A partida 1

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UUUUUUUUUUHHHHHHHHHUUUUUUUESTOU DE VOLTAAAAAE aí?? Como estão? Tudo certo?? Espero que sim!!Demorei, sim! Mas estou com alguns planos aqui e estou animada!! Ok, chega de atrapalhar a leitura de vocês, façam suas perguntas e eu responderei, okay? Me desculpem os erros, mais tarde irei revisar melhor.Aproveitem!!XOXOXO>>>>


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Mirabel não se moveu. Sentia o olhar de Izabella queimando em suas costas, mas se recusava a olhar de volta. A última coisa que precisava era deixar sua irmã (qual ela não se orgulha em dizer que não se dá muito bem) mais velha que não havia dito uma palavra para defendê-la (não que ela esperasse), junto com todos os outros que apenas assistiram Abuela expressar sua opinião como se fosse uma verdade absoluta.

Era verdade?

Não podia ser verdade... podia?

Não chore agora.

"Mirabel." A florista quebrou o silêncio que Mirabel queria manter. "Me acompanhe."

E saiu. A morena não esperou para ver se sua irmã mais nova a seguiria, havia uma segurança que lhe dizia que ela o faria.

E, mesmo hesitando e sabendo que iria se arrepender, ela fez.

O caminho em um silêncio que a desequilibrou algum momento, Mirabel agradeceu por não se depararem com mais ninguém enquanto seguia sua irmã, sabia que não teria coragem para isso.

E como da última vez que ela já não se lembra quando foi, o quarto de sua irmã mais velha continuava o mesmo. Um jardim perfeito de flores vivas e coloridas, a maioria rosa, mas todas eram impecáveis e Mirabel sabia que seria uma forte inspiração para qualquer artista amante da natureza. Haviam também as estátuas de si mesma que ela nunca entendeu o motivo de terem sido feitas em primeiro lugar, mas (novidade) eram tão lindas quanto quem as fez.

Mirabel pode ter propositalmente se perdido naquele gigantesco jardim que era o quarto de sua irmã, pois tinha a impressão de que seria fuzilada no momento em que encontrasse o olhar de Izabella.

Mas era demais. O silêncio ainda era uma furadeira em seus sentidos, e Mirabel sentia que poderia gritar se aquele ensurdecedor e pesado silêncio se estendesse um pouco mais. Então, ignorando todos os alertas em sua mente, ela levantou o rosto, finalmente encontrando as furadeiras que eram as íris de sua irmã florista apontadas para si. Um arrepio percorreu sua espinha. Mirabel estava prestes a dizer algo quando a mais velha se adiantou.

"Não. Antes que você diga qualquer coisa, eu quero que escute o que eu tenho a dizer." Izabella usou seu dom e criou vigas que se moveram até Mirabel, surpreendendo-a ao jogarem pratos e copos e até alguns talheres quebrados. O que a de cabelo cacheado os percebeu como os que sua família tinha usado durante... ah...

"Reconhece?" Mirabel não precisou responder. Também sua garganta estava seca demais para falar qualquer coisa. Izabella continuou, andando em círculos. "Tudo estava perfeito. A família estava feliz, Abuela estava feliz, mas você tinha que entrar na história e ser você, não é?" Izabella tinha algo misturado em sua voz além da raiva, era algo como desgosto, mas não isso especificamente. Mirabel engoliu o que quer que pudesse alimentar aquilo. Ela tinha culpa, sabia disso, então engoliria os sapos necessários até que sua irmã (que ela já não sabia dizer se amava tanto assim, principalmente naquele momento) atingisse a calma. "Eu gostaria de poder dizer que não entendo, mas a verdade é que eu faço. Infelizmente, eu sei o quão invejosa você é, eu sei da raiva que você sente de mim e eu sempre soube que um dia você não aguentaria mais e explodiria o veneno que carrega, mas eu nunca, nunca, pensei que você pudesse chegar a este extremo. Você percebe o que fez com esta família?!" E isto foi um grito. Mirabel poderia ter se encolhido naquele momento, mas no momento em que sua mente captou as palavras de florista e com a forma em que elas foram ditas, Mirabel não sabia como se mover.

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