Depois da partida: dos mariposas.

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Se tem uma coisa que me incomoda é o quão sujo muitos escrevem o casal Mirabel e Camillo. Tipo, por quê?? Muita gente não entende, mas se apaixonar por seu primo não é um fetiche, mas um sentimento que não se tem controle! (pelo menos os casos que eu conheço.)

Sério, tudo bem retratarem este casal apenas como jovens e excitados, mas quando 80% das fics que eu encontro são tão absurdas e exatamente a mesma fórmula entendiante, eu tenho que desabafar! Sou só eu? Ou mais alguém pensa assim? E não é apenas com este ship, mas com muitos que amamos, principalmente casais poliamorosos (de novo, tratam apenas como um fetiche, tão irritante e ridículo).

Ah! E para quem quiser ir me dar uma força, eu estou escrevendo uma fic no universo do Senhor dos Anéis e o Hobbit!! Então, se alguém estiver interessado em ir me dar um apoio, podem ir no meu perfil e acessar lá, ok?? Eu fico muito grata!!


Mas enfim, mais um capítulo e espero que gostem! Estamos quase no fim!!

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Bruno nunca teve filhos, um pensamento até - infelizmente - inalcançável para ele, mas em seu coração ele carregava seus sobrinhos como seus filhos. Todos os seus sobrinhos e ele não se importava se alguém retribuía seu carinho, ele não mudaria.

Este pensamento, de casar e ter suas crianças, nunca tinha sido retribuído, porém, e ele não tem ninguém para culpar além de si mesmo.

Esta culpa, entretanto, estava lentamente se dissipando ao ter sua sobrinha Mirabel ao seu lado, o que a fez pensar que finalmente estava fazendo algo certo. A criança que ele amou tanto que implorou encontrar um jeito de tirar toda a sua dor de 'não ser especial' para si e fazê-la feliz. A criança que havia crescido e agora estava sorrindo para ele com tanta sinceridade e orgulho que só faziam seu coração inchar e doer ao mesmo tempo, encorajando o homem a enfrentar seus medos e inseguranças, prometendo estar do seu lado como ele não esteve quando ela mais precisou.


(...)


Reencontrar sua família foi... como respirar.

No momento em que ela viu sua mãe correr em sua direção com lágrimas correndo como uma torneira aberta debaixo de seus olhos, quando seu pai terminou a conversa que estava tendo com sua tia Pepa e correu como um louco para esmagar sua esposa que já esmagava Mirabel em seus braços, quando Luiza saiu da casa dos Fernández e se jogou contra o pequeno grupo, rapidamente caindo em lágrimas. Sua irmã beijava sua cabeça e acariciava freneticamente seus cachos, sendo uma surpresa que seu peso foi aguentado por seus pais, já que Mirabel era uma boneca de pano naquele momento. Então, a caçula não viu de onde Izabella surgira, apenas que sua irmã mais velha estava tremendo contra a imóvel Mirabel.

E foi como uma vela sendo acesa e pulsando dentro dela.

Mirabel desabou.

Sua família poderia estar melhor sem ela, mas ainda tinham como necessidade tê-la em suas vidas.

Sua falta era dolorosa. Mirabel podia sentir com cada fibra de seu ser enquanto sua família colidia com o alívio incomparável de ter a caçula de Julieta de volta. Foram minutos incontáveis ou apenas alguns segundos, não importava, pois, em algum momento, sua tia e Félix apoiaram Julieta e Agustín, enquanto sua avó tentava tirar Mirabel do sufoco que suas irmãs tinham colocado sobre ela. Não importava, Mirabel queria sentir os beijos de Luiza em sua cabeça, ela queria sentir a saudade que tinha devorado as duas quando lamentavam a falta de Mirabel. Mirabel queria mais, queria carinho e abraços e...

A Família MadrigalOnde histórias criam vida. Descubra agora