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Eu tomarei seu coração para mim e farei com que você você deseje o meu

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Eu tomarei seu coração para mim e farei com que você você deseje o meu... E o príncipe não teve reação a minha resposta. Durante toda noite após o baile, essa frase ressoou em meus ouvidos. E eu falei com tanta convicção que me deixou assustada, pois não sei como tomar o coração de um homem, e nem ao menos conquista-lo. Como farei isso? Sou boa com palavras, artimanhas, raciocínio, política, mas sou péssima com amor. Não sei nem ao menos o que isso significa, como fazer alguém se apaixonar por mim.

- Então quer dizer que a alteza deseja uma criada como sua dama de companhia? - questionou a rainha, de modo intimidante em toda sua majestade, friez e autoritarismo.

Ela tem cabelos loiros, mas já não possuem vida. Como se tudo nela estivesse desgastado e cansado demais. Porém, seus olhos são a única exceção. Eles tem vida, e parecem atingir como um objeto cortante caso sejam encarados por muito tempo. A Rainha passa uma imagem aterrorizante, e não de alguém que eu deveria temer. O que acho que não é o sentimento que uma soberana deve passar aos seus súditos. Entretanto, a respeito como uma mulher que vive numa corte que aparentemente detesta mulheres, ainda mais mulheres com algum direito ao poder e ao reino. Acredito que ela ousou fazer-se amendrontadora, caso contrário já teria sido morta, exilada, ou trocada. Pois esse é o fim de qualquer uma que resolver apenas ser uma boa rainha. Por isso, ela me parece ser a rainha má. E eu até gosto disso.

- Dúvida das minhas escolhas, princesa? - indaga, comedida.

Mas seu olhar mordaz está interessado na minha resposta, é sua forma de saber de quem se tratada a tal princesa do gelo.

- De modo algum, majestade. - digo, como se fosse um de seus súditos diriam. Com total reverência e respeito, porém com submissão moderada. - Mas concorda comigo que alguém de confiança não se encaixa em moças de quinze anos que estão apenas preocupadas com saraus, bailes, libertinos ou futuros maridos. Preciso de alguém que seja meu olhos e ouvidos e que principalmente me inspire confiança.

Tento ser o mais ponderada possível, afinal nós duas sabemos do que isso se trata. Ela designou essas moças para que eu esteja sob seus controles, e eu as estou rejeitando porque não quero ser controlada por ninguém, e porque afinal de contas sou minha própria soberana.

- Como pode confiar em alguém que mal conhece, alteza?

Sorrio de lado, e então a encaro como o meu olhar gélido. Já posso ser considerada rainha de Artena, mas infelizmente aqui em Montemor não terei esse tratamento. Entretanto, sei assim como a rainha Ellis, agir como uma majestade e lhe mostrarei.

- Confia em Eleanor, majestade?

Touché!

Seu semblante triunfante se desfaz dando lugar a uma expressão de culpa.

- Sejamos sinceras como duas mulheres que tem seu valor na corte, a senhora a mandou de propósito. - declaro, sem ressalvas e a encaro esperando alguma resposta, porém não recebo nenhuma. - Sabia que eu descobriria e a mandou com esse intuito, como um peão em uma jogada perfeitamente manipulada. Não a julgo, eu recebi o recado.

O peso da coroaOnde histórias criam vida. Descubra agora