O seu futuro te condena - Supercorp

Capítulo 1 - Mamães

Lena e Kara estão sentadas na sala da casa que dividem há um ano, desde que se casaram em Midvale. Ansiosas e esperançosas aguardam o e-mail do laboratório que vai dizer se elas conseguiram ficar grávidas. Elas desejaram construir uma família juntas desde o início do namoro, que segundo opinião dos amigos e da família demorou demais para acontecer.

Kara queria muito reerguer a Casa de El, mas não sabia se isso seria possível biologicamente, Lena queria filhos, biológicos ou não. Alex queria a irmã e a cunhada felizes e realizadas e, por isso, se dedicou a estudar a ciência kriptoniana quando Kara falou de uma máquina de reprodução.

Juntas as três dedicaram-se um ano a pesquisar, recolher dados e testar aparelhos e mais aparelhos, até que conseguiram recriar a tal máquina com a ajuda de material recolhido pelo DEO nos últimos anos. Inclusive, os que Astra, Lilian e Rhea usaram para todo e qualquer fim que fosse a dominação do planeta.

- Amor, se não tiver dado certo, eu não quero que fiquemos tristes. Nós podemos construir nossa família de outras formas. – Disse a morena.

- Lena, com você do meu lado, eu não tenho como ficar triste. Eu, realmente, queria ter mais um kriptoniano me ajudando a te enlouquecer, eu queria levar o sangue da minha família a diante, mas se não funcionar, a gente adota um alienzinho lindo.

- Rao sabe que tem mais deles nos orfanatos do que nós gostaríamos. Além disso, nada impede que a gente adote, mesmo que eu esteja grávida. Não precisamos parar no primeiro filho, querida. – Lena responde.

Kara sorri largamente e beija a esposa com paixão. Elas terminam o beijo colando suas testas e respirando fundo. De repente, um portal se abre no meio da sala e elas gelam. Faz tempo que a Supergirl não enfrenta um vilão. Logo após a revelação pública sobre quem ela, realmente, era os ataques aumentaram. Entretanto, com zero sucesso dos vilões e criminosos menores. Assim, com o tempo, as tentativas diminuíram drasticamente.

Do outro lado do portal, um barulho agudo de algo eletrônico sendo ativado é ouvido e a figura de uma mulher desacordada atravessa-o, como se tivesse sido atirada por algo ou alguém muito forte. Antes que uma delas possa entender o que aconteceu, o portal se fecha.

Ao atravessar a sala de Lena e Kara, a mulher bate as costas na ilha da cozinha que divide os ambientes da casa e cai desacordada no chão. As duas se aproximam com rapidez, mas cautela. Kara usa a visão de raio-x e percebe que um dos braços da pessoa está quebrado.

- Lena, ela está com o braço quebrado. Vou ligar para Alex, fica em alerta para o caso dela acordar enquanto eu busco minha irmã. Tudo bem?

- Okay. Não demore. – Ela diz encarando a figura no chão. Ao observar a mulher, Lena sente o peito apertar e não é de medo. Ela decide tentar acordar a mesma e começa a chamá-la. – Oi. Acorda! Olhe para mim. Você não está em perigo. Abre os olhos.

A mulher começa a tentar abrir os olhos e Lena percebe. Então, encosta a mão no rosto dela tentando encontrar o olhar da outra e diz mais uma vez: - Está tudo bem. Fica tranquila. Você não está em perigo, nós vamos te ajudar.

- Mamãe - Diz a mulher.

Lena se assusta e só quando Kara coloca a mão nos seus ombros ela percebe que a loira e Alex já estão no apartamento.

- O que ela acabou de dizer? - A loira fala em um tom já desesperado.

- Ela chamou sua mulher de mãe. – Alex diz incrédula.

Lena encosta a mão no ombro da mulher e a mesma geme de dor.

- Ah! Cuidado, mamãe. Yeyu, tia Alex, me ajudem. O que está acontecendo?