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Gabriela acorda com o som da água correndo no banheiro. Ela tateia com uma mão mole e meio adormecida nos lençóis ao lado dela, meio esperando agarrar Sheilla ali, mas só encontrando uma pilha de cobertores vazios. Descontente, ela abre e aperta os olhos ao redor, assim que Sheilla está saindo do banheiro, já vestida com um sutiã esportivo preto e leggings.

— Ei. — Gabriela tenta dizer, mas o som que sai de sua boca é pouco mais que um gemido rouco.

Sheilla sorri, circulando ao redor da cama para se deitar no lado onde Gabriela está ocupada se enrolando nos cobertores como um burrito.

— Você é fofa quando está meia adormecida assim.

Gabriela acorda um pouquinho mais. Ela aperta os olhos para Sheilla, brilhando na luz pálida da manhã.  — Gata, hein?

O sorriso de Sheilla cresce. — Você gosta do que vê?

Gabriela se aconchega de volta nos cobertores. — Eu adoro, na verdade.

Sheilla se inclina para dar um beijo suave na testa de Gabriela. — Volte a dormir, querida. Eu só vou fazer um pouco de ioga.

Com a sensação do beijo de Sheilla percorrendo a superfície de sua pele e o cheiro dela ao seu redor, Gabriela fica mais do que feliz em atender.

Uma hora depois, Gabriela entra na cozinha descalça, esfregando o rosto nas mãos. Seus olhos se arregalam quando ela vira o corredor e vê Sheilla na sala, em uma posição de cachorro para baixo.

Puta merda, não posso acreditar que tenho a sorte de ser a namorada de Sheilla Castro.

Em um torpor meio adormecido, incapaz de tirar os olhos da bunda de Sheilla, Gabriela pega uma caneca, depois o bule de café. Ela olha para Sheilla enquanto despeja um fluxo constante na caneca, e-

Ai!

Gabriela grita e puxa a mão de volta de onde estava descansando no balcão. Ela olha para baixo. A caneca estava de cabeça para baixo. Ela tinha acabado de derramar café quente no fundo de uma caneca, no balcão, na mão.

Sheilla se vira para olhar em sua direção. — Você está bem?

— Hmm... sim. — Gabriela procura uma toalha de papel, de repente bem acordado. — Eu... uh... eu não olhei bem a posição a caneca.

Sheilla sorri. — Isso é o que você ganha por bisbilhotar.

— Uma pequena queimadura de café por essa vista de manhã? — Gabriela retruca, incapaz de parar o sorriso correspondente rastejando em seu rosto. — Pequeno preço a pagar.

Ela adora como é fácil fazer aquele pequeno rubor subir nas bochechas de Sheilla. Como é fácil fazer Sheilla sorrir. O sorriso permanece em seu rosto durante todo o café da manhã, enquanto elas bebem seus cafés e comem sua torrada de abacate lado a lado na cozinha.

— Eu deveria comprar alguns bancos — diz Sheilla distraidamente. — Eu costumo comer na minha mesa, mas isso é meio juvenil de qualquer maneira, e agora que você está aqui todas as manhãs...

O sorriso no rosto de Sheilla fica um pouco tímido.

— Sim, nós poderíamos ir comprar móveis. — Gabriela sugere, suas entranhas aquecendo com o pensamento de quão doméstico isso soa. — Este fim de semana?

— Pode ser. — Sheilla coloca o último pedaço de torrada na boca e desliza o prato e a caneca na máquina de lavar louça. — Você tem treino esta manhã, certo?

— Sim. — Gabriela confirma, derrubando os últimos restos de seu café em sua boca. — E eu também tenho minha primeira consulta com o terapeuta esta tarde.

Like Grey Skies | SHEIBIOnde histórias criam vida. Descubra agora