velho queria reatar mas sabia que não seria tão fácil depois de tudo que fez, também não negava sua culpa em tudo isso, sabia que estava errado naquele situação e queria resolver tudo.

[...]

- Quando é o seu vôo?

- É amanhã cedo, mãe. - ambos estavam conferindo os documentos e as malas.

- Suas camisetas, moletons, calças, passaporte... Cadê os cachecóis?

- É sério mãe?

- Totalmente! Lá também faz frio, você tem que ficar bem aquecido! - ela andou até o guarda-roupa e os encontrou facilmente pois sobraram poucas roupas lá. - Leve ao menos cinco.

- Dois já serão suficientes.

- Três! Minha última oferta! - ela já havia os colocado na mala.

- Nossa mãe! Já são duas malas!

- Só tem o necessário, ainda é pouco!

- Tá bom mãe. - ele sorriu. - Bom, está tudo pronto.

- Meu menino. - ela se aproximou e o abraçou. - Vou sentir tanta saudade, como vou conseguir viver?

- Não fique assim. - o ruivo a abraçou. - Eu vou te ligar sempre que puder! Vou te encher de mensagens!

- Eu espero que sim!

Após um longo abraço, sua mãe chorou ao imaginar viver alguns anos sem o filho, pensando no perigo que ele iria correr durante a viagem e durante o tempo que iria passar nos Estados Unidos. Ele também chorou, desde pequeno nunca havia se separado dos pais por tanto tempo, até mesmo vivendo no dormitório, todo final de semana os visitava.

- Que horas meu pai vai chegar?

- Nove horas. - ela secou o rosto mais uma vez. - Vou preparar o jantar, pode buscar seu irmão na escola?

- Claro! Já volto. - o ruivo vestiu seu casaco e saiu.

Não demorou muito para que chegasse na escola onde seu irmão estudava, precisou apresentar documento com foto para que o deixasse levar a criança.

- Oi! - ele se abaixou na altura da criança de quatro anos. - Vamos pra casa?

- Você veio me buscar? - a criança sorriu.

- Sim, Yejun! Vamos! - Donghyuck segurou aquela mão pequena com um sorriso por poder ter esse momento antes de viajar. - Como foi o dia na escola?

- Nós brincamos com massinha! Foi muito legal! - ele dava pulinhos enquanto andava. - Você vai embora? - ficou mais calmo de repente.

- Vai ser rápido, eu volto logo!

- Mas você vai me deixar sozinho! Eu não tenho amigos pra brincar! Quero você! - Yejun abraçou as pernas do irmão mais velho que parou de andar e o abraçou também.

- Eu volto logo, não vai demorar, eu prometo! - o abraçou mais forte. - Enquanto estou longe, proteja a mamãe!

- Do quê?

- Existem muitas pessoas malvadas! Você precisa proteger ela! Promete pra mim?

- Prometo!

Chegaram em casa algum tempo depois, Yejun já chegou falando que iria proteger a mamãe das pessoas malvadas, isso trouxe algumas risada para a casa. Mais tarde, seu pai se juntou a eles em um jantar de despedida ao Donghyuck, foi emocionante, com direito a mais choro da mãe e seu pai dizendo que está orgulho do filho que tem.