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As meninas sabem, de alguma forma; elas sabem assim que Gabriela entra no vestiário na manhã seguinte. Roberta olha para Natália, que olha para Thaisa, que olha para Gabi, e de repente todas estão gritando e abraçando ela (ou apenas abraçando, no caso de Roberta), e arrastando-a para o corredor, sob os olhos curiosas de suas espectadoras companheiras de equipe.

— Natália, meu Deus, sai de cima de mim... — Gabi geme, tentando se livrar do aperto que Nati tem em volta de seu pescoço.

— Você fez isso! — Nati declara, em silêncio, assim que a porta do vestiário bate atrás delas.

— Fiz o que? — Gabi diz inocentemente, mas não pôde evitar o sorriso gigante que se espalha por seu rosto.

A gritaria começa novamente.

Quando elas finalmente se acalmam, Thaisa sorri. — Espero que você não corra mal no treino hoje.

Natália lança um olhar estranho para Thaisa. — Espere, por que correia mal no treino?

— Nati... — Os olhos de Thaisa se arregalam e ela solta uma risada incrédula. — Você realmente precisa que eu lhe ensine sobre de onde vem os bebês?

— Os bebês... — Nati se interrompe com um grito. — Thaisa! Acorda, eu estava perguntando da Gabs se ela pediu a Sheilla em namoro!

— Oh?! — Thaisa olha para Gabi, os olhos arregalados, mortificados. — Oh - era disso que estávamos falando? Merda, Gabizinha, pensei que estávamos falando sobre... você sabe.

— Eu também pensei que estávamos falando sobre, você sabe... — Roberta diz.

Três pares de olhos exigentes se voltam para Gabriela para obter esclarecimentos.

Só então, Carolana e Kisy emergem do vestiário e lançam olhares curiosos para elas. Soltando um suspiro de alívio, ignorando os rostos esperançosos e amuados de suas amigas, Gabriela aproveita a distração e passa pela porta para a segurança do vestiário.

Mas então ela desaba, e ela pega seu telefone e envia mensagens de texto para elas:

{Gabizinha}: Todas as opções acima.

Gabi pode ouvir seus gritos através da porta, e isso a faz rir mais forte do que ela ria há algum tempo.

Gabriela voa como um meteoro durante todo treino; ela voa como se tivesse asas nos pés. Ela não consegue tirar o sorriso do rosto.

(Ela espera que não esteja correndo estranho. Suas coxas estão um pouco doloridas. Ela também está vivendo com poucas horas de sono real.)

Mas mesmo que esteja muito frio, ela mal consegue sentir. Gabriela se sente tão feliz, ela está flutuando.

A noite passada foi o melhor sexo que Gabriela já teve, em sua vida, de longe, disparado.

E provavelmente é porque, pela primeira vez em muito tempo, isso realmente significou algo para ela. Porque, pela primeira vez, ela não estava tentando fugir de algo, mas sim correr em direção a algo, ou alguém, ela. Ou talvez seja porque ela esteja um pouco apaixonada.

(Oh, mas também é definitivamente por causa das muitas, muitas maneiras que Sheilla pode se dobrar.)

Ela sente um arrepio percorrer seu corpo, apenas relembrando algumas das muitas formas criativas que-

— Gabi! — Ela ouve Roberta gritar com ela, quando o levantamento foi feito. Isso a tira de seu devaneio. Corando, ela se recompõe bem a tempo de atacar a bola numa diagonal curta, ao som dos aplausos de suas companheiras de equipe.

Like Grey Skies | SHEIBIOnde histórias criam vida. Descubra agora