1.2 - Vou enlouquecer!

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Não demorou para colocarmos o curry na mesa baixa de frente para a cama. Sentamos para comer e conversar. Lean pegou um pouco de água para nós tomarmos depois, afinal o Curry estava bem apimentado, e eu não acompanhava o nível dela e do Gai.

- Lembra quando me pediu em namoro? - Perguntou ela, comentou com gosto o curry, parecendo bem animada. Me peguei admirando um pouco antes de confirmar, corado.

- Lembro, achei que ia morrer. - Me segurei para não engasgar quando ouvi a frase seguinte.

- Como vai ficar quando me pedir em casamento? - Ela disse vermelha, numa daquelas risadas felinas.

- A gente não tinha combinado de pegar leve? - Retruquei ela, totalmente vermelho. Parando para beber a água. E voltando a comer. Mas algo estava errado. Eu fiquei meio zonzo e senti meu corpo quente. - Lean...fique longe...eu bebi...

Lean estava confusa, pegando a garrafa de água do meu lado, com seu corpo inclinado sobre a mesa. Antes dela conseguir alcançar minha mão estava em um lugar que não devia. Foi como um flash. Eu só ouvi um gritinho. Quando vi ela estava mais vermelha do que jamais ficou comigo. Olhando pra mim boquiaberta.  Eu tinha acabado de dar um tapa na bunda dela, que tinha ficado exposta por segundos. E ela se apoiava sobre a mesa, tentando não cair sobre a comida. Ficamos um tempo nos encarando. Demorei a notar que minhas mãos inclusive ainda estavam nas suas nádegas. 

- Me perdoe...eu...eu...não bebi por querer....eu juro Lean...Por favor... - Eu estava assustado, e ela imóvel. Nunca a peguei tão de surpresa na vida. E era a primeira vez que eu encostava nas suas nádegas. 

- Eu gostei. - Ela disse simplesmente. Parecia estar se recompondo. Mas levou a garrafa com ela. Era um sake que usava pra treinar minha resistência em casa. Mas nunca conseguia, devido minha sensibilidade. Eu a vi beber o mesmo saquê e colocar na mesa. Corada.

- Sério? Mas por que você bebeu? - Eu suspirei tentando estica meu corpo para pegar o saquê de volta. Em um flash eu me vi no chão. Com um peso leve sobre meu corpo. Lean tinha se deitado em cima de mim.

O problema é : era de manhã. Eu estava no chão ainda, tirando a garota manhosa de cima de mim. A coloquei na cama e olhei ao redor. A sala parecia um campo de guerra. Mas Lean estava vestida e sem hematomas. Tentei ver de forma discreta se ela continuava de roupas de baixo. Como não consegui, comecei a organizar o apartamento. 

Eu lembrava de Lean no meu colo, me beijando. Mas eram só flashs, de beijos quentes, eu me faziam sentir como se eu tivesse bebido de novo. Espero não ter feito nada com ela além de beijos. Pois não conseguia nem lembrar. 

Peguei o telefone na cozinha, ligando para tenten desesperado. Ja explicando minha ausência de memória. E ela rindo da minha cara a todo momento. 

- A Lean tem fraqueza com bebidas também. Provavelmente vocês dormiram depois de beber. Fica tranquilo. Mas olha, se ela reclamar de dores nos quadris, não conseguir sentar direito e demorar muito no banho. Bem, pode ser que tenham ido além. 

Eu podia sentir a minha alma se esvair do corpo. Agradeci Tenten e desliguei. Começando a fazer um café da manhã. O que seria uma ação fácil em um dia comum, mas fazer pancakes lembrando de flashs de uma noite romântica era uma tarefa árdua. E uma memória me paralisou alguns minutos : Eu lembrava das roupas intimas de Lean. Uma visão perfeita dela só com roupa intima. E mais uma pancake queimou enquanto eu tentava me controlar.

Quando consegui fazer uma série de pancakes sem queimar, passar um café e picar algumas frutas da geladeira. Foi chamar Lean. A beijando no rosto e no pescoço. Mas a minha tortura não tinha acabado ainda.

- Lee, eu não aguento mais...deixe eu dormir, meu quadril dói. - Eu congelei, com motivo, e lembrei da Tenten falando sobre dor no quadril. Tive que ir lavar o rosto. Sem poder nem me olhar no espelho. 

Tentei acorda-la de novo. E quando ela abriu os olhos me puxou para cair em cima dela. Me enchendo de seus beijos doces no rosto. 

-  Lee, seu rosto corado de manhã é uma dádiva. Quero dormir aqui mais vezes. - Ajudei ela a se sentar. Sorrindo para todo aquele carinho. Me aliviou um pouco. - Cheiro de...pancake?

Depois de Curry o que Lean mais amava era uma boa panqueca de manhã, dessa fofinhas, cremosas. Ela pulou da cama e me puxou junto. Como sempre esperou eu sentar para pedir colo. Comemos juntos, eu tentando controlar meu medo de ter deflorado minha namorada, e ela, bem, feliz como uma criança comendo seus doces.

- Como está o quadril? - Perguntei, tentando controlar minha própria vermelhidão e não imaginar a cena na minha cabeça. Depois dos 16, não pensar em sexo era difícil. Ainda mais quando achei que tínhamos feito.

- Doendo. Você estava demais ontem. Como pode alguém bêbado ser tão enérgico. Acho que se não tivesse te controlado você teria quebrado a cama. - Não conseguia. Eu comecei a chorar, segurando ela com força contra meu peitoral.

- DESCULPE, LEAN-CHAN. EU NÃO LEMBRO. EU NÃO DEVIA TER TE DEFLORADO! EU LIGUEI PRA TENTEN E ELA DISSE QUE SE VOCÊ ESTIVE COM DOR NO QUADRIL QUER DIZER QUE... - Estranhamente a pequena mão tapou minha boca enquanto ela ria. E logo ficava de joelhos no meu colo e eu a via de cima agora. Um tanto boquiaberto até ela apoiar minha cabeça no seu peitoral macio.

- Ontem você lutou comigo, depois de me beijar intensamente. Você não me deflorou. Eu não quis. E você, até bêbado, foi gentil e pediu pra treinar comigo estando bêbado. Eu tinha medo de deixar rolar e você esquecer. Ainda bem que eu conheço bem meu namorado, não acha?

- Lean...desculpe...era pra ser algo especial...eu bebi... - Eu choraminguei um pouco, afundando meu rosto em seus seios e tentando controlar os outros sentidos. Enquanto ela gentilmente acariciava minha cabeça.

- Eu vou dormir aqui com frequência, pode deixar que nas próximas oportunidades de "me deflorar" você estará sóbrio. - Aquela mulher me amava ou só queria me ver corado? 

- Mas, eu lembro de te ver só de calcinha e sutiã... - Falei, a encarando.

- Sim, você trocou minha blusa, aquela sujou na luta. Mas você ficou um tempo encarando, até eu fiquei com vergonha. - Ria ela, como se fosse algo normal. - Acalmou, Lee?

Soltei ela, um pouco mais tranquilo emocionalmente. Mas dessa vez, quando ela se sentou, eu fiz carinho em suas pernas, tentando ser mais desinibido(?). A surpreender era viciante.

Primavera da JuventudeOnde histórias criam vida. Descubra agora