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Enquanto corro pelo corredor do palácio, tentando não ser rápida o suficiente para não assustador quem passa, ouço os passos de Afonso atrás de mim

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Enquanto corro pelo corredor do palácio, tentando não ser rápida o suficiente para não assustador quem passa, ouço os passos de Afonso atrás de mim. O que estou fazendo? Nem eu sei porque estou correndo.

- CATARINA! - ele grita depois de tanto insistir em "alteza" e eu não o corresponder.

Todos os que passavam pelo corredor imediatamente se assustaram e ficarem parados com o olhar cauteloso. Eu, sem conseguir mover meus pés também fico paralisada. Sinto ele se aproximar devagar, e então para diante de mim, me olhando com irritação visível em seus olhos.

- Nunca precisei gritar no meu palácio, nunca precisei alterar meu tom de voz com uma sequer pessoa. - diz, com a raiva crescendo casa vez mais. - Nunca precisei gritar para ser ouvido.

Ainda atômica, não consigo pronunciar uma sequer palavra.

- Está me escutando, Catarina? - mesmo que seu tom de voz esteja mais controlado, ele é cheio de irritação e me faz ter um sobressalto. - Não achei que fosse possível você não conseguir formar uma frase.

- Eu... - não posso gaguejar agora, não posso falhar.

Todos estão nos encarando, como se estivéssemos fazendo um show para a plateia. Me sinto constrangida, irritada, envergonhada, e exposta. Como se não fosse o suficiente, consigo ver Eleanor se aproximar dos outros no corredor, ela nos encara sem expressar nenhuma emoção e isso me faz querer desferir um tapa na cara de Afonso. Ele me expor, gritar comigo, e agir como se tivesse algum controle sobre mim me faz querer lhe desferir um tapa. O que eu estava pensando? Sou Catarina de Lurton! Eu não sou uma princesa indefesa. Como se tivesse voltado a realidade, meu sangue começa a ferver e o encaro com hostilidade.

- Porque gritou comigo? - pergunto, baixo para que somente nós dois possamos ouvir.

- Porque saiu daquele quarto como um gato acuado? - rebate.

- Não grite mais comigo, não é meu rei e eu não lhe devo satisfação. - digo alto o suficiente para que todos ouvissem, deixando claro que não me intimido com o príncipe. - Mas, se quer mesmo saber, vá até meu quarto.

Posso ver o brilho de curiosidade nos olhos de todos e os burburinhos especulativos. Mas, o que me deixa mais satisfeita é o olhar inquieto de Eleanor, como ela nos encara incrédula de seu amado aceitará meu convite.

Ele me encara, e faço mesmo sustentando meu olhar. Afonso parece decidir se irá comigo ou não, e ao final assente e pede com um sinal para ir na frente. Enquanto caminho com elegância sorrindo para todos como se não tivéssemos acabo de lhes proporcionar um atrito, me sinto uma vencedora ao fincar meu olhar em Eleanor. Não me importo se ela tem seu coração, ele irá se curvar diante de mim e declarar "Deus salve a rainha" antes que ela pense e quando isso acontecer, farei questão que ela esteja lá.

- Gostou da cena que contracenou? - ele questiona, escorado na porta de meu quarto, distante de mim enquanto estou sentada na minha poltrona acompanhada de Annabeth.

O peso da coroaOnde histórias criam vida. Descubra agora