capítulo 02

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Hoje, o dia amanheceu mais bonito, ou talvez seja apenas eu empolgada para o primeiro dia de aula. Eu oficialmente sou uma estudante do ensino médio; nem acredito que finalmente vou para o primeiro ano.

Prendo meus cachos e desço pulando para a sala. Logo vejo Deby e Lipe na mesa. Minha irmã provavelmente está falando de Vinnie. Todo dia é isso.

—  Bom dia, seus lindos! —  Sentou-me ao lado de Lipe e lhe dou um beijo. — Bom dia, Deby.

— Bom dia, só se for para você!— diz Deby, ajeitando seu exagerado decote. Ela nunca muda.

— Animada, Ray?—  Lipe bagunça meus cabelos.

— Sim, mal posso esperar!—  digo, bebendo a última gota do meu leite. — Vamos logo, então, Lipe? Quero encontrar Charlie e Noah.

Lipe concorda com a cabeça. Eu, ele e Deby entramos no carro. Meu irmão tem 18 anos e já está quase terminando os estudos. Não demorou muito e chegamos na escola.

Logo avisto Noah e Charlie e corro na direção deles.

— Oi!

— Oi, meu pau! Cadê o 'oi, Noah, amor da minha vida?

— Não força, Noah; todo mundo sabe que o amor da Raissa sou eu.— Ela pisca para ele e me abraça.

— Ok, Charlie, eu não tenho chances contra você.

— Definitivamente, eu amo vocês!

— A gente também te ama, gata." Ele me abraça.

— Sem querer atrapalhar essa merda aqui, mas vocês estão na minha frente.— Uma Deby impaciente diz. Minha irmã é tão chata.

— Passa, Fiona.—  Noah diz, abrindo passagem.

Ela mostra o dedo para ele e sai rebolando.

— Você não deveria provocá-la. — Digo rindo.

— Ela deveria ser uma irmã melhor.—  Concordo.

— Vamos logo entrar; hoje tem aula da Marcelina, vulgo sapona.— Falo, me referindo à professora de português.

Depois de três testes surpresa de matemática, Charlie, eu e Noah estávamos mais que cansados. Hoje não foi um primeiro dia de aula fácil.

— Você tá sabendo?" Charlie me cutuca.

"Não, o quê? Você superou meu irmão?" Digo rindo.

"Charlie, desde sempre foi apaixonada por ele."

"Muito engraçado, mas não; continuo apaixonada por ele, cunhadinha." É sobre Vinnie.

Sinto um incômodo. Não gosto de falar sobre Vinnie.

"Não, e nem quero." Faço pouco caso.

"Mas eu queria saber, sim."

"Mesmo assim. Você não tava sabendo? Ele foi preso; matou um homem."

No mesmo momento, olho para ela assustada.

"Ok, eu sabia que Vinnie andava com gente errada e até passava 24 horas do seu dia usando drogas, agora matar? Oh, isso é demais."

"Isso não pode ser verdade. Tipo, ele não teria coragem, certo?" Rio de nervosa.

"Bem, Ray, eu não sei. Você sabe que ele mudou muito; então não posso afirmar nada. E você, cuidado; quem garante que ele não vai te matar também? Motivos é que não falta, já que vocês se amam." Charlie ri alto, como se tivesse contado uma piada.

Apenas pego minhas coisas e me levanto. Eu tinha que entender que Vinnie havia crescido e não era aquela criança de antes.

Ando pelos corredores com atenção; eu só queria chegar em casa. Mas então dou de cara com algum idiota - na verdade, o idiota. Vinnie Hacker estava na minha frente com uma cara de poucos amigos.

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