Olho para a loira na minha frente. Seus pés balançam de um lado para o outro, indicando que ela está nervosa. Afinal, não é costume eu querer ter uma conversa com ela.
Sempre fui ótimo quando se tratava de fingir que essa diaba não existia. Foram anos fazendo isso. Ela me odeia e eu sei disso, uma parte minha meio que a odeia também."Ela nunca vai ser sua "
"ela não foi feita para você"
"Você destrói tudo o que toca "era o que o meu padrasto dizia, e por um lado ele tinha razão. Eu destruo tudo o que toco.
— você disse que queria falar comigo... — ela falar em um sussurro. Sei que sua vontade é correr para o quarto e chorar por aquele filho da puta. Sinto um ódio subindo nas veias. Eu sou o único que posso fazer ela chorar.
— sim, eu disse. — pego meu cigarro do bolso e acendo — mas estou esperando seus irmãos.
— o que Felipe e deby tem haver com a nossa conversa? — sua expressão muda de triste para confusa.
— tudo haver, diabinha.
— faz anos que eu não escuto você me chamando assim... — sinto seus olhos em mim agora. Ela tinha razão. Não a chamo assim a muito tempo.
— eu sei. Não gosta desse nome? — me aproximo e sento ao seu lado no sofá.
Sinto sua respiração acelerando e vejo o suor escorrer de seus cabelos.Eu ainda tenho o mesmo efeito sobre ela.
— não, eu não gosto. É um apelido muito.....
— sexy? — a interrompi.
Me aproximo mais dela fazendo nossas coxas encostarem.
— oportuno. E você está muito perto. — ela se afasta.
Sorrio de lado pela sua reação.
— não me mande ficar longe — coloco meus braços ao seu redor, ficando ainda mais perto dela, a encurralando com o meu corpo. Sua respiração bater em meu pescoço.
meu pau dar pontadas por sentir ela tão perto. Olho para sua farda e vejo o bico de seus peitos durinhos.
Como eu queria chupar esses peitos até eles ficarem marcados pela minha boca.
— lembra quando você tinha 14 anos? — pergunto, mordendo o lóbulo de sua orelha. Lembro do dia em que raissa fez uma declaração muito excitante para mim, e quase me fez a foder no chão do seu quarto quando ela tinha apenas 14 anos
— vá para o inferno — ela diz ao sentir minha boca na sua orelha.
Ela tenta me empurrar mas é em vão.
— lembra, porra? — aperto seu pescoço levemente. — eu sei que você lembra Raissa.
— não, eu não lembro Vinnie. — ela diz entre dentes.
— então talvez eu devesse te lembrar — tiro minhas mãos de seu pescoço e desço para sua cintura. Dou um aperto forte no local o que faz ela soltar um gemido.
— tão frágil.... Eu poderia rasgar você ao meio apenas com um aperto, sabia?— digo baixo em seu ouvido. Suas mãos apertam o sofá com força, mostrando sua raiva.
— então faça isso. Assim eu posso ter paz e ficar bem longe de você, seu babaca! — ela tira minhas mãos de sua cintura com um empurram brusco.Diabinha dos infernos.
— não se preocupe diabinha. Irei rasgar você ao meio com o meu pau, e você vai amar cada segundo. — puxo seu queixo com força, trazendo seu olhar para o meu — vou me enfiar tão fundo dentro dessa boceta que você irá ficar sentindo meu pau por dias.
— você nunca vai encostar um dedo em mim. Eu prefiro fazer sexo com mil homens do que com você, imbecil.— seus olhos se enchem de ódio.Prefiro fazer sexo com mil homens do que com você.
Ela não disse isso.
Sinto minhas veias do pescoço soltarem.
Como eu queria bater nessa bunda até ficar em carne viva.— então sinto muito em lhe dizer; mas você vai morrer sendo uma virgem de merda. Se eu não tocar no seu corpo ninguém mais toca.
— você me odeia. Devo te lembrar disso? Meu corpo não devia ser tão importante assim para você. — solto uma risada forçada.
— você não sabe de nada, Raissa. — digo, com rancor presente na voz.
— então me diga, Vinnie. O que eu te fiz? — ela me encarar com um olhar desafiador.
Não respondo nada. Apenas devolvo o olhar na mesma intensidade. Só as nossas respirações ofegantes podia ser ouvidas na sala. Eu e ela travamos uma briga de olhares.
Olhares de ódio de ambas as partes.— já estão brigando? — levantamos a cabeça em sintonia na direção da voz. Felipe nós encara, e do seu lado está deby fazendo o mesmo.
— não. — ela diz me empurrando logo em seguida — só estávamos conversando. — completa
— é, só estávamos conversando.— lanço um olhar debochado.
— agora podem me explicar o que está acontecendo? — ela pergunta.
— mandei Vinnie te trazer aqui. Precisamos conversar Raissa, é muito sério. — Felipe se senta no sofá passando as mãos pelo o cabelo. Sinto pena do meu amigo, não vai ser fácil contar isso para Raissa. A minha diabinha vai ficar arrasada.
— aí meu deus Felipe, o que aconteceu? Você está bem maninho? — ela se agacha na frente do irmão tirando suas mãos do rosto. Observo tudo de longe, sentado no sofá.
— é sobre nossos pais — ele levanta a cabeça — algo grave aconteceu.
— o que aconteceu Felipe? Por favor, me conte logo. — suas palavras soam em desespero. E pela segunda vez no dia ela está chorando e eu não sou a causa do seu choro.
Eu sou o único que posso fazer ela chorar.
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Inimigo Mortal
Roman d'amourEntre amor e ódio vivem Raissa e Vinnie. Uma paixão quente e avassaladora. Um clichê com uma pintada de dark Romance. Se você leitor (a) gosta de uma história nada convencional e fora dos padrões, lhe convido a embarcar nessa aventura, onde o corre...