Depois da partida: já é tarde para um milagre?

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Ok, a verdade é que eu planejava postar este capítulo de tarde, mas só estou tendo acesso à internet agora. Uma hora da manhã.Tudo bem, antes tarde do que nunca, certo? Eu estava louca para postar logo este capítulo e por mais que eu não esteja realmente satisfeita com ele, estou postando mesmo assim. Estou editando alguns capítulos desta fic e também de outra fic minha do universo de Os Instrumentos Mortais, por isso é provável que algumas coisas mudem daqui para frente nos capítulos anteriores. Mas não agora. Agora vocês podem aproveitar esta atualização e comentar, se quiserem. 

Espero que gostem! XOXO....

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Mirabel apenas se lembrava de tentar dormir, mas de alguma forma sabia que não estava sonhando.


Primeiro estava escuro.

E então veio um brilho dourado. Uma luz na escuridão que a cegou temporariamente. Mirabel pôs a mão entre seus olhos e o ponto brilhante enquanto se acostumava com a nova luz. E demorou um pouco, mas foi só quando o brilho ficou suportável que ela finalmente conseguiu ver melhor.

Na verdade, não era apenas brilho, ou uma fonte de luz, mas era algo a mais. Era algo forte, algo... físico? Real? Tinha uma forma, mas ela não conseguiu entender. Magia? Ela não sabia como descrever, mas se viu encantada com aquilo.

Brilhou mais. Cresceu mais. E então saiu de seu repouso e começou a voar... Não, 'voar' é seco demais. - Começou a dançar pelo ar. Ao seu redor, flutuando como uma pena sem se preocupar com a leve brisa que a motivava, exceto que não havia nada para movimentá-la além de si mesma, e Mirabel se viu não apenas admirando, mas também se aproximando cada vez mais, feliz ao perceber que não fugia, mas parecia até pulsar extasiada com sua aproximação. Estendendo as mãos, mas com medo de tocar.

Mirabel foi transparente em suas reações, a maior parte delas sendo positiva sem pensar duas vezes, e a outra parte sendo surpresa e cautelosa. Não tinha calor como ela esperava, mas também não era frio. Era como se tivessem a mesma temperatura, em harmonia, ela sentiu uma felicidade repentina nascer quando o pequeno ser brilhou mais em conhecimento de sua alegria.

Mirabel sentiu uma força vir de dentro de si e foi como se a luz a abraçasse, mas ela sabia que não era isso. Era mútuo. Mirabel abraçou a luz e a luz a abraçou. A escuridão ainda estava os rodeando, mas não incomodou. Na verdade, foi um lembrete de algo que Mirabel não queria esquecer.


(...)

A noite não estava tão fria quanto temiam, pelo menos, mas também não foi necessário se preocupar tanto. Foi uma surpresa quando alguns dos moradores de Encanto ofereceram suas casas como moradias para a família Madrigal. Sem palavras, mas agradecidos, todos aceitaram, nenhum deles permitindo que Alma respondesse, afinal ela ainda estava silenciosa.

Não ficariam na mesma casa, obviamente. Eram pessoas demais para apenas uma família da vila abrigar, por isso os casados ficaram separados de seus filhos e irmãos de primos. Primeiro Isabella e Luiza ficaram juntas, então foi decidido que Camillo ficaria com seu irmão mais novo, e Dolores seria a única que ficaria sozinha naquela noite. 

Camillo pensou que seria bom para sua irmã não ter ninguém por perto, assim ela poderia desfrutar do silêncio. Mas então ele percebeu que ela não teria que se preocupar com o incômodo gerado por pequenos ruídos por muito tempo, provavelmente nunca teria esta preocupação. E nem Camillo teria que pensar quem ele poderia ser naquele dia ou qual a melhor opção de pessoa ele poderia ser. Foi um alívio, mas também tirou algo importante de dentro dele, e Camillo se sentiu vazio.

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