Sacerdotes da Vida (1) - Em Uma Jornada pelas Estrelas

Capítulo 12

Não revisado.

"Todos amam, essa é uma necessidade em qualquer espécie"

Alta suma sacerdotisa

Whenever I walk in the room

All the focus on me

The way I talk, the way I move

They all want on my team

Acenei para Nyota que havia – finalmente – deixado o laboratório tarde da noite. Puxei os fones para longe dos ouvidos. 

– Tudo bem ai amiga? – ela afirmou com um balançar de cabeça. Passei o braço pelo dela. – Vamos comer – puxei Nyota pelo corredor para longe do nosso dormitório na direção da saída do campus.

– Em que encrenca você vai nos meter agora? – perguntou ela.

– Assim você me ofender, só vamos comer e voltar para o dormitório, mas eu não posso ir sozinha e eu sei que você está com fome.

Atravessamos o campus e saímos em busca de uma lanchonete. Assim que nos sentamos e fizemos o pedido eu me recostei na cadeira. Nyota parecia cansada, ficar presa no laboratório até tarde algumas vezes seguidas devia ser exaustivo, mas eu provavelmente logo provaria disso também, já que no próximo semestre eu iria me matricular nas mesmas disciplinas que ela estava cursando.

Lanchamos e voltamos direto para o campus. Mas quando eu caí na cama um pouco antes de Nyota, o sono já havia ido embora, e uma única música voltou o povoar meu pensamentos. Sorri para mim mesma, as lembranças do meu velho mundo, trazidas por Beth, a quem eu era muito agradecida.

– Vou sair – murmurei alto o suficiente para que Nyota ouvisse dentro do banheiro. Ela murmurou um "ok" e eu peguei um casaco grande que cobrisse meu pijama, meu mp3m, os fones e saí. Era fora de hora, eu sei, mas a supervisora nunca estava olhando mesmo.

Quase  cinco minutos depois eu estava passando pela frente de alguns dos complexos em direção a biblioteca. Ouvindo pela segunda vez all eyes on me. Isso mesmo, eu sou ligada nessas músicas de filme e série.

Como não tinha ninguém por perto, eu comecei a dançar e cantar baixinho. De longe conseguir avistar a biblioteca com as luzes ainda acesas. Encarando aquela construção percebi que Beth estava certa, eu realmente passei bastante tempo na biblioteca.

– Some get jealous, they can't help it ...

 – Louise? – eu pulei de susto quando aquela voz viajou até mim. Me virei e puxei os fones para longe enfiando nos bolsos do meu casaco. Engoli em seco. Eu pensei que não fosse encontrar ninguém, grande engano.

– Spock – ele me viu cantar ... será que me viu dançar também? Eu queria morrer. Cocei a cabeça. – O que você faz por aqui uma hora dessas?

 – O mesmo que você, mas certamente não com os mesmo fins – fechei os olhos e mordi meus lábios.

– Está indo a biblioteca?

– Estava, mas se não se importa, podemos conversar – pisquei olhando ao redor, porque não? Apesar de achar estranho o simples pensamento de conversar com um vulcano, seja ele quem for. Engoli em seco me sentindo repentinamente nervosa, eu sou uma mulher independente e sei cuidar de mim mesma, não sou mais uma garotinha, mas mesmo assim eu estou louca para sair correndo, porque será?

– Claro, vamos – me virei para continuar o caminho, logo Spock se pôs ao meu lado e caminhando pela área da praça e jardim do campus perto da biblioteca.