Fico olhando da janela do quarto o entra e sai das pessoas.
Nunca tinha visto tanta gente aqui em casa como hoje. Vários amigos do meu irmão vieram se despedir dele, e no fundo, sei que felipe vai sentir falta desses idiotas. Alguns amigos da gangue de vinnie também vieram. ninguém veio se despedir de mim. Os únicos amigos que eu tinha era charlie e noah, ambos me traíram.
De qualquer forma eu não preciso que alguém venha se despedir. Ou, talvez eu precisasse.Saio da janela e vou até a sala, alguém tem que me ajudar com as malas. Não coloquei muita coisa, apenas algumas blusas de frios, livros, vestidos e umas coisas da minha mãe.
A sala estava lotada, se fosse em outra circunstância eu teria matado meu irmão. Ao longe vejo a mãe de vinnie escorada na parede. Automaticamente passa um filme na minha cabeça, como eu queria ter esquecido aquilo. Acho que ainda não surtei graças aos remédios, mas não posso viver drogada o tempo todo. Não estou literalmente drogada, eu diria que estou controlando minhas emoções. Os remédios me deram até animação, finalizei meus cachos e hidratetei minha pele. Não quero admitir mas fiz isso para agradar vinnie. Será que ele vai notar? Quero que ele goste de mim. Éramos melhores amigos na infância, quem sabe não podemos continuar sendo.Coincidência ou não, dou de cara com um abdômen forte que quase me fez cair no chão.
— por que você nunca olha por onde anda? — Vinnie pergunta, enquanto ainda segurava minha cintura. Seu aperto na minha cintura é firme, por algum motivo isso causa uma sensação estranha em mim.
— Eu.. — Fico completamente sem reação.
Não posso falar a verdade, ele vai me odiar ainda mais. Tenho que fingir que não sei de nada e quem sabe tentar fazer ele me odiar menos. Mas é tão difícil. Eu só queria dar um abraço apertado nele e dizer que eu sinto muito.— Eu estava procurando o meu irmão — Afasto sua mão da minha cintura.
— ele foi colocar as últimas malas no carro. Vamos embora em breve, cadê suas malas?
— estão lá em em cima. Vou pegar elas— quando estou preste a sair ele segura meu braço. Ele sempre faz isso.
— Como se você pudesse com elas, sua idiota. Vá para o carro que eu vou buscá-las. — Ele me empurra na direção oposta do quarto.
— certo. — Fico parada vendo ele subir as escadas. Sua camiseta branca combinava com a jaqueta preta, seus cabelos loiros como sempre bagunçados. Ele é lindo, admito.Os móveis e alguns pertences nossos foram no caminhão. Meus irmãos, eu e vinnie fomos no carro.
— não vai entrar Raissa? — felipe pergunta. Não tinha percebido que estava parada de frente do carro.
— vou, eu só estava pensando que vou sentir falta desse lugar — solto um suspiro enquanto olho o horizonte.Meu irmão se põe ao meu lado.
— sei que é difícil ter que abandonar tudo e ir embora, mas esse lugar faz parte de algo que precisamos esquecer. Quem sabe um dia não voltamos, certo?
— É, um dia eu vou voltar. — Ele sorri, e juntos entramos no carro.Vinnie ficou no banco de trás comigo e Débora no da frente com o meu irmão. Uma ótima oportunidade para conversar mais com ele.
— Não devia fumar tanto — digo, tentando puxar assunto.
— você não devia falar tanto — ele responde, assoprando a fumaça no meu rosto. Idiota.
— Já estão todos nós seus lugares? Vou ligar o carro — meu irmão avisa.
— sim — respondo. E assim ele da partida.Me aproximo mais de vinnie.
— vai sentir falta daqui? — pergunto.
— não. Odeio esse lugar de merda. espero que nessa nova cidade tenha ao menos vadias bonitas. — Ele sorri. O olho horrorizada, como ele pode falar algo assim?
— Como você pode dizer algo assim?— me afastei dele.
— não tenho culpa se você não é sexualmente ativa — Ele pisca o olho.
— você não sabe da minha vida.
— sei o suficiente pra saber que você é uma virgenzinha.
— Você é um babaca. — tento ficar ainda mais longe dele.
— você vai acabar caindo, venha pra perto porra — ele me puxa para o seu lado.
— pare de falar coisas idiotas então.
— Não falei nenhuma mentira — ele traga o cigarro.
— vou namorar um dia, sabia? Não vou ser assim pra sempre.
— Você já tá me tirando do sério com esse assunto, porra — Ele rosna. Sua mão se fecha em um soco, ele ficou irritado?
— não precisa ficar com raiva, você que começou.
— vocês dois vão ficar resmungando mesmo? — meu irmão pergunta. Olho pelo espelho retrovisor e vejo a expressão de ódio da minha irmã e engulo em seco.
— Desculpa — Sussurro
— você devia está pedindo desculpas pra mim, diabinha dos infernos — ele rosna.Faço algo que nunca imaginei na vida.
— Desculpa, Vicent. — Abaixo minha cabeça logo em seguida. Não acredito que eu disse isso.
— Você tá bem, porra? — Suas mãos tocam os dois lados das minhas bochechas — Levou alguma pancada na cabeça ou algo do tipo? — Ele esfrega meu rosto.
— Tá, tá, para com isso ok. Eu estou bem — Empurro suas mãos — só queria que havesse menos briga entre nós.
— Impossível. — Gargalha.
— Por qual motivo? — pergunto, ofendida. Eu sou uma pessoa extremamente fácil de conviver. Assim eu penso.
— você me irrita. Não consigo ficar perto de você sem querer arrancar seus cabelos. Isso é o suficiente? Não tente nenhum tipo de aproximação, estou falando sério. — Seu olhar sobre mim é duro e ríspido. Eu realmente quero chorar agora.
— Qual o problema? Você vive me provocando e isso é um tipo de aproximação sabia? — Digo. Mas antes que ele possa responder qualquer coisa, felipe liga a rádio. Isso faz com que ele fique em silêncio assim como eu.
Encosto minha cabeça no vidro do carro enquanto admiro a paisagem. Eu realmente queria que você gostasse de mim. Será que sou tão irrintamente assim?
Meu corpo adormece.
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Inimigo Mortal
RomansaEntre amor e ódio vivem Raissa e Vinnie. Uma paixão quente e avassaladora. Um clichê com uma pintada de dark Romance. Se você leitor (a) gosta de uma história nada convencional e fora dos padrões, lhe convido a embarcar nessa aventura, onde o corre...