Shorts - Skephalo

Skeppy Angst

Aviso: Eu não estou acostumado a escrever esse tipo de história, mas achei super divertido tentar! Agradeço YukiKaminari17 pela sugestão. 

   O vento batia em meu rosto. A vista linda que a ponte me proporcionava me fazia feliz por uma última vez...

  Dias e mais dias se passavam, e apenas um sentimento o sentimento de angústia fazia meu coração apertar. 

  Já vai fazer quase um ano desde o último dia que eu e Darryl conversamos. O último dia da minha felicidade e primeiro de uma sequência de desastres. 

  Éramos melhores amigos, como unha e carne. Sempre que um faltava, o outro fazia questão de matar aula para poder ver o outro, se um se sentia triste, o outro dava sua vida para alegrar o outro, se um estava feliz era porque o outro também estava. Sempre foi assim e eu achei que isso nunca iria acabar. Mas não foi o que aconteceu. 

  Comecei a sentir coisas a mais por Darryl, minhas pernas ficam bambas quando ele me abraçava, meu rosto corava quando ele falava e minha voz falhava quando respondia mais uma de suas ideias malucas, mas que me faziam rir como um bobo. Eu amava passar meu tempo com ele, mesmo que meus sentimentos nunca fossem correspondidos, estava feliz por pelo menos ter ele do meu lado. Até aquele dia.

  Eu havia acabado de chegar em casa e vi ele sentado na frente da porta da minha casa, parecia confuso e ao mesmo tempo nervoso. 

- Hey Badboy! Aconteceu alguma coisa? - pergunto sorrindo, mas a única coisa que recebo é um olhar furioso. O garoto de óculos se aproxima e puxa a gola de minha blusa - Darryl! Que poha é essa, mano? 

- Você... me responda com sinceridade - ele ignora totalmente minha feição assustada - você. 

- Eu? 

- Você é gay? - as palavras saiam com dificuldade de sua boca, como se fosse vomitar a qualquer momento. 

- E-eu - suspiro e tiro sua mão de minha blusa - por que a pergunta? 

- Olha Zak, se você disser que não é, eu irei embora e amanhã podemos fingir que nada aconteceu! Seremos amigos para sempre, e tudo voltará ao normal - ele fala com um sorriso fraco. Ele estava doido. 

- Qual é o problema? E se eu for gay, o que vai acontecer? - ele me olha sério, e eu o encaro a altura - você tá estranho. Por que está agindo assim? 

- Então quer dizer que você é - ele desvia o olhar por alguns segundo e me encara novamente, com o dedo indicador apontado na minha cara - não apareça na minha frente. 

- Darryl! Que merda você está falando, cara? Isso é uma brincadeira, né? - rio  nervoso - ainda está bravo com aquela trollagem? Já disse que vou pagar pela sua bicicleta. 

- Não! Você não tá entendendo? Eu ouvi umas garotas da escola falarem que você as rejeitou por ser... gay. 

- E qual o problema nisso? O que isso vai mudar? - grito, começando a me irritar. 

- Qual o problema?! - ele grita de volta - como você acha que eu vou continuar amigo de um cara que gosta de homens? Vai que você já pensou em mim de outro jeito? Isso é nojento. Você é nojento! Como eu não percebi? Gastei tanto tempo da minha vida com você e é assim que sou retribuído, Deus?