time to mature | markhyuck

.11.

- Gostaria de um pouco de água ou um cobertor? A viagem será longa. - a aeromoça perguntou.

- Não, obrigado. - Donghyuck a respondeu com um sorriso.

A rota mais rápida para os Estados Unidos iria demorar doze horas, realmente seria uma viagem longa, o ruivo estava tão animado que pensou que não ia conseguir dormir durante o vôo mas, em algum momento, o cansaço venceu e pode descansar.

[...]

Jeno mandou mensagem para o Mark lhe contando que Donghyuck já havia saído da Coréia, ele ficou só olhando para a tela do celular sem conseguir formar uma resposta, não se mexeu desde o momento que viu a mensagem.

- Merda. - foi a única palavra que conseguiu falar.

[...]

- Jisung hyung, quando meu irmão volta? - a criança perguntou.

- Vai demorar um pouco, quando ele voltar você já vai estar grande! - ele sorriu para a criança em seu colo.

- Vou ir pra escola de gente grande?

- Sim, também vai estar quase do meu tamanho!

- Uau! - ele sorriu.

- Nossa, nunca pensei que te veria assim com uma criança. - Chenle comentou e sorriu achando aquela cena adorável.

- Eu não sou fã de crianças, não quer dizer que odeio elas! - ele fez uma careta para o chinês.

- Vai saber. - ele deu risada. - Vamos vir pra casa do Donghyuck todos os dias? Daqui a pouco os pais dele vão nos expulsar.

- Nada disso! Podem vir o quanto quiserem! É bom receber os amigos do Hyuck. - a mãe do ruivo sorriu.

- Obrigado senhora! - os dois falaram.

- Mas ele tem razão, precisamos ir, obrigado por nos receberem! - Jisung falou e se despediram.

Desde que Donghyuck viajou que os dois estavam visitando a família Lee, o mais novo estava sentindo falta, então ia até sua casa para se consolar ao brincar com seu irmão mais novo.

- Chenle, você está agindo muito estranho hoje. - ele segurou a mão do namorado. - O que foi?

- Nada.

- Não diga isso, tem algo acontecendo, me fala.

- Meus pais estão se separando. - ele falou com a voz baixa. - Eu sei que você gosta de brincar com o Yejun desde que o Donghyuck viajou mas está difícil para mim ficar no mesmo ambiente que uma família feliz! Me dói ver a felicidade que eles tem e que eu nunca terei com meus pais juntos pois eles só brigam ou se ignoram.

- Oh meu amor, por que não me disse antes? Quando começou isso?

- À algumas semanas, não gosto de falar disso mas percebi que ficar guardando pra mim é muito pior. - seus olhos estavam vermelhos. - Eu já fiz tanto por onde não demonstrar à eles o que eu sinto pois j é difícil pros dois, foram muitos anos juntos e isso está doendo demais em nós três.

- Eu não sei como posso te ajudar. - ele abraçou o chinês.

- Só fica comigo, só nós dois. - Chenle apertou o abraço. - Já guardei tanto os meus sentimentos que agora nem sei mais o que estou sentindo, você entende?

- Eu não sei como deve ser essa situação mas eu sei o que é sentir os sentimentos sumindo depois de os guardar. - ele acariciou o cabelo do namorado. - Eu estou aqui e sempre estarei, eu te amo.

- Eu também te amo, obrigado Jisung.

- Quer ir para algum lugar mais tranquilo? - continuou acariciando o cabelo do chinês.

- Não quero ir pra minha casa.

- Então vamos pra minha. - ele se afastou um pouco para olhar o rosto de Chenle. - Meus pais só chegam a noite, poderemos ficar sozinhos e tranquilos.

- Tá bom.

O abraço ainda durou alguns minutos, o chinês estava muito magoado com a situação que sua família estava, é normal as pessoas se separarem quando o relacionamento não funciona mais e ele sabia disso mas continua sendo difícil lidar com sua família se dividindo.

- Melhor agora?

Os dois foram para o quarto do mais novo, se deitaram e ficaram abraçados.

- Um pouco.

- Por que está escondendo seus sentimentos? Você mesmo disse que ao reprimir, acaba não conseguindo mais identificar o que está sentindo.

- Já está sendo difícil pra eles sem que eu faça drama.

- Seus sentimentos não são drama, você faz parte da família Zhong, eles tem que saber o que você está sentindo também!

- Pra quê? Só ia complicar ainda mais!

- Chenle, não faz bem pra você!

- Eu sei! Mas eu vou superar.

- Você é teimoso! - o mais alto estava impaciente e preocupado.

- Pra que vou contar pra eles se posso ter você para me consolar? - ele sorriu e isso bastou para amolecer o coração do Jisung.

- Por que o seu sorriso é tão bonito? - essa pergunta fez o chinês corar. - Mas não pense que vai se livrar de mim tão fácil!

- Quem é o teimoso agora?

E voltaram a argumentar, seria um dia longo para eles dois.

[...]

- Aí Jeno! Que mau humor!

- O que é agora?

- O Jaemin não lavou os potes dos meus gatos!

- De novo? - o chinês suspirou.

- Eu esqueci!

- Mas os seus pratos você não esquece de lavar antes de comer de novo!

- Porque o Renjun não me deixa em paz até lavar a louça!

- Não me coloca no meio, tô quieto. - ele estava sentado no sofá.

- Coitados, pode deixar que o papai vai deixar eles limpinhos pra vocês! - o moreno pegou os potes e os levou até a pia da área de serviço.

- Quanto barulho por nada!

- Eu gostaria de saber se algum dia vamos passar um dia tranquilo sem brigas nessa casa! - o chinês reclamou. - Jaemin, é pra lavar a nossa louça e a dos gatos dele, por favor! Nós dividimos as tarefas pra não ter briga mas parece que não adiantou!

- É melhor eu ficar responsável pelas louças. - Jeno falou ao voltar com os potes limpos, secos e abastecidos.

- E eu faço o quê?

- O antigo serviço do Jeno, o quarto. - ele levantou do sofá e guardou seu livro pois não ia conseguir ler nada no momento. - E eu continuo com o banheiro e a sala, agora espero que não tenham mais brigas.

- Sim senhor! - Jaemin brincou um pouco. - Ainda está bravo, Nono? - ele começou a fazer charme pro namorado.

- Estou! Se não lavar os potes, eles e nós podemos ficar doentes de várias doenças diferentes! - ele olhou para o de cabelo rosa. - Eu exagero porque não quero ver nenhum de vocês doentes, muito menos os meus gatos que são como meus filhos!

- Eu sei meu amor, peço desculpas pela minha memória ser tão ruim as vezes. - ele deu um selinho no namorado. - Me desculpe de verdade.

- Me desculpe também por exagerar tanto. - ele devolveu o selinho e sorriu. - Que saco! Eu só queria um dia tranquilo!

- É tudo que queríamos!