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Gabriela está nervosa sem Sheilla no apartamento.

Ela está nervosa pensando em Sheilla lá fora esta noite, presa sozinha com sua ansiedade e dúvidas, apesar da multidão movimentada ao seu redor, lidando com Guidetti.

Ela leva Noah para uma longa caminhada, até que a chuva começa a cair em gotas grossas e pesadas ao redor dela, e então volta para o apartamento quente e brilhante e manda uma mensagem para Aninha: ​​

[Gabi]:
Ei, Aninha! Desculpa desligar rápido hoje mais cedo. Como está indo essa noite? Sheilla está aguentando firme?

[Aninha]:
😕
Noite difícil. Que bom que ela vai ter você quando chegar.

Gabriela está apenas resistindo à vontade de vestir o casaco e ir atrás de Sheilla, que se danem as regras dos bastidores, então seu telefone acende com outra mensagem de Aninha.

[Aninha]:
Está pronto?

Gabriela morde o lábio. 

[Gabi]:
Você acha que eu deveria dar a ela esta noite?

[Aninha]:
Acho que vai ser bom para ela esta noite.

[Gabi]:
Ok, vou terminar agora.

Xingando baixinho, Gabriela verifica a hora. Ela tem duas horas, o que deve ser bastante, honestamente, se tudo correr bem. Ela coloca Hozier em um volume ensurdecedor, acende todas as luzes do apartamento e começa a trabalhar.

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Ela está sentada de pernas cruzadas na cama, com os olhos secos e dedos doloridos, dando os retoques finais no pequeno pacote embrulhado em papel de seda branco no colo, quando ouve a porta se abrir. Rapidamente, ela se inclina e coloca o pacote na mesa de cabeceira, escondida atrás do outro lado da cama. No momento em que ela está se endireitando, tentando parecer inocente e discreta, Sheilla entra no apartamento. Gabriela ouve o baque de sacolas caindo no chão, depois o som de sapatos sendo chutados, depois um tamborilar de pés. Ela olha para cima para ver Sheilla, ainda em seu sobretudo bufante, correndo até a cama. Ela mal se senta e estende os braços a tempo antes de Sheilla se lançar, com casaco e tudo, no abraço de Gabriela.

Gabriela enfia o nariz na curva do pescoço de Sheilla, pressionando os lábios em sua pele macia, nem mesmo se importando que a chuva no casaco de Sheilla esteja se infiltrando lentamente em sua camiseta branca e deixando gotas geladas em seus braços. — Ei, — ela murmura, escovando o cabelo de Sheilla atrás das orelhas suavemente.  — Como foi hoje, vida?

Sheilla apenas geme. Ela se senta, tira o casaco – ela está vestindo nada além de um collant preto por baixo – o joga no chão e, em seguida, prontamente se enterra em Gabriela novamente, como se estivesse desesperadamente ansiosa para conectar o máximo de seus corpos o mais humanamente possível.

Gabriela suspira, dá beijos no cabelo de Sheilla, acaricia padrões indistinguíveis em seus ombros nus. — Está tudo bem não estar bem, — diz ela.

Sheilla não diz nada, e tudo bem também.

— Estou feliz que você esteja aqui agora. — Gabriela deixa sua voz vagar, calmante e distraída, dizendo o que quer que venha à mente. — Senti a sua falta. Nenhum lugar parece mais casa sem você, sabe? É estranho dizer isso? Eu estava com ciúmes de todas as crianças na platéia esta noite. Todos que te viram dançar pela primeira vez. Não tem nada igual, sabe? Esse tipo de mágica que você pode criar, eu meio que gostaria de poder voltar e reviver aquela primeira apresentação várias vezes.

Like Grey Skies | SHEIBIOnde histórias criam vida. Descubra agora