16

104 9 4
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.




Nunca e jamais me entregarei a você, não até que você se ajoelhe e se humilhe a mim. — ele lembra o que disse há algumas semanas atrás, como um golpe — Pensei que era um homem repulsivo para vossa alteza, devo admitir.

Sorrio, com sarcasmo.

— Fez mais que se ajoelhar a mim, eu sei reconhecer e honrar um homem digno de meu respeito. — rebato, com os olhos fixos nos de Afonso.

— Então se contradiz? — questiona, erguendo as sobrancelhas.

— Sou honesta comigo mesma. — rebato, convicta. — E se isso é voltar atrás na minha palavra... Então.

Deixamos nossa refeição e parece que estamos prestes a começar uma reunião de tratados.

— Catarina... — ele se demora ao pronunciar meu nome, como se gostasse dele e não quisesse deixar o pronunciar tão rápido. — Isso é um jogo perigoso.

— Você me disse que seu limite era Montemor, e quando ultrapassei ele e o ameacei, não demorou até que você fosse ao meu quarto.

Touché!

— O que quer dizer com isso? — indaga, após um período longo de silêncio. — Que sou um homem sem palavras?

— Que é um homem que sabe honrar uma mulher digna de seu respeito.

— Você é tão manipuladora! — parece encantado com tal característica, apesar de me acusar.

Mas ele não poderia estar mais certo. Eu uso minhas e suas palavras ao meu favor, fazendo com que ele fique encurralado.

— E você é tão... — me perco nas palavras ao me deparar com um das minhas damas correndo em direção o palácio.

Annabeth vinha da cozinha, e correu pelas portas detrás da mesma. Ela parece triste, tenta secar as lágrimas enquanto corre para dentro.

— Perdoe-me, alteza, preciso encerrar nosso almoço. — digo me levantando e encarando a direção de onde Annabeth vinha.

Afonso parece confuso e um pouco atordoada com meu comportamento. Ele me encara e logo depois segue meu olhar, junto a mim se levantando e pedindo aos servos para retirar a mesa posta.

— O que houve, Catarina?

— Annabeth.

— Sua dama. — concluí, ainda sem entender.

— Preciso saber o que aconteceu com ela.

— Honestamente eu não sabia que se importava tanto com suas damas. — diz, sem malícia em seu tom de voz.

Não está me acusando ou sendo grotesco, está apenas curioso e surpreso.

— Posso não demonstrar tão bem, alteza, mas muitas coisas tem importância para mim. — digo, deixando claro o sentido das palavras.

O peso da coroaOnde histórias criam vida. Descubra agora