DOIS MESES DEPOIS
O vento batia contra meu rosto, era gelado e cortava a pele mas, fazia eu respirar melhor. Minha barriga estava cada vez maior e a vontade de ter aquele bebê em meus braços só aumentava. Havia voltado a trabalhar depois de duas semanas afastada e finalmente peguei meu diploma, agora era oficialmente formada e poderia me dedicar ainda mais ao livro que eu tanto queria escrever.
Contando a quantidade de nuvens presente no céu, pude sentir minha menininha chutar, sim, eu estava grávida de duas menininhas, uma que virou uma estrelinha linda e a outra que crescia linda e saudável dentro de mim. Christopher foi a loucura quando descobrimos que seria uma linda garotinha, já que quando eu imaginava Chris como pais, sempre foi com uma menina em seu colo.
Agora mais do que antes estávamos ansiosos. Indo para o oitavo mês de gestação, estava me sentindo enorme a cada minuto e não parava de comer, fazendo Chris entrar em colapso quando eu pedia algo para comer às quatro da manhã. E a desculpa era "sua filha está pedindo" e rapidinho ele ia providenciar o que foi pedido. E era extremamente adorável todo o cuidado que ele estava tendo comigo durante todo esses dias, havíamos decidido continuar em sua casa, era grande o suficiente e eu me sentia confortável naquele lugar.
Minha mãe e Layla haviam passado alguns dias conosco, após o hospital e me ajudaram muito, mesmo eu insistindo em dizer que estava bem e era capaz de fazer qualquer coisa. No fundo eu gostava de ser mimada.
- Senhorita, essa caixa eu deixo em algum lugar específico? - encarei o homem a minha frente, o caminhão com a minha mudança estava estacionado na frente da casa de cor cinza.
- Pode deixar em frente a segunda porta do corredor.
Informei e o homem assentiu, entrando com a última caixa. Quando acabaram, me despedi e entrei para dentro de casa, vendo aquela quantidade de caixas, mesmo doando muita coisa, ainda parecia uma acumuladora. Por sorte, Layla e Liam estavam disponíveis me ajudando com toda a organização.
Subi as escadas até o segundo andar e entrei no primeiro quarto vendo a pintura num rosa bem clarinho, o berço já montado e posicionado no canto do quarto, a cômoda onde eu organizaria cada pecinha de roupa. Nas paredes as prateleiras com bichinhos de pelúcia davam um ar de conforto ao ambiente. Encarei cada parte daquele cômodo e me aconcheguei na poltrona disposta no canto da parede, acariciei minha barriga e olhei pela janela o céu azul. Fechei os olhos por alguns segundos sentindo minha filha bem agitada dentro de mim, me dando alguns chutes. Acariciei ainda mais porém não adiantando, ela estava se agitando cada vez mais e eu sabia quem a acalmaria com precisão.
Alcancei meu celular no bolso na calça e disquei o número de Chris, torcendo para que ele não estivesse em alguma audiência. Mas, escutei o toque soar no corredor e logo em seguida a silhueta do homem aparecer na porta do quarto. Estava com seu terno preto perfeitamente alinhado e a pasta de couro que usava todos os dias. Um sorriso se estampou em seu rosto quando me viu e foi inevitável não sorrir junto.
- Sua filha está querendo quebrar minhas costelas. - exclamei, fazendo Chris se aproximar de mim e se ajoelhar a minha frente.
- Oi bebê! - disse com os lábios colados em minha barriga. - Sua mãe está revoltada com você, viu?! - soltei uma risadinha - Melhor se acalmar ai dentro.
E como um passe de mágica, ela parou de chutar.
- Juro, se essa menina não nascer com um traço meu, não dou sorvete antes do jantar! - reclamei causando uma risada frouxa escapar dos lábios de Chris.
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Pais por Acaso
Hayran KurguE se depois de uma noite você descobrisse estar grávida? Foi o que aconteceu com Mia Parker. Durante uma festa em Boston, conheceu Christopher Evans e quando deram por si, já estavam arrancando as roupas no apartamento de Mia. Uma história que vai...