capítulo 09

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Eu lembro muito bem quando a vi pela primeira vez

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Eu lembro muito bem quando a vi pela primeira vez.
Com 8 anos minha família se mudou, indo morar ao lado da casa dos Eubanks. Acabei fazendo amizade com Felipe, eu e ele compartilhamos um sentimento em comum: Um ódio pelos nossos familiares. Felipe tinha um pai alcoólatra que muita vezes o maltratava, e eu tinha o meu padrasto, o merdinha do meu padrasto.
Tudo seguia normalmente até que o pai de Felipe decidiu adotar uma criança, uma menina de cabelos cacheados. Quando eu a vi pela primeira vez o mundo todo pareceu estranho, eu queria proteger para sempre a menininha de cinco anos. E foi isso que eu fiz por alguns anos, até as coisas começarem a mudar.
Eu tinha 14 anos quando percebi minha atração por ela. Me sentir a porra de um pervertido, mas eu não podia evitar de ficar duro quando os biquinhos do seus seios roçaram minha camisa. Não podia evitar de pensar em como seria beijar seus lábios até ela ficar sem fôlego, eu pensava em tantas coisas que podia fazer com ela. Mas porra, ela só tinha 12 anos, e mesmo assim esses pensamentos não saiam da minha cabeça.
O problema foi quando o merda do meu padrasto começou a olhar estranho pra ela. Ele a queria, eu sabia disso, mas porra ninguém iria tocar na minha garota, ninguém. Eu odiava cada olhar que ele a direcionava, odiava cada vez que ele tentava ficar sozinho com ela, eu tinha nojo dele. Em todos esses anos nunca a toquei de forma maldosa, sempre esperava ela me abraçar, ela me beijar, a atitude sempre vinha dela primeiro.
A única forma de proteger ela dele foi  me afastar. Aos poucos deixei de falar com ela, não ia na sua casa contar histórias e nem dormir na sua cama de ursinhos. E então disse a mamãe para nós mudarmos de casa, foi difícil essa decisão mas era o melhor a se fazer.
O tempo foi passando e eu fui fazendo a vida dela um inferno, queria que ela me odiasse, eu a odiava por não ter pedido para eu ficar. Fiz de tudo e ela continuava nos meus pensamentos, comi garotas, até a irmã dela eu peguei, mas nada tirou aquela diaba da minha cabeça.
Eu sabia que algo me ligava a Raíssa e que ela era minha, sempre foi e sempre será.

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